Nome do Projeto
LADAIA - Laboratório de Decolonialidade em Ações e Investigações Artísticas
Ênfase
Extensão
Data inicial - Data final
06/11/2025 - 15/09/2028
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Linguística, Letras e Artes
Eixo Temático (Principal - Afim)
Educação / Cultura
Linha de Extensão
Artes integradas
Resumo
Estimulando o campo de conhecimento ao exercício da descolonização do saber/fazer em artes através da extensão universitária, o LADAIA - Laboratório de Decolonialidade em Ações e Investigações Artísticas tem como foco epistemologias do sul, decoloniais, contracoloniais, anticolonialistas, feministas, indígenas, africanas e afro-brasileiras, negrorreferenciadas, pautadas em práticas artísticas e/ou pedagógicas. Este projeto alinha-se as prerrogativas da LDB 11.645/2008, através de ações extesionistas voltadas a fomentar a produção de conhecimento nas fronteiras entre a universidade e a comunidade, para o ensino da história e cultura africana, afro-brasileira e indígena em diversos contextos educacionais. Este projeto está vinculado ao Programa Dança e Comunidade do Curso de Dança-Licenciatura da UFPel.
Objetivo Geral
OBJETIVO GERAL
- Promover ações de extensão voltadas à promoção da igualdade étnico-racial através das epistemologias decoloniais nas artes.
OBJETIVO ESPECÍFICO
- Organizar intervenções artísticas, pedagógicas e políticas para a promoção, difusão e sistematização das perspectivas de(s)colonial, fomentando uma formação crítica em torno da efetivação da Lei 11.645/08 em contextos políticos, artísticos e educacionais;
- Promover ações de extensão universitária voltadas à curricularização da extensão no curso de Dança-Licenciatura da UFPel;
- Fomentar a pesquisa-criação em Artes, priorizando recortes interseccionais com/na comunidade;
- Promover ações extensionistas de difusão do conhecimento em arte e educação, com viés decolonial.
- Promover ações de extensão voltadas à promoção da igualdade étnico-racial através das epistemologias decoloniais nas artes.
OBJETIVO ESPECÍFICO
- Organizar intervenções artísticas, pedagógicas e políticas para a promoção, difusão e sistematização das perspectivas de(s)colonial, fomentando uma formação crítica em torno da efetivação da Lei 11.645/08 em contextos políticos, artísticos e educacionais;
- Promover ações de extensão universitária voltadas à curricularização da extensão no curso de Dança-Licenciatura da UFPel;
- Fomentar a pesquisa-criação em Artes, priorizando recortes interseccionais com/na comunidade;
- Promover ações extensionistas de difusão do conhecimento em arte e educação, com viés decolonial.
Justificativa
Ladaia é uma expressão coloquial utilizada nas periferias do Rio Grande do Sul para referir-se a “confusão”, “fofoca”, “diz que me disse”, “tumulto”. O Projeto Unificado LADAIA-UFPel foi criado em 2020, em meio a pandemia de COVID-19, com ênfase na extensão universitária. Realizando entre os anos de 2020 e 2022, uma série de atividades de extensão, ensino e pesquisa.
Em sua primeira fase (2020-2022), o projeto inscreveu-se no meio acadêmico com foco na investigação e promoção de ações artístico-pedagógicas, estratégicas para burlar os "carregos coloniais" persistentes no campo acadêmico, sobretudo nas Artes e na Educação. Os núcleos produziram ações potentes que ampliaram a conexão da UFPel com a comunidade. Estivemos em importantes eventos acadêmicos e artísticos realizados online, como 11º Congresso da Abrace (Associação Brasileira de Pesquisa e Pós-graduação em Artes Cênicas), 10º Seminário de Pesquisa em Andamento da USP (Universidade de São Paulo), 4º Compartilhando Saberes da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria). Realizamos apresentação de leituras dramáticas em eventos como a II Semana da Ciências Sociais da Unilab, promovido pelo curso de Ciências Sociais (Unilab), Festival das Culturas - Arte & Diversidade, Direitos Humanos e Inclusão da Unilab, oficinas
Nesse sentido as Artes Negras, tanto o Teatro quanto a Dança foram fundamentais no processo de formação de redes de solidariedade e produção de conhecimento em meio ao catastrófico momento que a comunidade global viveu durante a Pandemia. A pesquisa-criação ganhou mais significância em nossos fazeres, a importância das Artes na produção de espaços de socialização foi surpreendente, as tecnovivências realizadas naquele período fortalecem o projeto para que nesse momento retomemos a produção de espaços de convivência para a criação, produção, circulação, mediação e teorização acerca dos processos criativos desenvolvidos na esteira do que o projeto LADAIA-UFPel se propõe: investigar e aprender com/em ações artística e pedagógicas descoloniais.
