Nome do Projeto
Avaliação do processo cicatricial em gatas submetidas à OSH eletiva; prevalência dos vírus da leucemia felina (FELV) e da imunodeficiência felina (FIV) em gatos da cidade de Pelotas-RS, e sua influência na cicatrização.
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
05/05/2025 - 30/06/2028
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Agrárias
Resumo
A castração exerce importante papel no comportamento dos gatos, e no seu status de saúde, já que, na maioria dos estudos, as maiores prevalências das retroviroses (infecções causadas por FIV, FeLV) ocorrem em gatos não castrados com livre acesso à rua. Para apresentarem boa recuperação pós-operatória, sem a ocorrência de complicações, deve-se considerar o status imunológico dos animais ao encaminhá-los para a cirurgia, considerando que precisam ser hígidos e imunocompetentes, sendo de relevância verificar a presença de infecção ativa ou se os pacientes são ou não portadores dos vírus da FIV ou FeLv. Assim, objetiva-se conhecer o status retroviral e de saúde de felinos encaminhados para procedimentos cirúrgicos, bem como suas contribuições na ocorrência de complicações cirúrgicas nos pacientes.
Serão encaminhadas para cirurgia de ovariohisterectomia eletiva (Castração), sendo avaliada a cicatrização da ferida cirúrgia e feita correlação entre a qualidade de cicatrização considerando pacientes positivas e negativas para as retroviroses.
A verificação da prevalência das retroviroses será desenvolvida com gatos machos e fêmeas, férteis ou castrados, de todas as faixas etárias, com ou sem raça definida, hígidos ou não, com a finalidade de avaliar a prevalência de FeLv e FIV nos gatos da cidade de Pelotas, RS, através de amostras de sangue encaminhadas para técnica de NESTED-PCR. Nessa etapa será feito um estudo transversal através de amostragem aleatória da população (Canto et al. 2021; Freire, 2022), ainda será feita uma correlação entre a cicatrização cutânea da ferida cirúrgia das gatas submetidas a cirurgia de OSH, avaliando a qualidade de cicatrização considerando pacientes positivas e negativas para as retroviroses.
Objetivo Geral
Avaliar o processo de cicatrização em gatas submetidas a ovariosalpingohisterectomia eletiva e a influencia dos vírus (FeLV e FIV) sobre o processo cicatricial cutâneo, assim como verificar a prevalência dos vírus da leucemia felina (FeLV) e da imunodeficiência felina (FIV) na população de gatos de Pelotas, RS
Justificativa
Atualmente, o Brasil possui uma população de 27,1 milhões de gatos domésticos (Felis catus domesticus) crescendo a uma taxa de aproximadamente 2,5% ao ano, e estando entre os países com as maiores populações de felinos no mundo (IPB, 2021). Considerando a proximidade cada vez maior dos humanos com os felinos, os cuidados com a saúde dos gatos beneficiam diretamente a saúde única, contribuindo com a prevenção de zoonoses (Sparkes et al., 2013; Litster, 2014). Nesse sentido, é importante manter os gatos domiciliados, sem livre acesso à rua, fazer controle de endo e ectoparasitas, protocolo vacinal atualizado e realizar a esterilização cirúrgica, visando manter seu status sanitário, realizar controle populacional e evitar que adquiram doenças infectocontagiosas como às infecções causadas pelos vírus da imunodeficiência e da leucemia felina (Litster, 2014; Diakou et al., 2017; Little, 2020). Além de reduzir as chances de desenvolvimento de alguns tipos de neoplasias (Johnston & Tobias, 2016), a esterilização cirúrgica é fundamental também no manejo comportamental dos felinos, que após serem castrados são menos propensos a disputar por território ou por fêmeas e a realizar marcação territorial. Considerando o pequeno número de trabalhos realizados na região do estudo e estudo prévio evidenciando alta prevalência das retroviroses na região sul do RS (Meinerz, 2010; Silva, 2014), torna-se imprescindível, além de manter os gatos sem livre acesso à rua e reduzir as chances de fugas através da castração, entender as consequências que a presença das retroviroses irá gerar na saúde desses animais. É fundamental atualizar a prevalência atual destas retroviroses na população de felinos em Pelotas, e compreender as suas repercussões em animais hígidos e nos seus processos fisiológicos, como o processo cicatricial, principalmente quando esses animais são submetidos a situações estressantes como a realização de um procedimento cirúrgico ou o deslocamento para consultas clínicas. Não há na literatura dados atualizados sobre a prevalência das retroviroses na cidade de Pelotas, RS, assim o estudo caracteriza-se como imprescindível, contribuindo na avaliação populacional de gatos semi-domiciliados e com acesso à rua, influenciando positivamente para saúde única da região. Ainda, não há na literatura dados atualizados sobre a influência direta das infecções pelos retrovírus na cicatrização de felinos, assim o estudo caracteriza-se como imprescindível, contribuindo no controle populacional de gatos semi-domiciliados e com acesso a rua, influenciando positivamente para saúde única da região.
