Nome do Projeto
Análise da mortalidade no Estado do Rio Grande do Sul: estudo ecológico de 2000 a 2023
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
01/06/2025 - 01/05/2026
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências da Saúde
Resumo
Será realizado estudo ecológico com o objetivo de verificar a distribuição e tendência da mortalidade por causas externas nas sete macrorregiões de saúde e no Estado do Rio Grande do Sul, de acordo com sexo e idade, de 2000 a 2023. Os dados populacionais estarão disponíveis no DATASUS e as informações sobre os óbitos serão coletadas do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) por local de residência e classificados em seis categorias: acidentes de transporte (CID V01 a V99 e Y85); lesões acidentais (CID W00 a X59); lesões autoprovocadas voluntariamente (CID X60 a X84 e Y87); agressões (X85 a Y09 e Y35); eventos indeterminados (CID Y10 a Y34, Y86 e 89); complicações da assistência médica e cirúrgica (Y40-Y84 e Y88). Os coeficientes serão ajustados pelo método direto, tomando-se como base a população do RS segundo o Censo de 2022, eliminando-se diferenças nas composições etárias das macrorregiões. A análise de tendência será realizada pela Regressão de Prais-Winsten no Programa Stata.
Objetivo Geral
Verificar a distribuição e tendência da mortalidade por causas externas nas sete macrorregiões de saúde e no Estado do Rio Grande do Sul, de acordo com sexo e idade, de 2000 a 2023.
Justificativa
Segundo o DATASUS, no século XXI, até 2023, as causas externas estiveram entre os cinco principais motivos de morte no Brasil e no Estado do Rio Grande do Sul No Rio Grande do Sul foram 179.066 óbitos no período correspondendo à quarta causa de mortalidade em ambos os sexos e todas as faixas etárias (Brasil, 2024).
Grande parte das causas externas constam no sub-grupo 5 de mortalidade evitável listado pelo Ministério da Saúde, sendo consideradas como reduzíveis por ações intersetoriais e de promoção à saúde, prevenção e atenção adequada (Malta et al., 2018). As Organizações das Nações Unidas incluíram a redução de 50% das mortes e lesões por acidentes de trânsito até 2030 entre os objetivos para o desenvolvimento sustentável ODS). Além disso, a meta 9 do ODS 3 propôs a redução substancial do número de mortes e doenças por produtos químicos perigosos, contaminação e poluição do ar, da água e do solo, condições também classificadas como causas externas (Nações Unidas, 2021).
Além da carga de ferimentos, incapacidades e mortalidade (GBD, 2021) e de custos para o sistema de saúde (Moraes et al. 2023), as causas externas provocam sofrimento nos indivíduos e familiares, afetando negativamente afeta toda a sociedade.(Ribeiro et al., 2009) A questão da segurança pública associada às causas externas consta entre as principais preocupações da sociedade brasileira.
O conhecimento sobre a distribuição e tendência da mortalidade por determinada causa pode ser importante instrumento para formulação de políticas de saúde para controle em determinados grupos populacionais e avaliação de ações implantadas com o intuito de mitigação dos problemas (McLauglin, Lopez, 2019; Delaney, Karoati, 2019).
Grande parte das causas externas constam no sub-grupo 5 de mortalidade evitável listado pelo Ministério da Saúde, sendo consideradas como reduzíveis por ações intersetoriais e de promoção à saúde, prevenção e atenção adequada (Malta et al., 2018). As Organizações das Nações Unidas incluíram a redução de 50% das mortes e lesões por acidentes de trânsito até 2030 entre os objetivos para o desenvolvimento sustentável ODS). Além disso, a meta 9 do ODS 3 propôs a redução substancial do número de mortes e doenças por produtos químicos perigosos, contaminação e poluição do ar, da água e do solo, condições também classificadas como causas externas (Nações Unidas, 2021).
Além da carga de ferimentos, incapacidades e mortalidade (GBD, 2021) e de custos para o sistema de saúde (Moraes et al. 2023), as causas externas provocam sofrimento nos indivíduos e familiares, afetando negativamente afeta toda a sociedade.(Ribeiro et al., 2009) A questão da segurança pública associada às causas externas consta entre as principais preocupações da sociedade brasileira.
O conhecimento sobre a distribuição e tendência da mortalidade por determinada causa pode ser importante instrumento para formulação de políticas de saúde para controle em determinados grupos populacionais e avaliação de ações implantadas com o intuito de mitigação dos problemas (McLauglin, Lopez, 2019; Delaney, Karoati, 2019).
Metodologia
Será realizado estudo ecológico descrevendo as características e tendência da mortalidade por causas externas nas macrorregiões e no Estado do Rio Grande do Sul (RS).
O RS é o estado mais meridional do Brasil, seu território atinge 281.707,15 Km2, constituído por 497 municípios, organizado por sete macrorregiões de saúde (Vales, Sul, Serra, Norte, Missioneira, Metropolitana e Centro-Oeste), com população de 10.882.965 habitantes em 2022.
