Portal InstitucionalUFPEL

11/09/2016 - 10/07/2018

Ciências Agrárias - Zootecnia - Produção Animal

A utilização de gordura na dieta de vacas leiteiras vem sendo estudada principalmente pelo fato de que na fase inicial da lactação de vacas de alta produção existe um período de reduzida capacidade de ingestão de alimentos associado à elevada demanda de nutrientes para síntese de leite, conhecido como fase de Balanço Energético negativo (BEN), impulsionados também pelo potencial genético e perfil hormonal dos animais neste período. No sentido de tentar minimizar o balanço energético negativo, o uso de alimentos com elevada concentração de nutrientes é imperativo para compensar a reduzida capacidade ingestiva, mas não ocorre sem que efeitos negativos estejam presentes. Dentre os alimentos comerciais disponíveis para este fim, destacam-se as gorduras protegidas (Sais de Cálcio de Ácidos graxos) com elevada concentração energética e ruminalmente inertes, com resultados promissores, levou ao uso dessa técnica em muitos sistemas de produção. Entretanto, devido ao aumento do custo desse consumo e as flutuações nas margens de lucro na atividade leiteira, o uso dessas fontes de gordura tem se tornado pouco interessante sob o ponto de vista econômico, o que direciona as pesquisas a buscar outras fontes de gordura, entre essas as naturalmente protegidas (grãos oleaginosos), que ao mesmo tempo em que amenizem o balanço energético negativo da fase inicial da lactação, não prejudiquem a fermentação ruminal e ainda possam agregar valor diferenciado ao produto final, como propriedades nutracêuticas e/ou funcionais ao leite, pelo aumento na concentração de ácidos graxos mono e poli-insaturados.