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01/12/2010 - 01/12/2013

Ciências Biológicas - Parasitologia

A toxocaríase visceral é uma zoonose de distribuição cosmopolita considerada atualmente como um sério problema de saúde pública. Esta parasitose tem como principal agente etiológico o nematóide Toxocara canis, enteroparasito de cães e gatos. As crianças são mais suscetíveis devido ao contato frequente com o solo contaminado por ovos deste parasito e também devido ao sistema imune ainda imaturo (HABLUETZEL et al., 2003). O impacto na saúde pública e a prevalência da toxocaríase visceral podem estar altamente subestimados em todo o mundo. A falta de um protocolo padrão para realização do diagnóstico clínico e laboratorial dificulta o registro das diferentes formas clínicas dessa parasitose (visceral sistêmica, ocular e oculta), bem como a determinação de taxas de prevalências com maior acurácia (Smith et al. 2009). Diante da importância das medidas preventivas para o controle da toxocaríase visceral, torna-se necessária a realização de estudos que visem buscar novas alternativas para auxiliar no controle desta helmintose. Com esse intuito, os probióticos têm sido muito utilizados, uma vez que estão relacionados com a prevenção e o tratamento de doenças além da modulação da resposta imune (COPPOLA & GIL-TURNES, 2004). Embora diversos trabalhos tenham revelado o benefício da utilização de probióticos para a prevenção e tratamento de infecções bacterianas, poucos foram realizados para avaliar o efeito preventivo sobre as parasitoses. Saccharomyces boulardii é uma levedura com propriedades probióticas caracterizada como imunoestimulante e anti-inflamatório na mucosa intestinal (Buts 2005). Além disso, este probiótico está relacionado à diminuição da intensidade de infecção por larvas de T. canis em camundongos. Entretanto, o mecanismo de ação desenvolvido por este probiótico ainda é desconhecido. Com isso, o objetivo deste estudo é avaliar o efeito imunomodulador desenvolvido por S. boulardii na toxocaríase visceral.