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A OE é um dos problemas mais comuns apresentados ao clínico de pequenos animais, com incidência de 10-20% em cães (O’Neill et al., 2014; Koberlik et al., 2018) apresentando alta morbidade. Dentre as diversas causas de OE, bactérias e leveduras desempenham um papel importante no desenvolvimento da doença (Guillot; Bond, 2020; Tesin et al., 2023). O Tratamento da OE se baseia na administração tópica de medicamentos associados no conduto auditivo dos animais (Gomes et al., 2024). Existem vários medicamentos e protocolos avaliados para o controle da OE. Porém, maioria desses estudos foi realizada in vitro dificultando a transposição desses resultados para a prática (Fregeneda-Grandes et al., 2020). Além disso, a recidiva e evolução para casos crônicos são bastante comuns, principalmente por tratamento inadequado (Bourély et al., 2019) devido à falta de protocolos estabelecidos in vivo. Dessa forma, se justifica determinar métodos eficazes de tratamento. Serão utilizados produtos à base de dexametasona, por terem melhor eficácia ao estabilizarem a formulação, dando melhor ação a princípios ativos associados (Emery et al., 2021), e neomicina, a qual é de fácil acesso e rotineiramente utilizada no tratamento da doença (Penna et al., 2011). Serão utilizados animais abrigados na ONG A4 diagnosticados com OE, sendo considerados portadores da doença os que apresentarem, no mínimo, eritema e cerúmen sem a presença de exsudato purulento (Mueller et al., 2013). Os animais serão submetidos a dois tratamentos contendo dexametasona 0,1%, lidocaína 1,5%, neomicina 0,32% e tiabendazol 4%.

Inicialmente cães com OE serão separados em dois grupos: Controle, o qual não receberá tratamento, e CER, cujos animais serão tratados apenas com ceruminolítico. Após o período de tratamento os animais serão avaliados novamente para a presença de OE. Na sequência, cães positivos para OE serão separados em dois grupos: SO e CSO. Inicialmente serão coletadas amostras de conduto auditivo por suabe. Esse material será semeado em meio de cultivo e os microrganismos serão identificados. O grupo SO receberá tratamento com solução otológica e o grupo CSO será medicado com ceruminolítico e solução otológica. Os tratamentos terão duração de 7 dias. Após o tratamento será realizada nova avaliação clínica e coleta de amostra para cultivo de microrganismos. Serão observados os efeitos dos tratamentos sobre a evolução clínica e carga microbiana das orelhas dos animais.

Ao final do projeto se espera estabelecer uma metodologia eficaz para o controle da OE