Nome do Projeto
Sobre pessoas e coisas: tecnologia, temporalidade e feminismo em uma etnografia arqueológica
Ênfase
PESQUISA
Data inicial - Data final
09/12/2016 - 31/07/2018
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Humanas - Antropologia
Resumo
A pesquisa se dedica a problematizar duas das noções mais caras à arqueologia, tecnologia e temporalidade, a partir do estudo empírico do garimpo tradicional de diamantes em Minas Gerais. A intenção é repensar tais noções na perspectiva prática e teórica feminista, na ruptura da polaridade ocidental entre natureza/ sociedade e na contestação da clássica divisão do trabalho entre arqueologia e antropologia. O método proposto é uma etnografia, baseada na teoria do ator-rede, das tricentenárias práticas tecnológicas de extração mineral sustentadas na região de Diamantina, Minas Gerais.

Objetivo Geral

Objetivo geral:
Esta proposta tem dois objetivos gerais: a) problematizar as noções tradicionais de tecnologia e temporalidade a partir da observação de como as relações entre humanos e mundo material produzem, ao mesmo tempo, garimpeiros/as e garimpo; b) Elaborar uma narrativa alternativa para a continuidade da extração mineral tradicional e para a introdução da mineração industrial no Brasil que seja pautada por uma perspectiva e prática histórica garimpeira, subalterna e contra-hegemônica.

Objetivos específicos:
1 - realizar uma etnografia arqueológica do garimpo tradicional de Diamantina (MG) com foco na relacionalidade, nas materialidades heterogêneas e nas práticas que conformam o garimpo;
2 - investigar os modos como o garimpo é corporificado ao longo da vida, enfatizando o aprendizado e os inúmeros elementos não humanos que ele associa;
3 – investigar se, e como, a corporificação da tecnologia permite que as pessoas sejam diferenciadas entre si no coletivo, por exemplo, entre “homens” e “mulheres”, crianças, adultas/os e idosas/os;
4 – mapear e descrever os locais especiais (ruínas, antigas áreas de garimpo, etc.) animados por fantasmas e outros seres sobrenaturais e as atividades associadas a estes locais;
5 - iniciar pesquisa documental em arquivos regionais sobre o cotidiano da mineração tradicional nos séculos XVIII, momento que antecede a introdução da mineração industrial no Brasil, e no século XIX, especialmente na segunda metade deste século, quando ao menos dois padrões tecnológicos distintos de extração mineral estavam sendo praticados na região, o tradicional e o capitalista;
6 – organizar e realizar reuniões e ciclos de palestras com o coletivo garimpeiro, para exposição e discussão do andamento e resultados da pesquisa;
7 - formar e capacitar estudantes de graduação e pós-graduação através da participação nas atividades de campo e laboratório (entrevistas, descrição de frentes de garimpo atuais e arqueológicas, pesquisa em arquivo, etc., análise e discussão dos dados) e organização de grupo de estudos sobre feminismos, técnicas/tecnologia e teoria social contemporânea na UFPel.
8 – Produzir e organizar imagens que permitam a confecção posterior de áudios-visuais (filme e CD-ROM) para extroversão da pesquisa no coletivo e divulgação do garimpo;
9 – Divulgar a pesquisa em artigos científicos em periódicos nacionais e internacionais e na forma de livro.

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
ALEXANDRE PINTO COELHO DE ALMEIDA208/12/201408/12/2016
ATILA PERILLO FILHO208/12/201408/12/2016
CLAUDIA TURRA MAGNI209/12/201631/12/2016
FREDERIC MARIO CAIRES POUGET302/01/201508/12/2016
JULIA MARIA GOLIVA DIAS1201/08/201631/07/2017
JULIA MARIA GOLIVA DIAS208/12/201408/12/2016
LORI ALTMANN209/12/201631/12/2016
LUIZA SPINELLI PINTO WOLFF208/12/201408/12/2016

Fontes Financiadoras

Sigla / NomeValorAdministrador
CNPqR$ 13.517,00

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