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01/04/2017 - 01/04/2019

Ciências Agrárias - Agronomia - Fitotecnia

O arroz (Oryza sativa L.) é um alimento básico para mais da metade da população mundial, no entanto, é considerado fonte dietética de arsênio (As) inorgânico, um cancerígeno de classe 1. Comparado aos demais cereais, o arroz é o que apresenta maior capacidade de acúmulo de As (~10 vezes mais). No solo, o As está presente predominantemente nas formas inorgânicas arsenato [As(V)], em ambientes aeróbicos, e arsenito [As(III)], em ambientes anaeróbicos. Dessa forma, em solos de cultivo de arroz irrigado, a espécie química predominante é a As(III). O arroz capta As(V) do solo através da via de transporte dos fosfatos, e a captação de As(III) ocorre via aquaporinas, transportadores de ácido silícico. No arroz, as principais aquaporinas são Lsi1 e Lsi2, e mutações no gene codificador de Lsi2 leva à uma drástica redução no acúmulo de As(III) em grãos. Nesse sentido, o silenciamento e/ou edição do gene OsLsi2, são ferramentas eficientes para o melhoramento de arroz visando a diminuição do acúmulo de As em grãos. No entanto, há uma resistência dos consumidores em geral com relação ao consumo de alimentos transgênicos, assim, a edição de genomas surge como uma alternativa às técnicas de engenharia genética clássica. Além disso, o desenvolvimento de genótipos com menor acúmulo de As via melhoramento tradicional se constituiu em outra alternativa. Porém, nesse caso, é necessária a caracterização de um grupo de genótipos visando à identificação de genitores promissores. Dessa forma, essa proposta tem como objetivo o desenvolvimento de um genótipo de com menor acúmulo de As no grão e a caracterização de um grupo de genótipos quanto ao acúmulo de As no grão.