Nome do Projeto
Cuidando o desenvolvimento do rim no recém nascido prematuro
Ênfase
Extensão
Data inicial - Data final
01/10/2025 - 01/10/2029
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências da Saúde
Eixo Temático (Principal - Afim)
Saúde / Educação
Linha de Extensão
Saúde humana
Resumo
O desenvolvimento do rim é influenciado por fatores genéticos, epigenéticos, condições maternas (estado nutricional, estatura, ambiente intrauterino e duração da gestação), intercorrências neonatais e nutrição pós-natal2,3. Conhecer as peculiaridades do desenvolvimento renal e os fatores nocivos que podem ser prevenidos torna-se um fator importante na diminuição destas morbidades. Esta janela de vulnerabilidade no desenvolvimento renal extrauterino não pode ser perdida. David Barker4 desenvolveu a hipótese da Programação Metabólica com a teoria que o ambiente de restrições intrauterino era o responsável por doenças na vida adulta (hipertensão, diabete, obesidade, resistência à insulina). Barry Brenner, nefrologista, aplicou a teoria de Barker para desenvolver a hipótese de alterações renais decorrentes de alterações glomerulares precoces (diminuição do número de nefrons ao nascer)5.
O rim do prematuro encontra-se em formação e dependendo da idade gestacional ao nascimento pode estar muito imaturo. A nefrogênese começa na 5ª semana de gestação e continua até a 34-36ª semanas. O menor número de néfrons ao nascimento aumenta o risco de disfunção renal aguda, especialmente nos RN críticos. Isto é intensificado por uso de drogas nefrotóxicas, muito comum no intensivismo neonatal (aminoglicosídeos, anfotericna, ibuprofeno, vasopressores). Estes problemas também ocorrem em RN a termo com asfixia neonatal, quadros infecciosos e outras intercorrências neonatais. A restrição de crescimento extrauterina assim como o rápido ganho de peso no primeiros dois anos de vida são fatores importantes para comorbidades.
Fatores maternos tais como diabete gestacional, obesidade, desnutrição, hipertensão, uso de medicamentos lícitos e ilícitos, fumo, álcool também podem alterar este desenvolvimento e estão associadas com menor número de nefrons15. Drogas utilizadas na gestação (anticonvulsivantes, antinflamatórios, corticoides), ruptura prematura de membranas, hipertensão induzida pela gestação, corioamnionite (infecção perinatal pode causar resposta inflamatória sistêmica)16.
No neonato vários fatores de risco já são conhecidos. Prematuridade, baixo peso ao nascer, insultos hipóxico-isquêmicos (hipoperfusão, asfixia, hipovolemia, dificuldade respiratória, septicemia), tóxicos (medicamentos utilizados na mãe e no RN) são os maiores causadores destas disfunções (
Todo prematuro e recém-nascido de baixo peso deve ter sua função renal monitorada. Devemos lembrar que nem todos históricos dos pacientes são completos (omissão de dados, diagnóstico de IRA não definido, etc)27,28.
Objetivo Geral
Geral: detectar a exposição a fatores de risco para alterações renais nos prematuros
Específicos: determinar os fatores de risco que foram expostos durante a gestação e período neonatal; monitorar a função renal, proteinúria e pressão arterial durante o seu seguimento ambulatorial aos 6, 12 e 24 meses; avaliar alterações renais no seguimento dos bebes durante a infância.
Específicos: determinar os fatores de risco que foram expostos durante a gestação e período neonatal; monitorar a função renal, proteinúria e pressão arterial durante o seu seguimento ambulatorial aos 6, 12 e 24 meses; avaliar alterações renais no seguimento dos bebes durante a infância.
Justificativa
Os sintomas e sinais sugestivos de disfunção renal no neonato, especialmente no prematuro não são evidentes. Uma oligúria pode ser um sinal tardio, assim como uma poliúria ou diurese normal um sinal de IRA. Devemos antecipar as alterações e controlar o seu desenvolvimento com exames periódicos.
Detectar fatores de risco que alterem o desenvolvimento renal adequado e monitorar a função renal durante os primeiros anos de vida é importante. A janela de oportunidade é o período neonatal e devemos intervir e proteger esse processo de desenvolvimento dos néfrons. Saúde renal dos prematuros depende diretamente dos cuidados que receberam na UTIN e no seu seguimento.
Detectar fatores de risco que alterem o desenvolvimento renal adequado e monitorar a função renal durante os primeiros anos de vida é importante. A janela de oportunidade é o período neonatal e devemos intervir e proteger esse processo de desenvolvimento dos néfrons. Saúde renal dos prematuros depende diretamente dos cuidados que receberam na UTIN e no seu seguimento.
