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01/03/2025 - 01/03/2029

Ciências Exatas e da Terra

Entre os diferentes tipos de quartzo, a ametista é a variedade famosa de qualidade gema, de cor roxa, encontrada em geodas ao redor do mundo. A cor roxa é explicada pela presença de ferro (Fe) intersticial, que, devido à radiação natural das rochas circundantes, passa por uma mudança de valência de Fe3+ para Fe4+. No sudoeste da Província Magmática Paraná, entre o Brasil e o Uruguai, está localizada a maior área produtora mundial de geodas de ametista, ágata e calcedônia, com uma produção de aproximadamente 64.000 toneladas entre 2018 e 2021. Esses geodos tem grande importância na economia do estado do Rio Grande do Sul, e ainda carecem de dados relativos a sua gênese. A interpretação geral é que esses geodos tenham se formado a partir da percolação de uma solução salina quente em um ambiente epitermal, mas os mecanismos exatos de sua formação ainda são debatidos. Questões como a origem dos gases envolvidos, a fonte de sílica no contexto geológico, a fonte do fluído (meteórica ou não), o transporte dessa sílica para as cavidades basálticas e as condições físico-químicas que possibilitam sua cristalização, como variações de pH, sobressaturação de sílica e interações entre fluidos e rochas, ainda não têm consenso na comunidade científica. Dessa forma, o projeto pretende analisar a mineralogia dos geodos de ametista, não restrito as fases de SiO2, mas também as demais fases presentes nos geodos (e.g., calcitas, piritas), do ponto de vista da química mineral e da geologia isotópica.