Os dados populacionais entre 2000 e 2021 foram coletados no DATASUS (demográficas e socioeconômicas, população residente, estudo de estimativas populacionais por município, idade e sexo). As populações de 2022 e 2023 estavam disponíveis no site: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?ibge/cnv/popsvs2024br.def
As informações sobre os óbitos serão coletadas do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) por local de residência e classificados em seis categorias:
- Acidentes de transporte (CID V01 a V99 e Y85);
- Lesões acidentais (CID W00 a X59);
- Lesões autoprovocadas voluntariamente (CID X60 a X84 e Y87);
- Agressões (X85 a Y09 e Y35);
- Eventos indeterminados (CID Y10 a Y34, Y86 e 89);
- Complicações da assistência médica e cirúrgica (Y40-Y84 e Y88).
Serão elaboradas planilhas no Programa Excel para tabulação dos dados para cada grupo de eventos de acordo com sexo (masculino, feminino e total) e faixas etárias (0 a 4 anos; 5 a 9 anos; 10 a 14 anos; 15 a 19 anos; 20 a 29 anos; 30 a 39 anos; 40 a 49 anos; 50 a 59 anos; 60 a 69 anos; 70 a 79 anos; 80 anos ou mais; idade ignorada).
Os coeficientes de mortalidade serão calculados no Programa Excel mediante a fórmula: [(número anual de óbitos de acordo com o sexo e faixa etária / população residente de acordo com o sexo e faixa etária por ano) x 100.000 habitantes]. Os coeficientes serão ajustados pelo método direto, tomando-se como base a população do RS segundo o Censo de 2022, eliminando-se diferenças nas composições etárias das macrorregiões.
A análise de tendência será realizada utilizando-se a regressão linear generalizada de Prais Winsten no Programa Stata (Antunes, Cardoso, 2015). Os resultados da regessão fornecerão a variação percentual anual, indicando crescimento, diminuição ou estagnação da tendência, seus correspondentes intervalos de confiança de 95% e pelo teste estatístico.
O presente estudo utilizará dados secundários de sistemas de informações públicos, eximindo a obrigatoriedade de aprovação do Conselho de Ética em Pesquisa de acordo com a Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde.
O RS é o estado mais meridional do Brasil, seu território atinge 281.707,15 Km2, constituído por 497 municípios, organizado por sete macrorregiões de saúde (Vales, Sul, Serra, Norte, Missioneira, Metropolitana e Centro-Oeste), com população de 10.882.965 habitantes em 2022.
Os dados populacionais entre 2000 e 2021 foram coletados no DATASUS (demográficas e socioeconômicas, população residente, estudo de estimativas populacionais por município, idade e sexo). As populações de 2022 e 2023 estavam disponíveis no site: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?ibge/cnv/popsvs2024br.def
As informações sobre os óbitos serão coletadas do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) por local de residência e classificados em seis categorias:
- Acidentes de transporte (CID V01 a V99 e Y85);
- Lesões acidentais (CID W00 a X59);
- Lesões autoprovocadas voluntariamente (CID X60 a X84 e Y87);
- Agressões (X85 a Y09 e Y35);
- Eventos indeterminados (CID Y10 a Y34, Y86 e 89);
- Complicações da assistência médica e cirúrgica (Y40-Y84 e Y88).
Serão elaboradas planilhas no Programa Excel para tabulação dos dados para cada grupo de eventos de acordo com sexo (masculino, feminino e total) e faixas etárias (0 a 4 anos; 5 a 9 anos; 10 a 14 anos; 15 a 19 anos; 20 a 29 anos; 30 a 39 anos; 40 a 49 anos; 50 a 59 anos; 60 a 69 anos; 70 a 79 anos; 80 anos ou mais; idade ignorada).
Os coeficientes de mortalidade serão calculados no Programa Excel mediante a fórmula: [(número anual de óbitos de acordo com o sexo e faixa etária / população residente de acordo com o sexo e faixa etária por ano) x 100.000 habitantes]. Os coeficientes serão ajustados pelo método direto, tomando-se como base a população do RS segundo o Censo de 2022, eliminando-se diferenças nas composições etárias das macrorregiões.
A análise de tendência será realizada utilizando-se a regressão linear generalizada de Prais Winsten no Programa Stata (Antunes, Cardoso, 2015). Os resultados da regessão fornecerão a variação percentual anual, indicando crescimento, diminuição ou estagnação da tendência, seus correspondentes intervalos de confiança de 95% e pelo teste estatístico.
O presente estudo utilizará dados secundários de sistemas de informações públicos, eximindo a obrigatoriedade de aprovação do Conselho de Ética em Pesquisa de acordo com a Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde.
Indicadores, Metas e Resultados
Elaborar pelo menos um artigo científico relatando os resultados.
Apresentar pelo menos quatro trabalhos em congressos científicos ou similares.
Enviar à Secretaria Estadual de Saúde e ao Conselho Estadual de Saúde relatório com os resultados.
Apresentar pelo menos quatro trabalhos em congressos científicos ou similares.
Enviar à Secretaria Estadual de Saúde e ao Conselho Estadual de Saúde relatório com os resultados.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
BRUNNA MACHADO MEDEIROS | |||
EVERTON JOSE FANTINEL | 8 | ||
GIOVANNA CARVALHO RODRIGUES FERNANDES | |||
JUVENAL SOARES DIAS DA COSTA | 8 | ||
LIVIA SILVA PIVA | |||
MILENA AFONSO PINHEIRO |