Portal InstitucionalUFPEL

03/04/2017 - 30/03/2018

Ciências Biológicas - Ecologia

A compreensão dos padrões e processos que estruturam a diversidade biológica é um dos alvos principais de estudo dos ecólogos. Ideias centrais como a medição da diversidade, as teorias do nicho, da biogeografia de ilhas, da neutralidade e o conceito de metacomunidades nortearam uma série de modelos teóricos e aplicações empíricas, tanto em nível taxonômico quanto funcional e filogenético. Atualmente é consenso que as interações entre indivíduos, variáveis ambientais, eventos estocásticos, biogeográficos e demográficos e limitantes de dispersão agem como filtros para as espécies de forma pura ou compartilhada e delimitam a estruturação da diversidade. Enquanto uma forte influência do clima, da produtividade e de fatores históricos é bem documentada para amplas escalas, em menores escalas diferentes variáveis ambientais e espaciais tendem a contribuir com maior significância dependendo dos ambientes e organismos analisados. Desse modo, desemaranhar os padrões de diversidade e a contribuição de fatores ambientais e espaciais em diferentes organismos e ecossistemas se torna relevante do ponto de vista ecológico e conservacionista. A região sudeste da América do Sul, por exemplo, possui as maiores extensões de campos do continente e uma alta diversidade de aves, os quais vêm sendo ameaçados devido à rápida conversão de ambientes naturais. Desse modo, o presente projeto busca compreender como a diversidade taxonômica de aves em regiões campestres do sudeste da América do Sul está estruturada em um contexto regional e qual a influência de fatores ambientais e espaciais sobre ela.