A retomada do Projeto Unificado LADAIA-UFPel, justifica-se pela necessidade de continuar fortalecendo no território acadêmico a produção epistêmica, pedagógica e artística calcada na de(s)colonização do saber/fazer em artes e educação, via ações extensionistas e investigações em/com práticas político, poéticas e pedagógicas.
Nesse momento reforçamos que tais práticas políticas, poéticas e pedagógicas estão ancoradas em corpas(os) negras(os), indígenas, periféricos, trans e demais corpas(os) dissidentes, dentro e fora do contexto acadêmico, no entanto, engajados na produção de conhecimento. Fomentando o protagonismo de discentes da UFPel que ingressaram via ações afirmativas, tais como o sistema de cotas, através da identificação com o conhecimento produzido por corpas(os) contra hegemônicos. Considerando que as ações extensionistas dessas(es) corpas(os), anunciam políticas de vida, práticas de encantamento e de bem-viver, frente à colonialidade do saber (Quijano, 2005) e seus efeitos enquanto necroeducação (Silva, 2019).
Sendo a comunidade acadêmica um tecido plural, formado pelas mais diversas camadas sociais e corporeidades com identidade étnicas, raciais e ocupacionais diversas, torna-se fundamental acolher e colaborar na promoção de conhecimentos historicamente marginalizados, produzidos por corporeidades que tem seu saber/fazeres historicamente recalcados pela colonialidade do saber (Quijano, 2005).
Esta retomada do Projeto LADAIA-UFPel parti da necessiadade de uma atitude cuidadosa, amorosa e responsável por parte da universidade para inclusão, integração, permanência e êxito das(os) discentes cotistas, sinalizando como uma das vias para efetivação das ações afirmativas, à promoção de formação pautada em saberes emergentes da diversidade étnico-racial e cultural.
Estes motivadores tornam necessário, através de ações de extensão e pesquisa, que garantam o aprofundamento constante em epistemologias, pedagogias, metodologias, técnicas e poéticas em artes que auxiliem as comunidades (interna e externa), oriundas de culturas historicamente vitimizadas pelo racismo, sexismo, elitismo, capacitismo, a reposicionar-se intelectualmente e socialmente diante da urgência de superação dos “carregos colonialiais” ainda vigentes na sociedade brasileira.
Deste modo, o Projeto Unificado LADAIA-UFPel pretende seguir sua missão de fomentar ações extensionistas de intervenção e investigação, caucadas nas epistemologias decoloniais, como via de promover a igualdade nas relações étnico-raciais, através de práticas políticas, poéticas e pedagógicas engajadas, voltada à formação educacional para prática da liberdade em diferentes contextos educacionais (formal e não-formal).
Referências:
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QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do Poder, Eurocentrismo e América Latina.
In. LANDER, E. (org.). A Colonialidade do Saber: eurocentrismo e Ciências Sociais.
Trad. Júlio César Casarin Barroso Silva. 3 ed., Buenos Aires: CLACSO, 2005.
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SILVA, Heloise da Costa. O projeto entrelivros: (Re)construindo identidades negras a partir da afroperspectividade nas séries iniciais do Ensino Fundamental. 2019. Dissertação (Mestrado em Relações Étnico-Raciais). Programa de Pós-Graduação em Relações Étnico-Raciais, Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca - CEFET/RJ, Rio de Janeiro, 2019.
Em sua primeira fase (2020-2022), o projeto inscreveu-se no meio acadêmico com foco na investigação e promoção de ações artístico-pedagógicas, estratégicas para burlar os "carregos coloniais" persistentes no campo acadêmico, sobretudo nas Artes e na Educação. Os núcleos produziram ações potentes que ampliaram a conexão da UFPel com a comunidade. Estivemos em importantes eventos acadêmicos e artísticos realizados online, como 11º Congresso da Abrace (Associação Brasileira de Pesquisa e Pós-graduação em Artes Cênicas), 10º Seminário de Pesquisa em Andamento da USP (Universidade de São Paulo), 4º Compartilhando Saberes da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria). Realizamos apresentação de leituras dramáticas em eventos como a II Semana da Ciências Sociais da Unilab, promovido pelo curso de Ciências Sociais (Unilab), Festival das Culturas - Arte & Diversidade, Direitos Humanos e Inclusão da Unilab, oficinas
Nesse sentido as Artes Negras, tanto o Teatro quanto a Dança foram fundamentais no processo de formação de redes de solidariedade e produção de conhecimento em meio ao catastrófico momento que a comunidade global viveu durante a Pandemia. A pesquisa-criação ganhou mais significância em nossos fazeres, a importância das Artes na produção de espaços de socialização foi surpreendente, as tecnovivências realizadas naquele período fortalecem o projeto para que nesse momento retomemos a produção de espaços de convivência para a criação, produção, circulação, mediação e teorização acerca dos processos criativos desenvolvidos na esteira do que o projeto LADAIA-UFPel se propõe: investigar e aprender com/em ações artística e pedagógicas descoloniais.
