Nome do Projeto
Percepção de pais e de estudantes de odontologia frente ao emprego de estabilização protetora: um estudo qualitativo
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
13/05/2025 - 30/03/2026
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências da Saúde
Resumo
A estabilização protetora é uma técnica de manejo do comportamento empregada no atendimento odontológico de crianças não colaboradoras. Este trabalho tem o objetivo de avaliar a percepção dos pais ou responsáveis legais e dos estudantes de Odontologia de uma instituição de ensino pública quanto ao emprego da estabilização protetora na odontopediatria. Um estudo qualitativo empregando entrevista semiestruturada será realizado com pais ou responsáveis legais de crianças entre 3 e 6 anos de idade e estudantes de odontologia do 8º, 9º ou 10° semestres após o atendimento odontológico sob estabilização protetora realizado no ambulatório de Clínica Infantil da FO/UFPel durante op período de maio a setembro de 2025. As entrevistas serão gravadas e transcritas e analisadas com base na análise temática de Minayo (2013).
Objetivo Geral
Avaliar a percepção dos pais ou responsáveis legais e dos estudantes de Odontologia de uma instituição de ensino pública quanto ao emprego da estabilização protetora na odontopediatria.
Justificativa
A Odontopediatria enfrenta desafios constantes no manejo do comportamento infantil durante o atendimento clínico, especialmente quando se trata de pacientes que apresentam dificuldades na colaboração. Em determinadas situações, a estabilização protetora torna-se necessária para garantir a segurança e a efetividade do tratamento odontológico. No entanto, essa abordagem pode gerar diferentes percepções entre os responsáveis legais das crianças e os estudantes de Odontologia que realizam o atendimento. Compreender como esses dois grupos percebem a estabilização protetora é essencial para avaliar o impacto dessa técnica tanto na experiência do paciente quanto na formação acadêmica dos futuros profissionais. Os responsáveis legais podem apresentar dúvidas, receios ou resistência ao uso da técnica, enquanto os estudantes podem enfrentar desafios emocionais e éticos ao aplicá-la. A análise dessas percepções possibilita reflexões sobre a comunicação entre profissionais e cuidadores, a adesão ao tratamento e a necessidade de aprimoramento das estratégias educativas voltadas ao manejo comportamental na Odontopediatria. Os resultados poderão contribuir para o aperfeiçoamento das práticas clínicas e acadêmicas, fomentando o desenvolvimento de estratégias que garantam não apenas a segurança e o bem-estar da criança, mas também a confiança e a compreensão dos responsáveis sobre a necessidade do procedimento.
Metodologia
3.1 Delineamento
Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa. A pesquisa qualitativa foi escolhida porque responde questões muito particulares e se ocupa, nas ciências sociais, com a realidade que não deve ou não deveria ser quantificada (MINAYO, 2012). Ela trabalha com o universo dos significados, dos motivos, crenças, valores e ações. Essa junção de fenômenos humanos é parte da realidade social, pois o ser humano não só se distingue por agir, mas sobre o porquê o faz e por interpretar suas ações dentro e a partir da realidade vivida (MINAYO, 2012). A pesquisa descritiva tem como objetivo descrever com exatidão, fatos e fenômenos correspondentes a uma determinada realidade (TRIVIÑOS, 2008).
3.2 Participantes do estudo
Os participantes do estudo serão pais ou responsáveis legais de crianças atendidas nas Unidades de Clínica Infantil II e Estágio em Clínica Infantil da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Pelotas(FO/UFPel) sob estabilização protetora, assim como, os estudantes de odontologia do 8º, 9º ou 10° semestres que tenham participado do atendimento clínico como operadores e/ou auxiliares, durante o período de maio à setembro de 2025. O número de participantes será determinado pela saturação dos dados obtidos a partir das entrevistas.
