Nome do Projeto
MUSEU DE SOLOS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
Ênfase
ENSINO
Data inicial - Data final
01/05/2019 - 30/04/2020
Unidade de Origem
Área CNPq
Ciências Agrárias - Agronomia - Gênese, Morfologia e Classificação dos Solos
Resumo
O solo está presente em cotidiano e têm uma importância significativa para a sociedade, sendo utilizado para diversas finalidades. Este é um recurso natural encontrado em diferentes posições na paisagem, originado a partir da atuação do clima e dos organismos vivos sobre o material de origem, sendo modificado pelas atividades do homem. É um componente fundamental do ecossistema terrestre, pois exerce múltiplas funções ambientais e antrópicas, tais como: regulação do fluxo hídrico do planeta (armazenamento, escoamento e infiltração das águas da chuva e de irrigação), armazenamento e ciclagem de nutrientes para as plantas, suporte e fonte de nutrientes para as plantas, habitat para organismos, meio para obras de engenharia e descarte de resíduos, fonte de material bruto (material para aterros, fabricação de telhas, tijolos, etc.), além de útil do ponto de vista agrícola, na produção de alimentos, madeira, fibras, etc. Para que se possa dinamizar o ensino em ciência do solo, as instituições de ensino vêm diversificando cada vez mais o processo de ensino-aprendizagem através de metodologias mais específicas para cada curso bem como para cada tipo de aluno. Uma estratégia adotada por algumas universidades do Brasil, para cursos voltados as Ciências Agrárias, é a confecção de monólitos de solos. Estes por sua vez podem demonstrar, dentro da sala de aula ou em um laboratório, a realidade do campo ou a diversidade de tipos de solos que podem ser encontrados em uma região, estado ou país. Dessa maneira a confecção de monólitos de solos serve para como instrumento difusor do conhecimento nos campos da Geologia e da Pedologia, além de facilitar a prática pedagógica nestes ramos da ciência e conscientizar sobre a importância dos solos para a vida das pessoas, ampliando a compreensão de que estes recursos constituem parte essencial do meio ambiente. Esse trabalho tem como principal objetivo atuar como ferramenta didática, permitindo aos professores uma nova forma de demonstrar

Objetivo Geral

Desenvolver métodos didáticos para auxiliar no ensino da Ciência do Solo, utilizando Monolitos de Solo como ferramenta principal.

Justificativa

Em 1998, o Soil Taxonomy define solo como sendo “um corpo natural compreendido por sólidos (minerais e matéria orgânica), líquido e gases que ocorre na superfície terrestre, ocupa espaço, e é caracterizado por um ou mais dos seguintes: horizontes, ou camadas, que se distinguem do material de origem como o resultado de adições, perdas, transferências e transformações de energia e matéria ou a habilidade de suportar plantas superiores no ambiente natural”. Essa definição revela, em grande parte, a influência da idéia (conceito) do solo como meio para o crescimento de plantas, ou seja, vinculado ao seu uso agrícola.
A formação do solo resulta de um conjunto de processos pedogenéticos, oriundos de uma seqüência de eventos, incluindo reações complexas e rearranjos de matéria comparativamente simples. Portanto, os processos pedogenéticos são na realidade uma combinação de processos elementares (reações de intemperismo, de substituição iônica, síntese de substâncias minerais ou orgânicas, etc), no qual o domínio de um ou de suas taxas, produz um complexo de subprocessos e reações que em conjunto formam um determinado processo pedogenético. Em uma reportagem da Arizona State University, (Agosto 2008), para o site da UOL, cientistas encontraram taxas de produção do solo entre 0,03 e 0,08 mm por ano, em áreas de clima Temperado, com essa velocidade seria necessário cerca de 125 a 335 anos para se formar 1 cm de solo nesses locais.
Quando tratamos de solos se deparamos com diversos problemas, pois o solo é algo muito complexo e repleto de variáveis. Hoje um dos problemas mais redundantes é a questão de degradação do solo, que é conseqüência de mau uso da terra por falta de conhecimento dos solos.
Portanto, a busca por novas alternativas dentro do processo de ensino aprendizagem dos cursos de graduação com disciplinas voltadas para a ciência do solo, se faz significativamente necessário visto da grande importância do assunto. Alternativas estas que muitas vezes tem o objetivo

Metodologia

Serão selecionados 17 tipos de solos, visando exemplificar todas as regiões do Estado do Rio Grande do Sul com prioridade para os solos da região sul do Estado, incluindo de forma completa os de ocorrência no município de Pelotas, assim distribuídos:

Símbolo da UM Unidade de Mapeamento (UM) Classe de Solo
A Aceguá Vertissolo Ebânico Órtico chernossólico
Bd Banhado GleissoloHáplico Tb Eutrófico típico
Bx Bexigoso Luvissolo Hipocrômico Órtico típico
BJ Bom Jesus Cambissolo Húmico Alumínico típico
Ch Charrua Neossolo Litólico Eutrófico típico
C Ciríaco Chernossolo Argilúvico Férrico típico
Es Escobar Vertissolo Ebânico Órtico típico
PF Passo Fundo Latossolo Vermelho Distrófico típico
Pe Pedregal Neossolo Litólico Eutrófico típico
PM Pinheiro Machado Neossolo Litólico Distrófico típico
Pi Piraí Luvissolo Hipocrômico Órtico típico
PV Ponche Verde Chernossolo Argilúvico Órtico chernossólico
SM Santa Maria Argissolo Bruno-Acinzentado Alítico típico
SA Santo Ângelo Latossolo Vermelho Distroférrico típico
SP São Pedro Argissolo Vermelho Distrófico asrênico
Tm Taim Organossolo Tiomórfico Sáprico sálico
V Vacaria Latossolo Bruno Alumínico câmbico

A coleta dos monólitos terá foco inicial sob regiões representativas das unidades de mapeamento de solos (UM) do estado do Rio Grande do sul, onde as coletas dos referidos monólitos será realizada pela equipe de Pedologia do Departamento de Solos da UFPel, com disponibilidade de acompanhamento das coleta por alunos do curso de Agronomia e demais colaboradores e/ou interessados. Entende-se por monólito a coleta da amostra de todo o perfil do solo, mantendo não só a estrutura natural do perfil, como também a disposição dos horizontes tal como se observa na parede de um barranco ou de uma trincheira.
Juntamente com a coleta dos monólitos serão coletadas amostras dos perfis trabalhados, imagens dos locais de coleta (incluindo perfis, afloramento rochosos, uso atual e sinais de degradação, isto quando aparente). Os locais de coleta serã

Resultados Esperados

Tendo em vista a abrangência deste projeto na esfera educacional, temos como resultados esperados:

- Maior divulgação da ciência do solo e, sobretudo, das pesquisas efetuadas, suas funções ambientais e sociais;
- Ampliação do conhecimento, com relação ao solo por parte dos graduandos da UFPEL;
- Trazer a Ciência do Solo ao contato direto com a comunidade acadêmica;
- Demonstração dos diferentes solos contidos no Rio Grande do Sul, e como deve proceder o manejo agrícola de diferentes áreas;
- Conscientizar a comunidade acadêmica da importância do estudo dos Solos bem como suas propriedades químicas e físicas;
- Resgatar um acervo histórico de rochas e minerais que a FAEM possui com mais de 80 anos de coletas.

Indicadores, Metas e Resultados

Este projeto é de cunho permanente, ou seja, os materiais que serão coletados ficaram expostos constantemente. Portanto, tendo em vista que com o acumulo dos monolitos coletados teremos que viabilizar um local que possa acomodar todos bem como as suas informações, assim poderá ser dado sequência na ampliação do projeto. Este local servira como um Museu de Solos, onde terá acesso a visitantes ampliando assim o acesso aos monolitos por parte de toda comunidade.
A alocação de um espaço físico para o Museu de Solos nas dependências da Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel – FAEM/UFPel, tem total apoio do Departamento de Solos. Dessa maneira, a gestão do Museu será realizada pelo Departamento de Solos mais especificamente pelo setor de Pedologia na figura dos seus professores como curadores do Museu. Com apoio incondicional do Departamento de Solos e da FAEM os curadores buscarão constantemente a atualização do acervo do Museu bem como sua ampliação. Essa ampliação diz respeito também a um trabalho maior e mais intenso em relação a divulgação do Museu e suas atividades. Isso poderá ser alcançado com uma maior virtualização do espaço de ensino do Museu seguindo as tendências do ensino aliando ciência e tecnologia.

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
ADÃO PAGANI JUNIOR101/05/201930/04/2020
ANA CLAUDIA RODRIGUES DE LIMA201/05/201930/04/2020
ANA PAULA KNAPP101/05/201930/04/2020
BEATRIZ BRUNO DO NASCIMENTO2015/05/201915/12/2019
CLAUDIA LIANE RODRIGUES DE LIMA201/05/201930/04/2020
ELIANA APARECIDA CADONÁ101/05/201930/04/2020
FILIPE SELAU CARLOS201/05/201930/04/2020
FLAVIA FONTANA FERNANDES201/05/201930/04/2020
JEAN MICHEL MOURA BUENO1
JÉFERSON DIEGO LEIDEMER101/05/201930/04/2020
LARISSA HERTER CENTENO201/05/201930/04/2020
LIZETE STUMPF1
LUCAS DA SILVA BARBOSA101/05/201930/04/2020
LUCAS FURTADO DE OLIVEIRA101/05/201930/04/2020
LUIZ FERNANDO SPINELLI PINTO201/05/201930/04/2020
MARIA CANDIDA MOITINHO NUNES201/05/201930/04/2020
MATHEUS LEITE VASCONCELLOS101/05/201930/04/2020
PABLO MIGUEL301/05/201930/04/2020
PAULO LUIS DA LUZ ANTUNES201/05/201930/04/2020
ROGERIO OLIVEIRA DE SOUSA201/05/201930/04/2020
STEFAN DOMINGUES NACHTIGALL101/05/201930/04/2020
TANIA HIPOLITO MONTIEL101/05/201930/04/2020
THÁBATA BARBOSA DUARTE101/05/201930/04/2020
VINÍCIUS MACHADO MOMBACH101/05/201930/04/2020

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