Metodologia
Nessa etapa da pesquisa, serão incluídas pacientes fêmeas da espécie felina, férteis, a partir de 6 meses e até 6 anos de idade, hígidas, com ou sem raça definida, com bom escore de condição corporal (escores 4, 5 e 6 na escala de 1 até 9), que serão encaminhadas para cirurgia de ovariohisterectomia eletiva (Castração), sendo avaliada a cicatrização da ferida cirúrgia e feita correlação entre a qualidade de cicatrização considerando pacientes positivas e negativas para as retroviroses. Após inclusão na pesquisa, as gatas serão encaminhados para o Bloco Cirúrgico do Hospital de Clínicas Veterinárias da UFPel para a realização do procedimento de ovariohisterectomia eletiva realizada por médico veterinário cirurgião, sob anestesia geral realizada por médico veterinário anestesiologista. A ovariohisterectomia será realizada conforme a técnica das três pinças modificada descrita por Fossum (2019). Juntamente à OSH, será realizada uma biópsia cutânea em linha média de região abdominal, caudal à incisão da OSH, para posterior comparação à biópsia cutânea do tecido cicatrizado (Fossum, 2019). As biópsias serão realizadas utilizando punch de 6mm. Todos os procedimentos serão realizados de forma padronizada, pelo mesmo cirurgião e mesmo anestesista, sob as mesmas condições ambientais. Todas as pacientes operadas serão, após a recuperação anestésica, monitoradas, internadas no gatil do HCV-UFPel por 7 dias, acomodadas em baias de alvenaria devidamente identificadas. Haverá disponível alimento comercial super premium, com volume calculado conforme seu peso corporal (Fossum, 2019), além de cama acolchoada, toca para proteção, água a vontade e caixa com areia higiênica (Little, 2015). No pós-operatório, as gatas receberão analgésicos e antiinflamatório não estereoidal por 3 dias e serão mantidos com roupa cirúrgica, para proteção da ferida, até a retirada dos pontos. A limpeza dos pontos será realizada diariamente, utilizando gaze e solução fisiológica (Little, 2015; Fossum, 2019). As pacientes serão avaliadas diariamente quanto ao comportamento, alterações clínicas, sensibilidade em sítio cirúrgico, inflamação local, ocorrência de reações adversas e/ou complicações ( Fossum, 2019), sendo que serão realizados registros fotográficos dos sítios cirúrgicos diariamente, utilizando um aplicativo que realiza medidas em mm e cm (Régua – Ruler App ®), registrando o tempo necessário à cicatrização em cada grupo de tratamento (Wilhelm et al., 2016). As pacientes serão submetidas, no sétimo dia pós cirurgia, à realização de biópsia incisional sob sedação realizada por anestesista, utilizando punch de 6mm, sendo que a amostra coletada será armazenada em formalina a 10%, e encaminhada à análise histopatológica, após a biópsia será prescrito dipirona para todas as gatas e receberão alta hospitalar. Será realizada a revisão da ferida cirúrgica de todas as pacientes aos 7 dias, no momento da alta, e aos 14 dias (Fossum, 2019).