3.3 Critérios de inclusão
Serão convidados a participar os pais ou responsáveis legais de crianças submetidas a atendimento odontológico sob estabilização protetora com idades entre 3 e 6 anos de idade e que tenham passado por, pelo menos, duas consultas anteriores empregando técnicas de manejo do comportamento não aversivas. Em relação aos estudantes de odontologia, serão convidados aqueles que estejam cursando 8º, 9° ou 10º semestres do curso e que tenham participado de atendimento sob estabilização protetora.
3.4 Critérios de exclusão
Serão excluídos pais ou responsáveis legais, assim com os estudantes de odontologia que participaram do atendimento clínico, de crianças com deficiência ou atendidas em situação de urgência.
3.5 Local do estudo
O estudo será realizado no ambulatório de Clínica Infantil da FO/UFPel.
3.6 Aspectos éticos
A pesquisa será iniciada após a aprovação do projeto de pesquisa pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFPel e após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido pelos responsáveis legais (Apêndice A) e pelos estudantes de odontologia (Apêndice B).
3.7 Método
Este estudo será conduzido a partir dos principios do Standards for Reporting Qualitative Research (SRQR).
Previamente ao início da coleta dos dados, será conduzido um estudo piloto com um
responsável e um estudante de odontologia para avaliar as questões norteadoras (entrevista semiestruturada) e realizar os ajustes necessários.
3.7.1 Coleta dos dados
Os dados de identificação do paciente serão obtidos a partir do prontuário odontológico.
Será aplicada uma entrevista qualitativa que, segundo Minayo (2012) é um instrumento em que o entrevistando tem a oportunidade de discorrer sobre o tema sem condições pré-fixadas pelo pesquisador. Esse tipo de entrevista dá mais flexibilidade ao entrevistador, uma vez que ele não precisa se manter fiel ao roteiro, favorecendo assim que o entrevistado tenha mais espontaneidade nas suas respostas- podendo assim colaborar e também influenciar o conteúdo da pesquisa. As entrevistas serão realizadas, preferencialmente, em local reservado, de forma individual, após o atendimento da criança. O entrevistado será esclarecido de que será conduzida uma conversa, a qual será gravada, onde poderá falar o que quiser, de acordo com questões norteadoras da ficha de entrevista semiestruturada. Neste momento, o entrevistado poderá falar sobre seus sentimentos em relação ao atendimento odontológico sob estabilização protetora,
sem limite de tempo, relatando sua percepção ou outras questões que julgar importantes. Caso ocorra desvio do tema, o pesquisador poderá interferir, reconduzindo-o ao tema principal.
3.7.1.1 Entrevista com o familiar
Uma entrevista semiestruturada será realizada com os pais ou responsáveis pela criança (Apêndice C). Caso a família não possa permanecer no local após o término da consulta, será combinado um horário para entrevista por telefone, em horário que seja mais adequado. A entrevista será gravada através do gravador de um smartphone, a fim de registrar os depoimentos, e terá duração média de 15 minutos. Após as gravações, as entrevistas serão transcritas na íntegra, pela pesquisadora, para garantir que os conteúdos permaneçam os mais representativos e fidedignos em relação ao que os participantes da pesquisa expressarem. Um acadêmico da FO da UFPel irá auxiliar a pesquisadora principal, seja para manuseio do gravador ou para distração da criança durante a entrevista presencial.
3.7.1.2 Entrevista com o estudante
A entrevista semiestruturada será realizada com o estudante (Apêndice D), imediatamente após o atendimento ou em outro horário a combinar. As questões norteadoras que compõe a entrevista foram baseadas no estudo de Marty, Carbillet e Valéra (2023).
3.8 Interpretação dos dados
As informações obtidas nesse estudo serão interpretadas com base na análise temática de Minayo (2013), que representa o tratamento dos dados em pesquisa qualitativa, a qual se constitui em três etapas: pré-análise, exploração dos dados e tratamento dos resultados.
