Nome do Projeto
Sistemas de manejo e a qualidade do solo em pomares de pêssego
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
27/03/2025 - 31/12/2027
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Agrárias
Resumo
Prezar pela qualidade do solo é fundamental para aliar produtividade agrícola com conservação dos recursos naturais. A região de Pelotas – RS é conhecida por ser a maior produtora de pêssego do país, mas possui uma das menores produtividades por hectare se comparada com as demais áreas produtivas do Brasil. Portanto, esse trabalho visa investigar o impacto de diferentes práticas de manejo de solo na qualidade do solo e nos frutos em pomares de pêssego na região de Pelotas, RS. O objetivo principal é avaliar a influência dos sistemas de manejo conservacionista e convencional sobre indicadores biológicos, químicos e físicos da qualidade do solo, correlacionando esses fatores à nutrição das folhas do pessegueiro. A metodologia inclui a análise de solos e folhas em oito pomares (quatro com manejo conservacionista e quatro com manejo convencional). No solo, serão avaliados atributos físicos (granulometria, densidade do solo, macro e micro poros); químicos (macro e micro nutrientes, saturação por bases [V%], carbono orgânico total [COT], Capacidade de Troca de Cátions [CTC], pH) e biológicos (Respiração Basal [RB], Carbono da Biomassa Microbiana (CBM), Atividade Enzimática [Beta-glicosidase e Arilsulfatase]. Nas folhas, serão analisados macro e micronutrientes. Os resultados serão interpretados e discutidos a fim de entender a influência do manejo sobre a qualidade do solo e consequentemente sobre a nutrição das plantas. Espera-se que os resultados forneçam subsídios para a melhoria dos sistemas de manejo de pêssego, promovendo a sustentabilidade e a viabilidade econômica da cultura na na região de Pelotas – RS.
Objetivo Geral
O objetivo principal é avaliar a influência dos sistemas de manejo conservacionista e convencional sobre indicadores biológicos, químicos e físicos da qualidade do solo, correlacionando esses fatores à nutrição das folhas do pessegueiro.
Justificativa
As práticas de manejo conservacionistas na agricultura podem promover efeitos benéficos e desejáveis para promover a sustentabilidade agrícola e ambiental a nível global, dentre elas: sequestro de carbono e diminuição de emissão de gases de efeito estufa; melhoria na qualidade e fertilidade sistêmica do solo; promover melhor retenção de água e a sua qualidade nas bacias hidrográficas. (PALM et al., 2012; ANGHINONI e VEZZANI, 2021; UNCCD, 2022).
Mesmo que a agricultura de base ecológica seja mais produtiva e rentável quando são considerados os custos ambientais e sociais envolvidos na produção, a agricultura convencional em muitos casos ainda é capaz de proporcionar uma produtividade na colheita significativamente maior do que os sistemas conservacionistas (DE PONTI et al., 2012). Portanto, a compreensão acerca de manejos que podem potencializar a promoção da saúde do solo aliada a produtividade é uma das principais necessidades para que a sustentabilidade econômica e ambiental seja alcançada através da adoção hegemônica de práticas conservacionistas na agricultura (SEUFERT et al., 2012).
De acordo com Ana Primavesi (2016), garantir a saúde do solo é essencial para possibilitar o desenvolvimento de plantas saudáveis, capazes de promover uma alimentação saudável aos seres humanos e demais seres que se alimentam dos produtos da agricultura. De fato, a qualidade nutricional da parte aérea de plantas oriundas de sistema de manejo que adotam práticas de base ecológica, podem apresentar qualidade nutricional superior em comparação com plantas oriundas de sistemas convencionais (YU et al., 2018). Tais diferenças estão diretamente associadas com indicadores de qualidade do solo, como a atividade microbiológica e o teor de matéria orgânica, que tendem ser maiores em solos oriundos do manejo de sistemas conservacionistas (REEVE et al., 2016; DAS et al., 2017).
Compreender a relação entre sistema de manejo, qualidade do solo e qualidade das plantas exige que sejam realizados estudos voltados para cada tipo de cultura, possibilitando uma compreensão mais detalhada da influência do solo para as diferentes famílias, espécies e cultivares. Desta forma, o manejo conservacionista eficiente das culturas economicamente mais representativas de cada região pode ser estimulado, proporcionando a sustentabilidade econômica e ambiental para os principais cultivos de cada lugar do mundo.
O estado do Rio Grande do Sul, é o maior produtor de pêssego (Prunus persica L.) do Brasil, que é o 12º país que mais produz pêssego no mundo. Grande parte da produção está concentrada na região sul do estado, nos municípios de Pelotas, Canguçu e Morro Redondo. A persicultura desta apresenta na região desde a chegada de imigrantes na região, tendo seu ápice de produtividade nos anos 60 e 70. É praticada majoritariamente pela agricultura familiar e é atualmente responsável por movimentar a economia regional em até 32 milhões de reais por ano, se constituindo como uma cultura de extrema importância socioeconômica (MAYER et al., 2016a)
Portanto, estudos comparativos entre práticas de manejo e a compreensão da influência dos sistemas sobre a qualidade e produtividade da cultura do pêssego, são de extrema importância para garantir e impulsionar a persicultura regional com base em práticas que permitam aliar saúde do solo com viabilidade econômica. (HENRIQUEZ, 2020)
Mesmo que a agricultura de base ecológica seja mais produtiva e rentável quando são considerados os custos ambientais e sociais envolvidos na produção, a agricultura convencional em muitos casos ainda é capaz de proporcionar uma produtividade na colheita significativamente maior do que os sistemas conservacionistas (DE PONTI et al., 2012). Portanto, a compreensão acerca de manejos que podem potencializar a promoção da saúde do solo aliada a produtividade é uma das principais necessidades para que a sustentabilidade econômica e ambiental seja alcançada através da adoção hegemônica de práticas conservacionistas na agricultura (SEUFERT et al., 2012).
