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06/09/2013 - 06/09/2014

Ciências Humanas - Filosofia

Se concordamos que a ética ou a filosofia moral é a reflexão sobre o certo e o errado, o bem e o mal, o justo e o injusto na perspectiva das ações e decisões morais orientadas por princípios e regras e como essas ações e decisões podem ser moralmente justificadas, aparentemente estaremos de acordo que toda ação e decisão cujo propósito é prejudicar ou causar danos a uma ou conjunto de pessoas é errado, injustificado e ofende algum ou muitos dos valiosos princípios éticos e regras morais. A reprovação moral da atitude de quem intencionalmente fere ou machuca outros seres humanos contra a sua vontade implica a condenação do ato violento como imoral desde que por violência compreendemos o ato intencional executado por uma pessoa ou grupo (agente da violência) com o objetivo de causar dano, prejuízo ou sofrimento a uma outra pessoa ou grupo (vítima da violência) contra a sua vontade, utilizando como instrumento a força física, coerção, e assim por diante. A dimensão prática das relações humanas no plano individual e social revela porém algumas idiossincrasias na forma de situações-limites ou casos-extremos em que somos às vezes forçados a reconhecer a legitimidade moral de certas ações violentas, principalmente nos casos em que entram em cena a autodefesa investida com o suporte jurídico de legítima defesa, o uso de armamento letal pelo policial para salvar o inocente do agressor cruel, guerras justas, revoluções e guerras de libertação empreendidas para depor líderes ou governantes tirânicos e opressores.