Nome do Projeto
Avaliação in vivo e in vitro da própolis frente a cepas bacterianas causadoras de mastite bovina
Ênfase
PESQUISA
Data inicial - Data final
10/06/2013 - 29/06/2015
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Agrárias - Medicina Veterinária
Resumo
Atualmente o Brasil é o quinto maior produtor mundial de leite, com 31 bilhões de litros no ano de 2011, e atual produtividade equivalente a 1.381 litros por vaca/ano. O país é superado apenas pelos Estados Unidos, Índia, China e Rússia, respectivamente, nas primeiras colocações do ranking mundial de produção leiteira. Dados do último Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, de 2012, retratam que a produção de leite no primeiro trimestre foi de 5,711 bilhões de litros. No Rio Grande do Sul a produção de leite é caracterizada por sistemas familiares, e o produtor de leite desenvolve sua atividade em áreas, predominantemente, não superiores a 20 hectares. No Estado, 66,6% dos produtores produzem até 50 litros/dia de leite (BITENCOURT et al., 2001). A mastite, uma reação inflamatória da glândula mamária, é a enfermidade mais prevalente dos bovinos leiteiros, sendo causada por agentes de natureza infecciosa, tóxica ou traumática. Ela se caracteriza pela alteração física, química e, em grande parte dos casos, microbiológica do leite e por alterações patológicas na glândula mamária, típica de uma resposta inflamatória. A presença da mastite causa um aumento das características indesejáveis do leite, tais como enzimas proteolíticas, sais e rancidez. Ao mesmo tempo, diminui as qualidades desejáveis, como teor de proteínas, gordura e lactose, assim como as condições para a fabricação de queijo (PHILPOT e NICKERSON, 2002). As perdas econômicas mundiais estão estimadas em trinta e cinco bilhões de dólares por ano (WELLENBERG et al., 2002). Entre os componentes deste custo estão tratamento, descarte do leite alterado, redução na produção dos animais, mortes, perda definitiva de produção, descarte precoce de animais, custo do trabalho do agricultor e do veterinário, além das consequências econômicas para a indústria do leite pela qualidade alterada (DEGRAVES & FETROW, 1993; HILTERTON & BERRY, 2005). A antibioticoterapia é a principal medida empregada pelos produtores para reduzir o número de infecções no rebanho, porém este procedimento aumenta os riscos de aparecimento de cepas resistentes e presença de resíduos de antibióticos no leite. Este fato se constitui em um problema por duas razões principais: primeiro, porque é um problema de saúde pública; segundo, porque mesmo em baixos níveis pode afetar o comportamento e atividade das culturas lácticas, causando perdas consideráveis para a qualidade dos produtos e para a indústria de laticínios (FAGUNDES, 2003; NASCIMENTO et al., 2001; BARROS et al., 2001). A própolis é uma substância resinosa natural, colhida pelas abelhas melíferas em diferentes partes das plantas como brotos, botões florais e exsudatos resinosos. Quimicamente complexa, a própolis é composta por mais de 300 substâncias diferentes (BURDOCK, 1998). Suas características constitutivas podem variar de acordo com a espécie de abelha, época do ano em que é coletada e, especialmente, origem botânica (BANKOVA, 2005). Utilizada pelas abelhas contra a proliferação de micro-organismos como bactérias e fungos (BANKOVA, 2000), a própolis possui várias outras propriedades bioativas como ação antiviral (BURDOCK, 1998; FISCHER et al., 2005), antiinflamatória (PAULINO et al., 2002), antioxidante (SIMÕES et al., 2004), antiparasitária (DECASTRO et al., 1995) e anticarcinogênica (ORSOLIC, 2003). Além disso, já foram relatadas as suas propriedades imunoestimulantes e imunomoduladoras (ORSI et al., 2000; FISCHER et al., 2007). Além disso, um número significativo de trabalhos tem demonstrado a ação inibidora “in vitro”, de diferentes extratos de própolis sobre bactérias Gram positivas e, em menor proporção, sobre bactérias Gram negativas (VARGAS et al., 1994; PARK et al., 1998; PINTO et al. 2001, DOS SANTOS et al., 2003). Pinto et al., 2001 em seus estudos verificaram a eficiência da própolis através de teste de sensibilidade “in vitro”, testando o efeito de diferentes extratos, na concentração de 100 mg/mL, sobre bactérias patogênicas isoladas de leite de vacas com mastite. Os resultados demonstraram que o extrato etanólico de própolis inibiu o crescimento das amostras de bactérias Gram-positivas, Staphylococcus aureus, Staphylococcus sp. coagulase negativos e Streptococcus agalactiae. Portanto, a utilização da própolis no tratamento da mastite pode ser uma prática viável já que algumas vantagens, quando comparado aos tratamentos convencionais, podem ser citadas: custo relativamente baixo, melhora na qualidade do leite através da ação sobre os agentes mastíticos e na diminuição de resíduos de antibióticos no leite e, por fim, redução do impacto ambiental através da diminuição de resíduos antimicrobianos. Deste modo, a utilização de extrato de própolis pode se apresentar como alternativa agro-ecológica no tratamento da mastite bovina.

Objetivo Geral

Verificar a eficácia da utilização de diferentes extratos de própolis verde, marrom e geoprópolis frente às principais bactérias causadoras da mastite bovina.

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
BRUNA DA SILVA URRUTIA101/07/201329/06/2015
BÁRBARA PONZILACQUA SILVA101/07/201329/06/2015
CARLA DE ANDRADE HARTWIG101/07/201329/06/2015
CRISTINA MENDES PETER201/07/201329/06/2015
FERNANDO DA SILVA BANDEIRA201/07/201329/06/2015
GILBERTO D'ÁVILA VARGAS101/07/201330/04/2015
GIULIA SOARES LATOSINSKI101/07/201329/06/2015
JOAO LUIZ ZANI101/07/201329/06/2015
MARCELO DE LIMA101/07/201329/06/2015
SILVIA DE OLIVEIRA HUBNER101/07/201329/06/2015
TONY PICOLI201/07/201329/06/2015

Fontes Financiadoras

Sigla / NomeValorAdministrador
CAPESR$ 5.000,00
CNPqR$ 1.000,00

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