Metodologia
- Delineamento: transversal, ambispectivo.
- População alvo: prematuros que consultam no ambulatório de nefrologia pediátrica e de follow da FAMED. Os prematuros já recebem este cuidado e avaliação pela nefrologista pediátrica há mais de 6 anos utilizando o protocolo de seguimento renal do prematuro da instituição (anexo 1). Serão excluídos recém nascidos com malformações do trato urinário, síndrome de Down, doenças genéticas.
- A coleta de dados será realizada por acadêmicos da FAMED/UFPel através dos prontuários médicos (pacientes em acompanhamento) e de um protocolo de seguimento elaborado pela autora (anexo 2), que englobará dados de identificação do RN e maternos, intercorrências na UTIN, protocolo de seguimento renal do prematuro da instituição.
- Instrumento de coleta: será mantido o protocolo de seguimento em uso e acrescentado um check list dos fatores de risco da gestação, parto e período neonatal. (anexo 2).
- Logística: Será anexado ao prontuário de todos os prematuros que consultam na FAMED este protocolo modificado (anexo 2). O manejo do prematuro segue as rotinas e protocolos da instituição. Na alta da UTIN as crianças recebem uma nota de alta que contém as intercorrências durante a gestação, assim como uma história da gestação e parto que será utilizada para avaliar os fatores de risco durante a internação.
- Análises: os dados serão digitados no programa estatístico STATA 11.0. Será realizado análises de prevalências para os fatores de risco para alterações renais, IRA durante a internação e alterações detectadas no seguimento dos RN.
Aspectos éticos: o projeto será encaminhado ao comitê de ética médica para liberação. Após a alta dos pacientes os cuidadores serão consultados se desejam acompanhamento no serviço da instituição. Um dos cuidadores assinará o termo de consentimento escrito.
Cronograma: será iniciada a coleta de dados após aprovação do comitê de ética em pesquisa. Este seguimento do prematuro faz parte do atendimento aos prematuros da instituição e é contínuo. Este cronograma é para a realização de atividades de pesquisa com alunos e residentes em pediatria
- População alvo: prematuros que consultam no ambulatório de nefrologia pediátrica e de follow da FAMED. Os prematuros já recebem este cuidado e avaliação pela nefrologista pediátrica há mais de 6 anos utilizando o protocolo de seguimento renal do prematuro da instituição (anexo 1). Serão excluídos recém nascidos com malformações do trato urinário, síndrome de Down, doenças genéticas.
- A coleta de dados será realizada por acadêmicos da FAMED/UFPel através dos prontuários médicos (pacientes em acompanhamento) e de um protocolo de seguimento elaborado pela autora (anexo 2), que englobará dados de identificação do RN e maternos, intercorrências na UTIN, protocolo de seguimento renal do prematuro da instituição.
- Instrumento de coleta: será mantido o protocolo de seguimento em uso e acrescentado um check list dos fatores de risco da gestação, parto e período neonatal. (anexo 2).
- Logística: Será anexado ao prontuário de todos os prematuros que consultam na FAMED este protocolo modificado (anexo 2). O manejo do prematuro segue as rotinas e protocolos da instituição. Na alta da UTIN as crianças recebem uma nota de alta que contém as intercorrências durante a gestação, assim como uma história da gestação e parto que será utilizada para avaliar os fatores de risco durante a internação.
- Análises: os dados serão digitados no programa estatístico STATA 11.0. Será realizado análises de prevalências para os fatores de risco para alterações renais, IRA durante a internação e alterações detectadas no seguimento dos RN.
Aspectos éticos: o projeto será encaminhado ao comitê de ética médica para liberação. Após a alta dos pacientes os cuidadores serão consultados se desejam acompanhamento no serviço da instituição. Um dos cuidadores assinará o termo de consentimento escrito.
Cronograma: será iniciada a coleta de dados após aprovação do comitê de ética em pesquisa. Este seguimento do prematuro faz parte do atendimento aos prematuros da instituição e é contínuo. Este cronograma é para a realização de atividades de pesquisa com alunos e residentes em pediatria
Indicadores, Metas e Resultados
detecção dos fatores de risco para alterações renais
acompanhamento dos prematuros no ambulatório de nefrologia pediátrica
seguimento de recém nascidos em risco
acompanhamento dos prematuros no ambulatório de nefrologia pediátrica
seguimento de recém nascidos em risco
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
DANIELA DANIELSKI CASTANHEIRA | |||
DENISE CARRICONDE MARQUES | 4 | ||
ESTER FACCIN | |||
FERNANDA FONTANA | 1 | ||
IZABELLI RODRIGUES SA TELES | |||
LETÍCIA PORTO DE MELO FRANCO |