Nome do Projeto
Dieta e Gordura Corporal na Adolescência
Ênfase
PESQUISA
Data inicial - Data final
01/03/2011 - 01/03/2014
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências da Saúde - Saúde Coletiva - Saúde Pública
Resumo
Com aumento contínuo nas taxas mundiais e regionais (POF 2010; WHO 2012), a obesidade é um fator de risco independente para o desenvolvimento de morbidades cardiovasculares e para o aumento da mortalidade em todas as fases da vida (Oda 2009). Na adolescência, essa morbidade está associada à obesidade na vida adulta, sendo fundamental evitar o ganho de peso excessivo nessa faixa etária. Cerca de 70 a 80% dos adolescentes obesos serão adultos obesos e com risco aumentado para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares e metabólicas (Zafon 2007). A obesidade não é definida apenas pelo aumento de peso corporal, o qual pode estar relacionado com o incremento de massa muscular, mas sim pelo acúmulo corporal de massa gorda (WHO 2012). Por isso, cada vez mais, tem se destacado a importância do uso de métodos de avaliação da CCH mais precisos, ao invés do IMC. A bioimpedância, a pletismografia e a DEXA são métodos cada vez mais utilizados em pesquisas para avaliar a quantidade de gordura corporal em todas as faixas etárias (Ellis 2000). Em decorrência do impacto que a obesidade vem adquirindo na etiologia de doenças crônicas e da constatação de que níveis altos de GC atuam como fator de risco para essas doenças, torna-se 41 importante não apenas avaliar os fatores relacionados ao aumento da obesidade medida pelo IMC, mas também como estes fatores podem afetar a CCH, especialmente a quantidade de GC total (Prentice 2001). Muitos são os fatores que estão envolvidos no surgimento do ganho de GC, dentre eles está a inatividade física, história familiar de obesidade, omissão de refeições, consumo de alimentos de alta densidade energética, entre outros. Associada a isso, a transição nutricional é outro fator importante que pode afetar a ingestão dietética, particularmente nos países em desenvolvimento (Collins, Watson et al. 2010). A taxa de consumo de alimentos processados está aumentando aceleradamente nas últimas décadas. Esses alimentos caracterizados por alta densidade energética, alto índice glicêmico e grande concentração de ácidos graxos saturados e trans, têm sido cada vez mais mencionados na literatura como contribuintes para o aumento da prevalência de obesidade e de doenças cardiovasculares em qualquer fase da vida (Oda 2009; Lanfer, Hebestreit et al. 2010). Outros produtos alimentares cujo consumo vem aumentando são os fast foods. Esses produtos representam uma alternativa de alimentação rápida e apresentam quantidades importantes dos conteúdos supramencionados (Fraser, Edwards et al. 2011). A Análise do Consumo Alimentar Pessoal no Brasil (IBGE, 2010) apontou que adolescentes entre quatorze a dezoito anos de idade apresentam as maiores médias de ingestão diária de colesterol (237,9 mg entre as meninas e 282,1 mg entre os meninos) e de açúcares totais (113,1 g para os rapazes e de 110,7 g para as moças) em comparação aos adultos e idosos. Além disso, o consumo diário excessivo de sódio para aquele grupo etário (acima de 2.300 mg) foi observado em cerca de 90% dos meninos e em 73% das meninas (IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 2010) . Nos últimos anos, a OMS vem sugerindo que avaliações do consumo alimentar devam ser baseadas em perfis alimentares, ao invés de nutrientes, uma vez que a variedade 42 de alimentos de uma dieta resulta em complexa combinação de compostos químicos, os quais podem ser antagônicos, ou ainda, podem competir ou alterar a biodisponibilidade de outros compostos químicos ou nutrientes. Dessa maneira, os PA seriam ideais por representarem um quadro mais amplo do consumo de alimentos e de nutrientes, permitindo uma avaliação que pode ser capaz de predizer o risco de doenças (WHO. World Health Organization). Além disso, devido à adolescência ser um período de mudanças, avaliar o hábito alimentar dos jovens na metade e no final dessa fase será importante para mostrar que PA podem ser modificados durante tal período, assim como o efeito dessa mudança sobre desfechos relacionados à saúde. A coorte de nascimentos de 1993 da cidade de Pelotas/RS possui informações de qualidade sobre o consumo alimentar de jovens aos quinze e dezoito anos de idade, assim como de composição corporal aos dezoito. Frente à escassez de trabalhos longitudinais que avaliem o efeito da composição da dieta e suas características em distintos em períodos sobre a composição corporal, pretende-se através deste projeto estudar os PA dos jovens da coorte de 1993 aos quinze e dezoito anos de idade e a sua relação com a GC aos dezoito, bem como a trajetória destes PA neste período e o seu efeito na GC.

Objetivo Geral

OBJETIVOS
5.2. Objetivo Geral
Este projeto tem como objetivo geral descrever a trajetória dos PA dos 15 aos 18 anos de idade e sua associação com a GC aos 18 anos de idade.
5.3. Objetivos Específicos
 Descrever a trajetória de PA dos 15 aos 18 anos de idade, de acordo com variáveis demográficas e socioeconômicas;
 Descrever a GC (em Kg e %GC em relação a massa corporal total) aos 18 anos de idade, de acordo com variáveis demográficas e socioeconômicas;
 Verificar o efeito da trajetória dos PA dos 15 aos 18 anos de idade sobre a GC (em Kg e %GC em relação à massa corporal total) aos 18 anos de idade.

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
04
20
BRUNA CELESTINO SCHNEIDER2015/07/201301/03/2014

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