A retomada do Projeto Unificado LADAIA-UFPel, justifica-se pela necessidade de continuar fortalecendo no território acadêmico a produção epistêmica, pedagógica e artística calcada na de(s)colonização do saber/fazer em artes e educação, via ações extensionistas e investigações em/com práticas político, poéticas e pedagógicas.
Nesse momento reforçamos que tais práticas políticas, poéticas e pedagógicas estão ancoradas em corpas(os) negras(os), indígenas, periféricos, trans e demais corpas(os) dissidentes, dentro e fora do contexto acadêmico, no entanto, engajados na produção de conhecimento. Fomentando o protagonismo de discentes da UFPel que ingressaram via ações afirmativas, tais como o sistema de cotas, através da identificação com o conhecimento produzido por corpas(os) contra hegemônicos. Considerando que as ações extensionistas dessas(es) corpas(os), anunciam políticas de vida, práticas de encantamento e de bem-viver, frente à colonialidade do saber (Quijano, 2005) e seus efeitos enquanto necroeducação (Silva, 2019).
Sendo a comunidade acadêmica um tecido plural, formado pelas mais diversas camadas sociais e corporeidades com identidade étnicas, raciais e ocupacionais diversas, torna-se fundamental acolher e colaborar na promoção de conhecimentos historicamente marginalizados, produzidos por corporeidades que tem seu saber/fazeres historicamente recalcados pela colonialidade do saber (Quijano, 2005).
Esta retomada do Projeto LADAIA-UFPel parti da necessiadade de uma atitude cuidadosa, amorosa e responsável por parte da universidade para inclusão, integração, permanência e êxito das(os) discentes cotistas, sinalizando como uma das vias para efetivação das ações afirmativas, à promoção de formação pautada em saberes emergentes da diversidade étnico-racial e cultural.
Estes motivadores tornam necessário, através de ações de extensão e pesquisa, que garantam o aprofundamento constante em epistemologias, pedagogias, metodologias, técnicas e poéticas em artes que auxiliem as comunidades (interna e externa), oriundas de culturas historicamente vitimizadas pelo racismo, sexismo, elitismo, capacitismo, a reposicionar-se intelectualmente e socialmente diante da urgência de superação dos “carregos colonialiais” ainda vigentes na sociedade brasileira.
Deste modo, o Projeto Unificado LADAIA-UFPel pretende seguir sua missão de fomentar ações extensionistas de intervenção e investigação, caucadas nas epistemologias decoloniais, como via de promover a igualdade nas relações étnico-raciais, através de práticas políticas, poéticas e pedagógicas engajadas, voltada à formação educacional para prática da liberdade em diferentes contextos educacionais (formal e não-formal).
Referências:
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QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do Poder, Eurocentrismo e América Latina.
In. LANDER, E. (org.). A Colonialidade do Saber: eurocentrismo e Ciências Sociais.
Trad. Júlio César Casarin Barroso Silva. 3 ed., Buenos Aires: CLACSO, 2005.
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SILVA, Heloise da Costa. O projeto entrelivros: (Re)construindo identidades negras a partir da afroperspectividade nas séries iniciais do Ensino Fundamental. 2019. Dissertação (Mestrado em Relações Étnico-Raciais). Programa de Pós-Graduação em Relações Étnico-Raciais, Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca - CEFET/RJ, Rio de Janeiro, 2019.
Metodologia
Buscando fomentar uma atuação afroperspectivada (Noguera, 2012) e humanizada na extensão universitária, utilizaremos como proposta epistemo-metodológica marcadamente extensionista a noção de Pa(dê)ciência (Alves Neto, 2025), que aponta o encontro, Ipadè em iorubá, como o espaço de produção de conhecimento. Dessa forma, o projeto propõe ações extensionistas, metodologicamente interconectadas, articuladas entre si na perspectiva de planejamento, construção e difusão de práticas, saberes/fazeres produzidos no encontro entre comunidade interna da UFPel e comunidade externa.
