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A ausência de disciplinas que abordam a produção de plantas ornamentais nas universidades e a dificuldade de incentivo das áreas agrárias para tal mercado (Terra e Züge, 2013), dificulta em grande parte o desenvolvimento desse setor. Além disso, cabe ressaltar os impasses que se têm em encontrar um profissional que seja capacitado para prestar assistência técnica nessa área e o fato de existir um preconceito sobre este assunto, desconsiderando o retorno financeiro que pode ser gerado.
Por outro lado, ocasiona o rompimento dessa barreira, com a iniciativa de assistência técnica desde o início da produção, que se detém a planejamento, implantação e troca de conhecimentos entre produtores, universidade (UFPel) e EMATER/RS ou com parte final de inserção no mercado. Só assim é possível fortalecer a interação universidade-comunidade e empresa-sociedade.
O estudo de mercado e marketing de plantas ornamentais já vem demonstrando melhor visibilidade de mercado, gerando resultados satisfatórios. O desenvolvimento do comércio de plantas ornamentais, e da busca por aprimorar seus conhecimentos, instiga ao produtor contemporâneo uma visão mais empreendedora, buscando alternativas inovadoras para produção que atinja novos nichos de mercado, saindo do padrão da Região Sul onde predomina o sistema de monoculturas. Com isso, acaba trazendo um fortalecimento para agricultura familiar e a redução do êxodo rural.
Lange (2012) comenta sobre, a necessidade de aporte técnico aos produtores, assim como maior fortalecimento e organização desses grupos para o possível desenvolvimento e o aumento da cooperação. Além disso, ressalta ser um setor que tem apresentado uma demanda crescente tanto no mercado interno como no externo.
Para os profissionais, traz retorno em forma de conhecimentos, experiências, exemplos práticos, que não são adquiridos em sala de aula, além de fornecer diversas ferramentas que podem auxiliar o produtor rural. Ao futuro engenheiro agrônomo torna ainda mais viável o contato universidade-sociedade pelas trocas de conhecimento e tecnologias.
Portanto, prestar assistência técnica durante a formação profissional torna-se uma experiência única em função de todo o suporte técnico que a universidade proporciona e o contato com a realidade do agricultor. Proporciona a percepção de pontos fracos e fortes a serem trabalhos, assim com as atividades em equipes.
Além disso, proporciona uma evolução por parte dos produtores, como também uma maior experiência sobre o desenvolvimento destas culturas na região. Entretanto, a produção de flores é uma área de recente interesse de mercado, estudos, inovações, e, a partir disso, percebe-se a significância de trabalhar diretamente com esta área que tem demonstrado um grande potencial a ser desenvolvido, com abordagens sobre a questão ambiental e com o cultivo de espécies nativas de potencial paisagístico.

Serão realizados dois módulos de atuação, em primeiro modulo será realizado a consultoria presencial na propriedade do produtor rural, na qual será realizada uma avaliação de qual área será utilizada assim como quais espécies serão adequadas ao modelo de produção, para os casos de processo de implantação.
Quando tratar-se apenas de casos de comercialização, será feito análises de custos e mercado. Serão trabalhados o marketing do produto para gerar uma melhor aceitação pelos consumidores.
No segundo modulo, serão proporcionados cursos que capacitem ainda mais o produtor e atendam a demanda.

Promover a aproximação dos alunos do curso de Agronomia, para com os produtores, através da obtenção de um maior conhecimento sobre área das plantas ornamentais. Com a expectativa inicial de um acompanhamento semanal às propriedades. Através desta interação, esperamos também que haja o acréscimo na produtividade das áreas acompanhadas e preparação dos alunos envolvidos para o cenário atual do mercado de trabalho, principalmente aquele voltado para o ramo da consultoria agronômica.