Na primeira etapa, realiza-se a leitura e organização do material que será analisado, na segunda sucedesse-se a exploração dos dados com a leitura dos textos pesquisados, com o intuito de identificar relevâncias para o estudo e na terceira etapa cumpre-se o tratamento dos resultados obtidos e interpretação buscando determinar uma confrontação entre os dados obtidos e a literatura pesquisada, assim como a reflexão da pesquisadora.
Durante a pré-análise, as informações coletados serão transcritas na íntegra.
Logo, serão realizadas leituras e (re) leituras, com a finalidade de obter contato com as informações colhidas, de forma a detalhar seu conteúdo.
Por sequência, conduzir-se-á a organização dos dados transcritos, através da análise individual de cada entrevista, destacando-se aspectos considerados relevantes. Posteriormente, será executado o mapeamento das falas das entrevistas, apontando os principais pontos de cada fala, auxiliando na visualização do material em sua totalidade. Durante a exploração dos dados, serão apontadas no material todas as informações significativas, como palavras, frases e parágrafos. Realizar-se-á novas leituras, com vistas a compreender o significado manifesto e/ou oculto das informações relatadas, conduzindo as novas reflexões, a fim de agrupar os dados e estabelecer as categorias.
Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa. A pesquisa qualitativa foi escolhida porque responde questões muito particulares e se ocupa, nas ciências sociais, com a realidade que não deve ou não deveria ser quantificada (MINAYO, 2012). Ela trabalha com o universo dos significados, dos motivos, crenças, valores e ações. Essa junção de fenômenos humanos é parte da realidade social, pois o ser humano não só se distingue por agir, mas sobre o porquê o faz e por interpretar suas ações dentro e a partir da realidade vivida (MINAYO, 2012). A pesquisa descritiva tem como objetivo descrever com exatidão, fatos e fenômenos correspondentes a uma determinada realidade (TRIVIÑOS, 2008).
3.2 Participantes do estudo
Os participantes do estudo serão pais ou responsáveis legais de crianças atendidas nas Unidades de Clínica Infantil II e Estágio em Clínica Infantil da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Pelotas(FO/UFPel) sob estabilização protetora, assim como, os estudantes de odontologia do 8º, 9º ou 10° semestres que tenham participado do atendimento clínico como operadores e/ou auxiliares, durante o período de maio à setembro de 2025. O número de participantes será determinado pela saturação dos dados obtidos a partir das entrevistas.
3.3 Critérios de inclusão
Serão convidados a participar os pais ou responsáveis legais de crianças submetidas a atendimento odontológico sob estabilização protetora com idades entre 3 e 6 anos de idade e que tenham passado por, pelo menos, duas consultas anteriores empregando técnicas de manejo do comportamento não aversivas. Em relação aos estudantes de odontologia, serão convidados aqueles que estejam cursando 8º, 9° ou 10º semestres do curso e que tenham participado de atendimento sob estabilização protetora.
3.4 Critérios de exclusão
Serão excluídos pais ou responsáveis legais, assim com os estudantes de odontologia que participaram do atendimento clínico, de crianças com deficiência ou atendidas em situação de urgência.
3.5 Local do estudo
O estudo será realizado no ambulatório de Clínica Infantil da FO/UFPel.
3.6 Aspectos éticos
A pesquisa será iniciada após a aprovação do projeto de pesquisa pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFPel e após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido pelos responsáveis legais (Apêndice A) e pelos estudantes de odontologia (Apêndice B).
3.7 Método
Este estudo será conduzido a partir dos principios do Standards for Reporting Qualitative Research (SRQR).
Previamente ao início da coleta dos dados, será conduzido um estudo piloto com um
responsável e um estudante de odontologia para avaliar as questões norteadoras (entrevista semiestruturada) e realizar os ajustes necessários.
3.7.1 Coleta dos dados
Os dados de identificação do paciente serão obtidos a partir do prontuário odontológico.
