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Inúmeras situações de trabalho podem ser consideradas como fatores geradores de estresse e expor ao risco a saúde física e mental dos profissionais. O estresse ocupacional é um problema em qualquer área profissional devido à dinâmica das relações laborais que denotam agilidade nas resoluções de problemas, e velocidade para executar tarefas inerentes ao trabalho (JOAQUIM et al., 2018; REIS; FERNANDES; GOMES, 2010).
Professores escolares brasileiros são insuficientemente ativos fisicamente, e vários fatores estão associados a este comportamento, tais como o excesso de peso corporal, massa corporal elevada, percentual maior de gordura, dor crônica, problemas relacionados à voz, tabagismo e fatores ocupacionais (DE ALENCAR; RABACOW; CARVALHO, 2021). A prática de atividade física deve ser considerada um fator de proteção à saúde e o bem-estar dos professores, e que o comportamento sedentário acarreta o adoecimento (PEREIRA; SILVA, 2020).
Servidores da educação têm maior incidência de sofrimento, estresse e burnout, afastamento por doença e maior incidência de distúrbios psíquicos do que físicos. Também apresentam dores musculoesqueléticas, depressão, baixa autoestima, angústia, desânimo, problemas da voz, problemas de pressão arterial, entre outros. Além disso, vivências de sofrimento originadas pela organização do trabalho indicam o adoecimento, com a hipótese diagnóstica de transtorno bipolar repetitivo, depressão, ansiedade, LER, fibromialgia (CÁLIDO et al., 2021; RAMOS; MACÊDO, 2018; SOUZA; LEITE, 2011). Essa realidade confirma que são necessários novos estudos, que não silenciem a realidade do processo saúde/adoecimento e priorize ações em saúde do trabalhador da educação.
O conhecimento referente à qualidade de vida e nível de atividade física pode se estabelecer como uma ferramenta essencial na melhoria da retomada dos hábitos de vida saudável dessa população. O diagnóstico das condições físicas em conjunto com o contexto sociodemográfico oportunizará parâmetros e proposições contributivas com influência no campo social, profissional, na saúde e nas referências científicas, podendo se consolidar como um marco construtivo para a população pesquisada, além de uma referência para comunidade científica devido à relevância do Instituto Federal do Tocantins (IFTO) para o estado do Tocantins.
O conhecimento referente aos indicadores de saúde em geral dos servidores do IFTO pode se estabelecer como uma ferramenta importante na proposição de políticas internas para a melhoria da qualidade de vida de professores e técnicos administrativos, pois os Institutos Federais de Educação possuem um vasto campo para pesquisa, principalmente no que tange à sua população de trabalhadores da educação.
A busca por estratégias institucionais através de uma fundamentação científica, tende a proporcionar uma política de melhoria dos índices de atividade física habitual, saúde e qualidade de vida dos servidores do IFTO. Além disso, o estudo possibilita evidenciar esse órgão institucional que possui uma representação significativa para o estado do Tocantins.
Por fim, mas não menos importante, deve ser salientada a importância regional dessa pesquisa para o contexto científico nacional. A região Norte, na qual o estado de Tocantins está localizado, juntamente com a Centro-Oeste, são as que menos produzem cientificamente no Brasil (menos de 10%) (SIDONE; HADDAD; MENA-CHALCO, 2016). Fatores como a menor disponibilidade de recursos humanos capacitados a investigação científica, somados a menor quantidade de financiamento e menor concentração de universidades e centros de pesquisa fazem da região Norte um local necessário para a implementação de investigações que elucidem os problemas de saúde da população que nela vive. Nesse contexto, o presente estudo vem tentar contribuir para acabar com as inequidades científicas do Brasil.

Estudo longitudinal prospectivo de caráter quasi-experimental realizado com os servidores professores e técnicos administrativos das 12 unidades do Instituto Federal do Tocantins (IFTO), compreendendo 8 campi, 3 Campus Avançados e Reitoria. Espera-se a participação na pesquisa do maior número possível de servidores. A coleta de dados será realizada através da aplicação de um questionário online disponibilizado via e-mail institucional. A intervenção será realizada através do envio de mensagens de estímulo por e-mail e grupos de WhatsApp. Ao final de 12 semanas, o questionário será novamente disponibilizado para os participantes da pesquisa.

O diagnóstico das condições físicas em conjunto com o contexto sociodemográfico oportunizará parâmetros e proposições contributivas com influência no campo social, profissional, na saúde e nas referências científicas, podendo se consolidar como um marco construtivo para a população pesquisada, além de uma referência para comunidade científica devido à relevância do Instituto Federal do Tocantins (IFTO) para o estado do Tocantins. Além disso, será uma ferramenta importante na proposição de políticas internas para a melhoria da qualidade de vida de professores e técnicos administrativos, pois os Institutos Federais de Educação possuem um vasto campo para pesquisa, principalmente no que tange à sua população de trabalhadores da educação.