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A Inteligência Artificial (IA) já integra de forma crescente o cotidiano dos jovens, seja em redes sociais, aplicativos, plataformas de aprendizagem, ferramentas de produção de conteúdo ou assistentes virtuais. Contudo, apesar do uso frequente, muitos estudantes não possuem conhecimento adequado sobre o funcionamento dessas tecnologias, tampouco sobre as implicações éticas, sociais e pedagógicas que seu uso envolve. A ausência de um letramento específico em IA gera riscos como o uso acrítico de informações automatizadas, a naturalização de vieses algorítmicos, a desinformação, e a falta de compreensão sobre privacidade de dados, autonomia intelectual e responsabilidade no uso dessas ferramentas no ambiente educacional. Considerando que as escolas têm o papel fundamental na formação de cidadãos críticos e conscientes, torna-se urgente a promoção de espaços de diálogo e sensibilização sobre o tema. O presente projeto de extensão propõe-se a atender essa demanda emergente, atuando diretamente com estudantes do ensino médio da rede municipal de Pelotas, por meio de palestras e rodas de conversa conduzidas por professores e acadêmicos da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). A aproximação entre universidade e escolas proporciona não apenas o compartilhamento de conhecimentos atualizados, mas também o desenvolvimento de competências críticas nos jovens, capacitando-os a compreender e avaliar o papel da IA em suas trajetórias acadêmicas, profissionais e sociais. Além disso, o projeto reforça o compromisso da universidade com a extensão universitária como um instrumento de transformação social, aproximando o saber científico da realidade das escolas públicas e contribuindo para a formação ética e tecnológica das novas gerações.

O projeto será desenvolvido por meio de ações presenciais nas escolas de ensino médio da rede municipal de Pelotas, em articulação com a Secretaria Municipal de Educação e com a participação de professores e estudantes da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).

As atividades serão organizadas em quatro etapas principais:

1. Planejamento e organização das ações:
Nesta fase inicial, a equipe do projeto realizará o levantamento das escolas participantes, definição de cronograma de visitas e adequação dos conteúdos a serem abordados, considerando o perfil e a faixa etária dos estudantes. Os alunos de graduação da UFPel, sob orientação dos professores responsáveis, participarão da elaboração dos materiais didáticos e da preparação das atividades.

2.Divulgação em redes sociais e produção de material de divulgação:
Será desenvolvida uma frente de atuação voltada à criação de materiais gráficos e digitais para divulgar o projeto em redes sociais e apoiar as atividades educativas. Serão produzidos conteúdos como postagens informativas, vídeos curtos, cartazes, infográficos e slides didáticos, com linguagem acessível e visual atrativo. Essa ação visa ampliar o alcance do projeto, reforçar os conteúdos abordados nas atividades presenciais e promover a participação social. Estudantes da graduação com interesse nas áreas de comunicação, design e tecnologia atuarão na produção desses materiais, contribuindo para sua formação prática e interdisciplinar.

Durante todo o processo, os estudantes de graduação atuarão como mediadores e facilitadores, favorecendo uma comunicação mais próxima com o público-alvo e fortalecendo sua própria formação acadêmica e cidadã.

2. Execução das atividades nas escolas:
Serão realizadas, em cada escola participante, palestras introdutórias e rodas de conversa com os estudantes.

As palestras abordarão conceitos básicos de Inteligência Artificial, suas aplicações na sociedade e especialmente no contexto educacional, de forma acessível e interativa.

As rodas de conversa serão momentos de diálogo aberto, buscando estimular a reflexão crítica e ética sobre o uso da IA, permitindo que os próprios estudantes exponham suas experiências, percepções e dúvidas.
As atividades serão adaptadas conforme a dinâmica de cada grupo, podendo incluir exemplos práticos, simulações, vídeos e estudo de casos.

3. Avaliação e sistematização dos resultados:
Ao final das ações, serão aplicados instrumentos de avaliação (questionários e registros de participação) para analisar o grau de compreensão dos conteúdos e a percepção dos estudantes sobre os temas discutidos. Os dados coletados servirão para avaliar o impacto do projeto, ajustar metodologias e gerar subsídios para eventuais publicações e novos desdobramentos extensionistas.

Durante todo o processo, os estudantes de graduação atuarão como mediadores e facilitadores, favorecendo uma comunicação mais próxima com o público-alvo e fortalecendo sua própria formação acadêmica e cidadã.

METAS

-Realizar atividades em, no mínimo, 5 escolas da rede municipal de Pelotas.
-Atender um público estimado de, no mínimo, 200 estudantes do ensino médio.
-Envolver pelo menos 10 estudantes de graduação da UFPel na execução das atividades.
-Aplicar instrumentos de avaliação em 100% das turmas participantes.
-Produzir um relatório consolidado com análise dos dados coletados ao final do ciclo de atividades.
-Realizar reuniões quinzenais com a equipe de trabalho do projeto;
-Elaborar materiais informativos
-Realizar rodas de conversas nas escolas públicas que tenham interesse pela temática;
-Produzir resumo expandido na SIIEPE de 2026.
-Contribuir com a formação dos alunos das escolas públicas e dos envolvidos no projeto;
-Proporcionar elementos de desenvolvimento pessoal e profissional aos sujeitos que vivenciarem o projeto.

RESULTADOS ESPERADOS

-Ampliação do letramento básico em Inteligência Artificial junto a estudantes do ensino médio.
-Desenvolvimento de consciência crítica e ética sobre o uso da IA no contexto educacional e social.
-Estreitamento da relação entre a universidade e a rede pública municipal de ensino.
-Formação prática e extensionista dos estudantes de graduação envolvidos.
-Geração de subsídios e experiências para futuras ações de extensão, ensino e pesquisa na temática de IA e ética.