De acordo com Ana Primavesi (2016), garantir a saúde do solo é essencial para possibilitar o desenvolvimento de plantas saudáveis, capazes de promover uma alimentação saudável aos seres humanos e demais seres que se alimentam dos produtos da agricultura. De fato, a qualidade nutricional da parte aérea de plantas oriundas de sistema de manejo que adotam práticas de base ecológica, podem apresentar qualidade nutricional superior em comparação com plantas oriundas de sistemas convencionais (YU et al., 2018). Tais diferenças estão diretamente associadas com indicadores de qualidade do solo, como a atividade microbiológica e o teor de matéria orgânica, que tendem ser maiores em solos oriundos do manejo de sistemas conservacionistas (REEVE et al., 2016; DAS et al., 2017).
Compreender a relação entre sistema de manejo, qualidade do solo e qualidade das plantas exige que sejam realizados estudos voltados para cada tipo de cultura, possibilitando uma compreensão mais detalhada da influência do solo para as diferentes famílias, espécies e cultivares. Desta forma, o manejo conservacionista eficiente das culturas economicamente mais representativas de cada região pode ser estimulado, proporcionando a sustentabilidade econômica e ambiental para os principais cultivos de cada lugar do mundo.
O estado do Rio Grande do Sul, é o maior produtor de pêssego (Prunus persica L.) do Brasil, que é o 12º país que mais produz pêssego no mundo. Grande parte da produção está concentrada na região sul do estado, nos municípios de Pelotas, Canguçu e Morro Redondo. A persicultura desta apresenta na região desde a chegada de imigrantes na região, tendo seu ápice de produtividade nos anos 60 e 70. É praticada majoritariamente pela agricultura familiar e é atualmente responsável por movimentar a economia regional em até 32 milhões de reais por ano, se constituindo como uma cultura de extrema importância socioeconômica (MAYER et al., 2016a)
Portanto, estudos comparativos entre práticas de manejo e a compreensão da influência dos sistemas sobre a qualidade e produtividade da cultura do pêssego, são de extrema importância para garantir e impulsionar a persicultura regional com base em práticas que permitam aliar saúde do solo com viabilidade econômica. (HENRIQUEZ, 2020)
Metodologia
Serão selecionados 8 pomares de pêssego na região de Pelotas (RS). Quatro das propriedades com manejo conservacionista e quatro com manejo convencional. As coletas de tecido foliar acontecerão durante o florescimento da cultura do pêssego e a coleta de solo após a colheita do pêssego. Em cada pomar, serão analisadas as folhas de 25 plantas escolhidas aleatoriamente. Cada amostra de planta será composta por 8 a 15 folhas. As amostras de solo serão coletadas de 5 plantas por pomar. Cada planta terá sua amostra composta por 4 amostras simples, uma em cada extremidade abaixo da copa. Em cada trincheira de amostra simples, será coletado 1 anel volumétrico com amostra indeformada, ocasionando em 4 anéis volumétricos por plantas. A profundidade das coletas de solo será de 0 - 10 cm. Os atributos físicos, químicos e biológicos do solo serão aferidos para determinar a sua saúde. As análises laboratoriais consistem na determinação de: granulometria, Carbono Orgânico Total (COT), Respiração Basal (RB), Carbono da Biomassa Microbiana (CBM), Atividade Enzimática: β-glicosidase e arilsulfatase, saturação por Bases (V%), Capacidade de Troca de Cátions (CTC), pH, macro e micronutrientes,
A análise nutricional das folhas será realizada de acordo com Tedesco et al. (1995), para macro e micronutrientes. A partir dos dados, será feita a diagnose da saúde do solo de acordo o índice de qualidade FertBio e o modelo de quatro quadrantes, através do uso da Tecnologia BioAs (MENDES et al., 2024) Será feita a comparação estatística entre os tipos de manejo (convencional e conservacionista) em pomares de pêssego, estabelecendo relações entre qualidade do solo, manejo e condição nutricional da parte aérea das plantas.
A análise nutricional das folhas será realizada de acordo com Tedesco et al. (1995), para macro e micronutrientes. A partir dos dados, será feita a diagnose da saúde do solo de acordo o índice de qualidade FertBio e o modelo de quatro quadrantes, através do uso da Tecnologia BioAs (MENDES et al., 2024) Será feita a comparação estatística entre os tipos de manejo (convencional e conservacionista) em pomares de pêssego, estabelecendo relações entre qualidade do solo, manejo e condição nutricional da parte aérea das plantas.
Indicadores, Metas e Resultados
Espera-se contribuir com o conhecimento acerca da influência do conunto de práticas de manejo (convencionais e conservacionistas) adotadas em cada pomar, e como podem influenciar nos indicadores de qualidade de solo. Consequentemente, o avanço da compreensão de tais relações no contexto da região de Pelotas pode contribuir para a melhoria dos sistemas de manejo e aumento da produtividade com base em sistemas de base ecológica.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
CHARLES FERREIRA BARBOSA | |||
EZEQUIEL CESAR CARVALHO MIOLA | |||
Gabriel Carlos Baeta Melo | |||
JAIANE MACHADO BARBOSA | |||
TAINARA HARTWIG DA SILVA |