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A destinação de corpos de animais de estimação é uma questão que gera preocupação tanto para os tutores quanto para as comunidades em que vivem. Com o crescente número de PETs em lares brasileiros, estima-se que milhões de animais falecem anualmente, e muitos deles são descartados de maneira inadequada. A incineração, além de demandar custos financeiros elevados, apresenta implicações ambientais significativas, aumentando a emissão de gases poluentes. Já o enterramento pode contribui para a contaminação do solo e de lençóis freáticos. A compostagem, ao contrário, se apresenta como uma alternativa que não apenas elimina esses problemas, mas também promove a reciclagem dos nutrientes que esses animais carregam. A conscientização sobre a compostagem e seu processo não é apenas uma questão ambiental, mas também um aspecto de respeito pela vida animal, promovendo uma abordagem mais humana e sustentável diante da morte. Ademais, a implementação dessa prática pode fortalecer laços comunitários, ao integrar a educação ambiental e ações colaborativas.

A metodologia do projeto será dividida em cinco etapas. Primeiramente, realizaremos um levantamento de dados em parceria com clínicas veterinárias e centros de adoção, a fim de mapear a situação atual do descarte de PETs na região sul do Rio Grande do Sul. Este levantamento incluirá dados sobre quantos animais são tratados, qual a prevalência de métodos de destinação e as percepções dos tutores. Em seguida, criaremos um protocolo de compostagem adaptado às necessidades locais, abordando fatores como temperatura, pH, umidade, material estruturante e seus impactos na decomposição. Esse protocolo será baseado em estudos e boas práticas de compostagem existentes, adaptados à realidade dos PETs. A terceira etapa envolverá o desenvolvimento de um guia prático, que será um recurso educativo abrangente sobre os benefícios do processo. Utilizaremos linguagem acessível e ilustrações para facilitar a compreensão. Na quarta etapa, implementaremos um projeto piloto em clínicas veterinárias e centros de adoção, onde será aplicado o protocolo de compostagem, avaliando parâmetros do processo. Monitoraremos e documentaremos o processo, coletando feedback dos participantes. Por fim, realizaremos uma série de workshops e palestras educativas direcionadas à comunidade, com o intuito de disseminar o conhecimento e engajar novos participantes nas práticas de compostagem de PETs.

Os indicadores de metas e resultados esperados serão fundamentais para avaliar a eficácia do projeto. Primeiro, estabelecemos que pelo menos 500 guias práticos sejam distribuídos durante o segundo semestre do projeto, alcançando tutores de PETs e profissionais da saúde animal. Além disso, esperamos que ao menos 200 pessoas participem ativamente das oficinas e palestras educativas, onde pretendemos estimular a discussão sobre a importância da compostagem e proporcionar um espaço para esclarecimento de dúvidas. Quanto ao projeto piloto, uma meta de sucesso será alcançada quando 80% dos participantes do estudo implementarem o processo de compostagem em suas rotinas. Outro indicador significativo será a redução do descarte inadequado de animais de estimação, buscando uma diminuição de pelo menos 30% em comparativo aos dados iniciais. Finalmente, realizaremos um levantamento de conhecimento entre os participantes das atividades propostas, com o objetivo de evidenciar um aumento de 50% no entendimento sobre compostagem, refletindo a eficácia das oficinas educativas. Através desses indicadores, poderemos monitorar os avanços do projeto e ajustar estratégias conforme necessário para maximizar seu impacto na comunidade e no meio ambiente.