Nome do Projeto
DO PINCEL AO PÍXEL: sobre as (re)apresentações de sujeitos/mundo em imagens
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
24/05/2021 - 20/12/2028
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Linguística, Letras e Artes
Resumo
Dos níveis iniciais até a universidade, os estudantes representam as primeiras gerações que cresceram e se socializaram utilizando os computadores e outros brinquedos e ferramentas da era digital. Temos, portanto, novas máquinas e tecnologias, novíssimas formas de comunicação centradas na produção incessante de imagens. E num mundo no qual realidade e virtualidade/ficção se fundem, a Imagem assume um papel de destaque ímpar que faz dela um tema fundamental a ser tratado na escola. Frente às novas tecnologias e seus produtos imagéticos, um desafio que se apresenta à formação docente em Artes Visuais diz respeito à significação do manancial imagético produzido através dos novos aparatos. Isso compreende o entendimento da formação e leitura das imagens, em prol do desenvolvimento da sensibilidade ao visível de sujeitos ativos na transformação do mundo ao redor. Na análise de tal situação os pesquisadores do PhotoGraphein perceberam que é imperativa tal discussão a partir do caráter interdisciplinar da Imagem, congregando outras áreas para nos ajudarem a expandir os questionamentos, cientes de que é preciso considerar a existência de um campo de intercâmbio entre as imagens e os espectadores, constituído por estímulos e respostas. A pesquisa considera, principalmente, as ideias de Bachelard (1993), Durand (2000), Dubois (1984) e Fabris (2012), buscando, a partir deles, dar visibilidade a discussões interdisciplinares acerca da Imagem, seus meios de produção e circulação. Nas pesquisas desenvolvidas no PhotoGraphein privilegiamos o sentido de imaginário derivado de Gilbert Durand (2000), segundo o qual o Imaginário resulta do conjunto formado pelo percebido e o herdado. Portanto, ele pode ser considerado um substrato simbólico de ampla natureza que admite a imagem fotográfica como parte integradora do “Museu do Imaginário”. Ele floresce das linguagens verbais e não verbais que nos possibilitam a leitura dos contextos vivenciais. Através do imaginário é possível revelar e interpretar as modalidades de atuação e compreensão do ser no mundo, instaurando as diferentes formas de sentir, pensar e agir, como um canal privilegiado das relações do sapiens com o mundo e consigo mesmo. Das estratégias didáticas constam: discussões coletivas; produções textuais e imagéticas, individuais e coletivas; incentivo à pesquisa de materiais como complementação às discussões em curso; avaliação crítica dos processos em andamento; viagens de estudo; realização de seminários, deambulações e intervenções urbanas; planejamento, gravação e divulgação de podcasts; planejamento, produção e publicação da Revista Eletrônica Arqueologias do Olhar. O tema investigado é atual, e sobre o qual ainda não temos parâmetros suficientes para avaliação. Nesse sentido, é possível afirmar de antemão a relevância de uma investigação que se propõe a adentrar numa área ainda em construção, principalmente, por sua atualidade.
Objetivo Geral
Compreender e sistematizar conhecimentos sobre a produção e circulação de Imagens na contemporaneidade, fomentando uma cultura de cunho simbiótico entre a visão funcionalista e as visões estéticas e simbólicas dos elementos sociais que constituem os espaços urbanos contemporâneos, a partir de um ponto de vista interdisciplinar.