Portal InstitucionalUFPEL

11/08/2025 - 17/08/2028

Engenharias

Atualmente a indústria de embalagens é uma das maiores fontes de poluição de resíduos. O uso crescente de recipientes ou embalagens de alimentos descartáveis, juntamente com a má gestão de resíduos plásticos ou a sua eliminação, tem gerado problemas ambientais graves uma vez que estes materiais não são biodegradáveis e durante o seu processo de obtenção, que é realizado a partir do petróleo, é emitido para atmosfera dióxido de carbono, um dos principais causadores do efeito estufa. Assim, na era do descarte, a degradabilidade dos polímeros utilizados como embalagens representa um aspecto de fundamental importância. O desenvolvimento de embalagens ecológicas, de alto desempenho e com boas propriedades de barreira pode ser alcançado pelo desenvolvimento de novos polímeros com boas propriedades de biodegradação ou ainda melhorando a degradabilidade dos polímeros existentes. Este último requisito é um dos eixos centrais do presente projeto. Prende-se neste trabalho incorporar uma carga híbrida composta por nanocristais de celulose (NCC) e tanino em uma matriz de polietileno verde de baixa densidade (PEBD-verde) através da técnica de extrusão com o objetivo de acelerar a degradação deste polímero, uma vez que estas cargas são biodegradáveis, e ao mesmo tempo desenvolver uma embalagem sustentável, com boas propriedades de barreira a gases e com características antioxidantes devido a presença do tanino. Os nanocristais de celulose serão extraídos da casca de arroz, um resíduo agrícola que traz sérios transtornos ao meio ambiente quando descartado sem os controles adequados. Já os taninos são antioxidantes fenólicos naturais que podem ser utilizados em embalagens, reduzindo o conteúdo de oxigênio no interior das mesmas, causando então um efeito no controle das reações de oxidação, prolongando, com isso, o tempo de prateleira dos alimentos. Serão preparados filmes de nanocompósitos utilizando uma carga híbrida de nanocristais de celulose e tanino, variando a concentração de tanino da mistura (1 e 3% em massa) e mantendo-se fixa a concentração de nanocristais (5%). A influência da concentração do tanino e da incorporação dos NCCs nas propriedades térmicas, mecânicas e de barreira do PEBD-verde, bem como sobre a sua taxa de degradação e características antioxidantes serão investigadas.