O Núcleo Òfò, voltado ao encontro entre discentes, sobretudo, licenciandas(os) do Centro de Artes, Professoras(es) das redes públicas (Federal, Estado, Municipal), artistas locais, pesquisadoras(es), educadoras(es) sociais e agentes políticos, será responsável por produzir interveções pedagógicas, poéticas e políticas no intuito de promover uma formação dialógica e emancipatória, entrelaçando conhecimento acadêmico (Saberes sintéticos) e conhecimento etnorreferenciado em comunidades negras e indígenas (Saberes orgânicos).
Os encontros fomentaram a atuação política, pedagógica, investigativa e atitude crítica frente às concepções e práticas hegemonicas da universidade, sobretudo no campo das Artes, tornando o projeto uma referência estadual na produção de extensão universitária, através do compartilhamento de experiências artísticas e docentes, atuação política e práticas de pesquisa, articuladas com uma formação extensionista na luta contra a erradicação das opressões sociais, com ênfase nas desigualdades étnico-raciais.
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Referências
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ALVES NETO, Manoel Gildo. Pedagogia(s) Odara: coreopolíticas e outros gestos de resistência do artivismo negro por uma educação afroperspectivada em Remanso/BA e Pelotas/RS (2021-2024). Orientadora: Eloisa Leite Domenici. 257 f.il. Tese (Doutorado em Artes Cênicas) – Escola de Teatro, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2025.
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NOGUERA, Renato. Ubuntu como modo de existir: Elementos gerais para uma Ética
Afroperspectiva. Revista da Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as
(ABPN), [S. l.], v. 3, n. 6, p. 147–150, 2012.
O Núcleo Òfò, voltado ao encontro entre discentes, sobretudo, licenciandas(os) do Centro de Artes, Professoras(es) das redes públicas (Federal, Estado, Municipal), artistas locais, pesquisadoras(es), educadoras(es) sociais e agentes políticos, será responsável por produzir interveções pedagógicas, poéticas e políticas no intuito de promover uma formação dialógica e emancipatória, entrelaçando conhecimento acadêmico (Saberes sintéticos) e conhecimento etnorreferenciado em comunidades negras e indígenas (Saberes orgânicos).
Os encontros fomentaram a atuação política, pedagógica, investigativa e atitude crítica frente às concepções e práticas hegemonicas da universidade, sobretudo no campo das Artes, tornando o projeto uma referência estadual na produção de extensão universitária, através do compartilhamento de experiências artísticas e docentes, atuação política e práticas de pesquisa, articuladas com uma formação extensionista na luta contra a erradicação das opressões sociais, com ênfase nas desigualdades étnico-raciais.
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Referências
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ALVES NETO, Manoel Gildo. Pedagogia(s) Odara: coreopolíticas e outros gestos de resistência do artivismo negro por uma educação afroperspectivada em Remanso/BA e Pelotas/RS (2021-2024). Orientadora: Eloisa Leite Domenici. 257 f.il. Tese (Doutorado em Artes Cênicas) – Escola de Teatro, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2025.
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NOGUERA, Renato. Ubuntu como modo de existir: Elementos gerais para uma Ética
Afroperspectiva. Revista da Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as
(ABPN), [S. l.], v. 3, n. 6, p. 147–150, 2012.
Indicadores, Metas e Resultados
- Realização e acompanhamento de processos criativos, circulação de espetáculos e realização de performances artísticas;
- Promoção de intervenções políticas, poéticas e pedagógicas voltadas a promoção da igualdade racial;
- Produção de textos acadêmicos a partir de práticas extensionistas;
- Realização de seminários produzidos em parceria com à comunidade;
- Promoção e difusão do conhecimento em eventos, aulas, oficinas e performances artísticas.
- Promoção de intervenções políticas, poéticas e pedagógicas voltadas a promoção da igualdade racial;
- Produção de textos acadêmicos a partir de práticas extensionistas;
- Realização de seminários produzidos em parceria com à comunidade;
- Promoção e difusão do conhecimento em eventos, aulas, oficinas e performances artísticas.
Equipe do Projeto
| Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
|---|---|---|---|
| BELLA TIMBAÍ ALVES NETO | 8 | ||
| JAY GUIMARÃES PORTO | |||
| JULIANA DE MORAES COELHO | |||
| PRISCILA COUTO DOS SANTOS | |||
| RAQUEL SILVEIRA RITA DIAS | 6 | ||
| ROBERT DIAS DOS SANTOS | |||
| VITORIA CAMARGO BILHARVA |