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Compreendendo a escola como uma das primeiras instituições da vida do indivíduo, esta tem um papel fundamental na sua formação pessoal e profissional. No ambiente educacional muitas vezes nos deparamos com métodos rígidos e exigentes. Portanto, este local carece de práticas alternativas que se aliem aos métodos tradicionais visando uma aprendizagem por parte do estudante. Nesta perspectiva, o jogo se apresenta como um método eficaz na promoção do sucesso na vida do estudante (PINHEIRO, 2017), proporcionando a ele uma tomada de consciência (VIGOTSKI, 2009). Além de ser um instrumento que permita que o estudante se perceba como agente transformador de sua própria aprendizagem.
Como propõe Zimmerman (2013) a autorregulação é um processo dinâmico que se compreende por um nível onde os estudantes objetivam os processos de aprendizagem. Processo este que se dá por meio de três fases: antecipação, execução e autorreflexão. Primeiramente o estudante traça estratégias e objetivos que pretende alcançar (antecipação), coloca-as em pratica e as auto-observa (execução) e, por fim, reflete a efetividade de suas práticas (autorreflexão). Este ciclo é importante, pois promove os processos de cognição, motivação e metacognição.
Visto que o indivíduo aprende nas interações com o outro, propõe-se trabalhar com os jogos possibilitando a mediação necessária e promovendo uma troca entre os estudantes, perpassando pelas três fases da autorregulação.

A oficina acontecerá pela manhã, a cada 15 (quinze) dias, somando um total de 4 (quatro) encontros, com duração de 4 (quatro) horas cada. Cada oficina contará com diferentes participantes. Ancorada na autorregulação da aprendizagem (ZIMMERMAN, 2013), a oficina se desenvolverá por meio de jogos. Serão apresentados os conceitos da autorregulação, priorizando suas três fases: antecipação, execução e autorreflexão. Ao refletir o modo como jogam, estas fases serão aplicadas tanto no jogo como em alguma situação cotidiana, incentivando a criação de estratégias para alcançar seus objetivos. Os jogos utilizados terão como base a cooperação e não a competição, estimulando assim a mediação, o apoio e a interação entre os participantes. A seguir estão elencados os pontos da proposta de cada encontro da oficina:
1) Dinâmica de apresentação;
2) Realização do primeiro jogo, sem apoio;
3) Apresentação dos conceitos da autorregulação e as três fases do ciclo por meio da experiência no jogo e slides;
4) Roda de discussão refletindo estes conceitos e buscando aplica-los em uma situação cotidiana;
5) Realização do jogo autorregulando a ação do jogador, esta ancorada na teoria da autorregulação;
6) Avaliação da oficina por parte dos participantes.

Espera-se que os acadêmicos dos diferentes cursos de graduação, participantes do projeto, constituam um grupo colaborativo para que seja possível discutir e refletir, por meio dos jogos, suas trajetórias.