Indicadores, Metas e Resultados
Espera-se que, a partir desse estudo, seja possível contribuir para o controle populacional de gatos em Pelotas, controlando a disseminação de doenças, inclusive àquelas com potencial zoonótico, através da castração de felinos semi-domiciliados.
Ainda, espera-se que seja evidenciada a importância de saber o status retroviral de pacientes da espécie felina, conhecendo a prevalência dos vírus na cidade de Pelotas e compreendendo sua real influência sobre processos fisiológicos, como o processo cicatricial. Também, espera-se conhecer o percentual de pacientes assintomáticos que são portadores dos vírus, representando potenciais disseminadores das retroviroses.
Ainda, espera-se que seja evidenciada a importância de saber o status retroviral de pacientes da espécie felina, conhecendo a prevalência dos vírus na cidade de Pelotas e compreendendo sua real influência sobre processos fisiológicos, como o processo cicatricial. Também, espera-se conhecer o percentual de pacientes assintomáticos que são portadores dos vírus, representando potenciais disseminadores das retroviroses.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
ALEXSANDER FERRAZ | |||
ANA CLARA DORNELLES REICHOW | |||
ANA JULIA BUBLITZ | |||
ANA RAQUEL MANO MEINERZ | 1 | ||
ANDRIELLY WITTZORECKI ZAIKOWSKI | |||
ANNA CAROLINA SCHOLZ OSÓRIO | |||
BRUNA MACHADO GOVEIA | |||
CAROLINA RAVAZZI LOURENCO | |||
DANIELE WEBER FERNANDES | |||
DEBORA BRISOLARA DIAS | |||
EDUARDO SANTIAGO VENTURA DE AGUIAR | 9 | ||
ELLEN LOÍDE DAMASIO | |||
EVELIN AIRES CARDOZO PERES | |||
FABIO RAPHAEL PASCOTI BRUHN | 3 | ||
FABRICIO DE VARGAS ARIGONY BRAGA | 8 | ||
FERNANDA BACKHAUS LOPES | |||
FERNANDA HIROOKA DA SILVA | |||
GABRIELA YURIKO FUJIHARA | |||
Gabriella Bassi das Neves | |||
IARA CATARINA ALVES DE ALMEIDA | |||
ISADORA ANDRIOLA DA SILVA | |||
JOANA DE BAIRROS NERIS | |||
JOARA TYCZKIEWICZ DA COSTA | |||
JULIANA MUNCK GIL | |||
LARA COSTA GRUMANN MICHEL | |||
LARISSA LUIZA WERMUTH | |||
LAURA APARECIDA MARTINS DE MORAES | |||
LAURA DIAS PETRICIONE DE SOUZA | |||
LETICIA SILVEIRA CORDEIRO | |||
LUAN LAGNE | |||
LUÃ BORGES IEPSEN | |||
Leonardo Bergmann Griebeler | |||
Luiz Claudio Miletti | |||
MARIA EDUARDA RODRIGUES | |||
MARIA LUCIA ROSLER | |||
MARIANA TIMM KROLOW | |||
MARLETE BRUM CLEFF | 9 | ||
MATHEUS AGUIRRES GHELLER | |||
MATHEUS ALISSON ROCHA ARAUJO | |||
MAYARA DA SILVA GARCIA | |||
MICHAELA MARQUES ROCHA | |||
MIRIAN BRETANHA COUTO | |||
NATALIA BUTTENBENDER | |||
PEDRO CILON BRUM RODEGHIERO | |||
PEDRO NICKEL | |||
RAISSA CORREIA GRUPPELLI BORGES | |||
THAIS BANDIERA | |||
THOMAS NORMANTON GUIM | 2 | ||
VICTORIA DA PORCIUNCULA DOS SANTOS | |||
VITORIA FERNANDES DA SILVA | |||
VITTÓRIA BASSI DAS NEVES | |||
VITÓRIA RAMOS DE FREITAS |
Recursos Arrecadados
Fonte | Valor | Administrador |
---|---|---|
Bolsa Estudos Doutorado | R$ 90.000,00 | UGR |
Plano de Aplicação de Despesas
Descrição | Valor |
---|---|
339018 - Auxílio Financeiro a Estudantes | R$ 90.000,00 |