Será aplicada uma entrevista qualitativa que, segundo Minayo (2012) é um instrumento em que o entrevistando tem a oportunidade de discorrer sobre o tema sem condições pré-fixadas pelo pesquisador. Esse tipo de entrevista dá mais flexibilidade ao entrevistador, uma vez que ele não precisa se manter fiel ao roteiro, favorecendo assim que o entrevistado tenha mais espontaneidade nas suas respostas- podendo assim colaborar e também influenciar o conteúdo da pesquisa. As entrevistas serão realizadas, preferencialmente, em local reservado, de forma individual, após o atendimento da criança. O entrevistado será esclarecido de que será conduzida uma conversa, a qual será gravada, onde poderá falar o que quiser, de acordo com questões norteadoras da ficha de entrevista semiestruturada. Neste momento, o entrevistado poderá falar sobre seus sentimentos em relação ao atendimento odontológico sob estabilização protetora,
sem limite de tempo, relatando sua percepção ou outras questões que julgar importantes. Caso ocorra desvio do tema, o pesquisador poderá interferir, reconduzindo-o ao tema principal.
3.7.1.1 Entrevista com o familiar
Uma entrevista semiestruturada será realizada com os pais ou responsáveis pela criança (Apêndice C). Caso a família não possa permanecer no local após o término da consulta, será combinado um horário para entrevista por telefone, em horário que seja mais adequado. A entrevista será gravada através do gravador de um smartphone, a fim de registrar os depoimentos, e terá duração média de 15 minutos. Após as gravações, as entrevistas serão transcritas na íntegra, pela pesquisadora, para garantir que os conteúdos permaneçam os mais representativos e fidedignos em relação ao que os participantes da pesquisa expressarem. Um acadêmico da FO da UFPel irá auxiliar a pesquisadora principal, seja para manuseio do gravador ou para distração da criança durante a entrevista presencial.
3.7.1.2 Entrevista com o estudante
A entrevista semiestruturada será realizada com o estudante (Apêndice D), imediatamente após o atendimento ou em outro horário a combinar. As questões norteadoras que compõe a entrevista foram baseadas no estudo de Marty, Carbillet e Valéra (2023).
3.8 Interpretação dos dados
As informações obtidas nesse estudo serão interpretadas com base na análise temática de Minayo (2013), que representa o tratamento dos dados em pesquisa qualitativa, a qual se constitui em três etapas: pré-análise, exploração dos dados e tratamento dos resultados.
Na primeira etapa, realiza-se a leitura e organização do material que será analisado, na segunda sucedesse-se a exploração dos dados com a leitura dos textos pesquisados, com o intuito de identificar relevâncias para o estudo e na terceira etapa cumpre-se o tratamento dos resultados obtidos e interpretação buscando determinar uma confrontação entre os dados obtidos e a literatura pesquisada, assim como a reflexão da pesquisadora.
Durante a pré-análise, as informações coletados serão transcritas na íntegra.
Logo, serão realizadas leituras e (re) leituras, com a finalidade de obter contato com as informações colhidas, de forma a detalhar seu conteúdo.
Por sequência, conduzir-se-á a organização dos dados transcritos, através da análise individual de cada entrevista, destacando-se aspectos considerados relevantes. Posteriormente, será executado o mapeamento das falas das entrevistas, apontando os principais pontos de cada fala, auxiliando na visualização do material em sua totalidade. Durante a exploração dos dados, serão apontadas no material todas as informações significativas, como palavras, frases e parágrafos. Realizar-se-á novas leituras, com vistas a compreender o significado manifesto e/ou oculto das informações relatadas, conduzindo as novas reflexões, a fim de agrupar os dados e estabelecer as categorias.
Indicadores, Metas e Resultados
Espera-se que as informações coletadas auxiliem a qualificar o ensino da odontopediatria, no que tange as práticas de manejo do comportamento e estabilização protetora.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
ANDRESSA RODRIGUES MACHADO | |||
HELENA PEREIRA RODRIGUES DA SILVA | |||
LISANDREA ROCHA SCHARDOSIM | 2 | ||
MARILIA LEAO GOETTEMS | 1 |