Nome do Projeto
CIRURGIAS RECONSTRUTIVAS EM FACE: Um estudo retrospectivo
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
13/11/2024 - 28/02/2025
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Agrárias
Resumo
Diversos são os motivos que levam a lesões extensas em face de cães e gatos, como trauma, excisão de neoplasias, queimaduras e feridas iatrogênicas (como complicações de cirurgias extensas) (POPE, 2006). Em alguns casos de defeitos congênitos, cirurgias reconstrutivas também são necessárias para sua correção (PAVLETIC, 1990). A maioria dos defeitos faciais podem ser fechados em um único procedimento, se utilizando de flaps de avanço, rotação e de padrão axial, podendo as técnicas serem associadas. Os principais retalhos axiais associados a cirurgias de face incluem retalho auricular caudal, omocervical e temporal superficial (FOSSUM, 2014; POPE, 2006). Vale ressaltar que as diferentes espécies apresentam diferentes conformações, com os cães apresentando maior superfície em região supralabial e de bochechas em relação aos gatos, com esse suprimento cutâneo variando conforme a raça, e que a seleção de uma técnica a ser utilizada é influenciada pela localização e tamanho da lesão e pela disponibilidade de pele em leito doador. (POPE, 2006; PAVLETIC, 1990). Na veterinária, o principal objetivo de uma cirurgia reconstrutiva é manter ou restaurar a função do paciente, tendo menor preocupação com estética quando comparada à medicina humana. Algumas das funções a serem mantidas são as palpebrais, para correta lubrificação de globo ocular, evitando lesões na córnea, e as labiais, visto que a exposição crônica de dentes e mucosa gengival pode predispor doença periodontal (POPE, 2006). Principais complicações associadas a cirurgias reconstrutivas envolvem seromas e hematomas, infecção da lesão, contaminação do leito doador com células neoplásicas (principalmente quando não se obtém margens livres na ressecção de neoplasias), deiscência de sutura devido a elevada tensão no fechamento de pele, e necrose do flap devido ao baixo suprimento sanguíneo em extremidade distal do mesmo (AMSELLEM, 2011). O presente projeto pretende avaliar as principais causas que levam a cirurgias reconstrutivas faciais, assim como taxas de complicações cirúrgicas associadas às técnicas em pacientes operados no Hospital de Clínicas Veterinárias da Universidade Federal de Pelotas.
Objetivo Geral
Realizar estudo retrospectivo dos anos de 2023 e 2024 de cães e gatos submetidos a cirurgias reconstrutivas em face no Hospital de Clínicas Veterinária da Universidade Federal de Pelotas (HCV-UFPel).
Justificativa
A elevada incidência de carcinoma de células escamosas, além de outra enfermidades, como as infecciosas ou de origem traumática, cujo resultado são lesões com perdas de tecido de maior ou menor grau em face, causando dificuldades respiratória e/ou digestória, além do aspecto estético, que podem ser resolvidos, ou ao menos amenizados, com técnicas de retalhos dérmicos.
Metodologia
Serão avaliadas informações de pacientes submetidos a procedimentos reconstrutivos em face nos anos de 2023 e 2024 na rotina do HCV-UFPel. Não haverá distinção de características individuais desses pacientes, tais como espécie, porte, raça, motivo de intervenção cirúrgica e técnica cirúrgica realizada. O estudo busca avaliar o sucesso de tais procedimentos, correlacionando as principais causas em que se opta pela técnica com as taxas de deiscência de sutura, necrose de flap cutâneo e, em casos de neoplasias, taxa de recidiva. Após este levantamento de dados, os resultados serão comparados para ver se há concordância entre as principais literaturas da área.
Indicadores, Metas e Resultados
O presente trabalho pretende elucidar as principais casuísticas em que se recomenda cirurgia reconstrutiva em face de cães e gatos, assim como a taxa de ocorrência das principais complicações associadas às técnicas, a fim de se estabelecer quais flaps são os mais recomendados para cada caso.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
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EDUARDO SANTIAGO VENTURA DE AGUIAR | 15 | ||
LAURA APARECIDA MARTINS DE MORAES | |||
LUÃ BORGES IEPSEN | |||
Leonardo Bergmann Griebeler | |||
MICHAELA MARQUES ROCHA | |||
THOMAS NORMANTON GUIM | 1 |