Nome do Projeto
A descolonização da educação a partir da perspectiva latino-americana de um ensino não-sexista.
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
26/05/2025 - 26/05/2027
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Multidisciplinar
Resumo
Esta pesquisa tem como objetivo investigar elementos, na educação nos níveis fundamental, médio e superior, que remetam a sexismo. A importância de desenvolver a proposta é identificar e discutir elementos que possam reforçar uma lógica discriminatória que hierarquiza pessoas a partir de gênero, raça/etnia, classe social, faixa etária, grau de instrução, localização geográfica, ou qualquer outro critério (Louro, 2014), na educação em seus diferentes níveis. Sob as lentes de Almeda (2018), uma educação não sexista desvela aos educandos um mundo que rompe a lógica positivista e se pauta em um viés emancipatório. Metodologicamente, a pesquisa se realizará em duas etapas: a primeira caracterizada como bibliométrica (quantitativa e qualitativa), conforme orienta Iizuka et al. (2014), buscando a identificação das variáveis na literatura científica. A segunda caracterizada como exploratória (qualitativa), de acordo com Gil (2024), buscando validar as variáveis encontradas na literatura através de entrevistas individuais e coletivas (Gaskel, 2024). Como resultados esperados, elenca-se: a identificação de elementos sexistas nos diferentes níveis da educação, tanto na literatura quanto nas escolas e universidades; e, a compreensão da percepção de educandos, educadores e profissionais da educação acerca dos referidos elementos.

Objetivo Geral

Investigar elementos, na educação nos níveis fundamental, médio e superior, que remetam a sexismo.

Justificativa

É indiscutível que a desigualdade de gênero é um problema social e de saúde pública. Tratam-se de situações que se alastram pelo mundo como uma epidemia (O’LEARY; FORAN & COHEN, 2013; MACASTENA, 2019; KERO et al., 2020; CERQUEIRA; BUENO, 2024). A violência de gênero que decorre da desigualdade de gênero afeta todas as classes sociais, faixas etárias e raças, ainda que em diferentes graus, a depender do recorte que se analisa. O Atlas da Violência de 2024 aponta que a violência de gênero segue sem solução definitiva à medida que a sociedade reproduz dinâmicas que subjugam pessoas do gênero feminino (CERQUEIRA; BUENO, 2024).
Ao considerar o perfil etário de vítimas de violência de gênero, o Atlas da Violência do ano de 2024 destaca que 24,5% das vítimas são as crianças e adolescentes com idade até 14 anos, o que em números totaliza 35.387 casos. Como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LBD), n° 12.796/2013, determina que a idade escolar obrigatória no Brasil é dos 4 aos 17 anos, a escola torna-se um importante ator na rede de apoio às vítimas de violência. O que é ratificado nas contribuições dos estudos de Silva (2020) e Guerra (2023), que afirmam que a escola tem papel fundamental na identificação e suporte aos traumas que seus educandos enfrentam.
Neste sentido, é possível citar um caso de violência sexual envolvendo uma criança que teve grande repercussão recentemente. O referido crime ocorreu em março de 2025, no município de Pouso Alegre, estado de Minas Gerais, em que uma criança de seis anos foi à escola com as partes íntimas coladas para evitar os abusos do pai. A escola, atuando como ator da rede de apoio a vítimas de violência de gênero, fez os devidos encaminhamentos.
Ainda sobre violência de gênero e suas implicações, vale ressaltar o que ensina Godinho et al. (2018), Tassinari (2020), Montañez (2021), Silva Júnior (2023) e Dallapicula (2023), autores os quais alertam que a violência sofrida pode afetar negativamente os processos educacionais. As referidas pesquisas justificam a cocriação de um ambiente de instrução ou orientação a profissionais de educação.
Considerando o papel da educação na construção do ser humano, Guacira Louro defende uma educação não sexista, ou seja, um ensino não discriminatório, que defende uma coexistência não hierarquizada com base no gênero, raça/etnia, classe social, faixa etária, grau de instrução, localização geográfica, ou qualquer outro critério (Louro, 2014). Contemplando os trabalhos de Louro, Almeda (2018) analisa que uma educação não sexista desvela aos educandos um mundo que rompe a lógica positivista que se pauta em um viés emancipatório.

Metodologia

A pesquisa se realizará em duas etapas: a primeira caracterizada como bibliométrica (quantitativa e qualitativa), conforme orienta Iizuka et al. (2014), buscando a identificação das variáveis na literatura científica. A segunda caracterizada como exploratória (qualitativa), de acordo com Gil (2024), buscando validar as variáveis encontradas na literatura através de entrevistas individuais e coletivas (Gaskel, 2024).

Indicadores, Metas e Resultados

Como resultados esperados, elenca-se: a identificação de elementos sexistas nos diferentes níveis da educação, tanto na literatura quanto nas escolas e universidades; e, a compreensão da percepção de educandos, educadores e profissionais da educação acerca dos referidos elementos.

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
JULIA DE ABREU REPISO
LARISSA MEDIANEIRA BOLZAN

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