Nome do Projeto
Caracterização morfológica e anatômica de plantas vasculares
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
15/01/2020 - 15/01/2028
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Biológicas
Resumo
A pesquisa em diversidade vegetal abrange grande número de disciplinas básicas, como sistemática, ecologia de ecossistemas, passando pela morfologia e anatomia. O conhecimento gerado é utilizado tanto no avanço da biologia da conservação como aprimoramento do uso sustentável do patrimônio natural. A biodiversidade resultante de milhões de anos tem seu valor intrínseco em cada espécie como nas interações entre espécies e o ambiente, resultando na manutenção da vida na Terra. O Brasil tem grande diversidade de plantas cerca de 56.000 espécies (19% da flora mundial). Há projeções de que este número possa ser maior, evidenciando o desafio que os pesquisadores brasileiros tem para caracterizar, conservar e restaurar a flora. Considerando a variabilidade morfológica existente entre membros de uma mesma família, bem como entre espécies de um mesmo gênero, faz da identificação de plantas imprescindível para estudos evolutivos, de produção vegetal e de fitoterápicos. O presente projeto investigará caracteres morfológicos e anatômicos diagnósticos ampliando as informações sobre a diversidade vegetal e suas aplicações. Essas análises são importantes tanto para o conhecimento da flora regional como para a conservação da biodiversidade.
Objetivo Geral
Objetivo geral:
Caracterizar a morfologia e anatomia de diferentes espécies de plantas vasculares, subsidiando os estudos taxonômicos, filogenéticos e de melhoramento vegetal.
Objetivos específicos:
- Descrever a morfoanatomia dos órgãos vegetativos (caules, folhas e órgãos subterrâneos) e florais de espécies vegetais;
- Levantar caracteres diagnósticos entre diferentes espécies de plantas;
- Contribuir para o conhecimento da morfologia e anatomia da flora;
- Contribuir na formação de recursos humanos especializados para a região Sul.
Caracterizar a morfologia e anatomia de diferentes espécies de plantas vasculares, subsidiando os estudos taxonômicos, filogenéticos e de melhoramento vegetal.
Objetivos específicos:
- Descrever a morfoanatomia dos órgãos vegetativos (caules, folhas e órgãos subterrâneos) e florais de espécies vegetais;
- Levantar caracteres diagnósticos entre diferentes espécies de plantas;
- Contribuir para o conhecimento da morfologia e anatomia da flora;
- Contribuir na formação de recursos humanos especializados para a região Sul.
Justificativa
A utilização das plantas para diferentes fins, como recuperação de áreas, ornamentais, complemento alimentar, na medicina popular e como medicamento fitoterápico, depende da identificação precisa das espécies vegetais. Este conhecimento é possível por meio de estudos detalhados, sendo necessária a complementação entre áreas. A caracterização morfoanatômica pode ser uma ferramenta para auxiliar na identificação correta de categorias taxonômicas, como também, compreender o estabelecimento e o sucesso de espécies em diferentes condições ambientais. Nos últimos anos, observa-se interesse especial nas espécies que apresentam alguma propriedade medicinal, utilizadas em infusões, xaropes, pomadas, macerados, extratos. Contudo, esse aumento da demanda por plantas medicinais tem gerado problemas na administração incorreta de determinadas espécies, isto se deve principalmente pela confusão entre nomes populares, ou até mesmo, pelas semelhanças botânicas entre os espécimes. Junto a isso, verifica-se o uso de plantas erradas, muitas vezes identificadas incorretamente devido a incorreto de determinadas espécies aumento dúvida na identificação destas plantas, isto ocorre frequentemente pela confusão entre nomes populares, ou até mesmo, pelas semelhanças botânicas entre os espécimes. Neste contexto, a identificação utilizando-se de estudos morfoanatômicos podem contribuir para elucidar tais problemas, contribuindo ao conhecimento botânico por meio de caracteres úteis na delimitação dos táxons estudados.
Metodologia
Coleta e identificação botânica
As coletas do material botânico das diferentes espécies serão feitas nas cidades de Pelotas e Capão do Leão, RS. Serão realizadas coletas de amostras para a descrição morfológica e anatômica, como também, coletas de amostras de material fértil para herborização e confecção de exsicatas e, posteriormente este material sendo incorporado ao acervo do Herbário PEL. A identificação das espécies será feita através de literatura especializada, comparação com material depositado no acervo do Herbário PEL e, se necessário, consulta a especialistas.
Estudo morfológico
Serão considerados aspectos da morfologia externa dos órgãos vegetais. De acordo com cada espécime pode ocorrer a descrição detalhada das características radiculares, caulinares, foliares e/ou florais. As amostras serão analisadas com auxílio de estereomicroscópio binocular.
Estudo anatômico
Para a caracterização estrutural as amostras dos órgãos vegetativos (raiz, caule, folha) serão fixadas em solução de Karnovsky (Karnovsky, 1965), desidratadas em série etílica e armazenadas em álcool etílico 70% para posterior infiltração em resina plástica. Os blocos obtidos serão seccionados em micrótomo rotatório manual com navalha descartável. Os cortes serão corados com azul de toluidina 0,05% (Sakai, 1973) em tampão fosfato e citrato (McIlvaine, 1921) pH 4,5 e as lâminas permanentes serão montadas com resina sintética.
Testes microquímicos para evidenciar substâncias específicas serão realizados nas amostras incluídas em resina plástica e/ou cortes serão feitos à mão-livre, com o auxílio de lâmina de barbear, e submetidos a corantes e reagentes específicos como segue: substâncias lipídicas serão evidenciadas pelo Sudan IV (Jensen 1962) ou pelo Sudan Black B (Lison, 1960); o amido será visualizado por meio do emprego de cloreto de zinco iodado (Strasburger, 1913) e pelo lugol (Berlyn e Miksche, 1976); os compostos fenólicos pelo cloreto férrico (Johansen, 1940); a presença de lignina será evidenciada por meio da floroglucina em meio ácido (Johansen, 1940); as substâncias pécticas evidenciadas pelo vermelho de rutênio (Johansen, 1940). O material será analisado, descrito e fotografado.
Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV)
Para as análises ao microscópio eletrônico de varredura (MEV), amostras dos órgãos vegetativos serão fixadas em etanol 70%, desidratadas em série etílica e secas ao ponto crítico de CO2 (Horridge e Tamm 1969). Em seguida, as amostras serão montadas sobre suportes de alumínio e cobertas com uma camada de ouro em metalizador e analisadas.
As coletas do material botânico das diferentes espécies serão feitas nas cidades de Pelotas e Capão do Leão, RS. Serão realizadas coletas de amostras para a descrição morfológica e anatômica, como também, coletas de amostras de material fértil para herborização e confecção de exsicatas e, posteriormente este material sendo incorporado ao acervo do Herbário PEL. A identificação das espécies será feita através de literatura especializada, comparação com material depositado no acervo do Herbário PEL e, se necessário, consulta a especialistas.
Estudo morfológico
Serão considerados aspectos da morfologia externa dos órgãos vegetais. De acordo com cada espécime pode ocorrer a descrição detalhada das características radiculares, caulinares, foliares e/ou florais. As amostras serão analisadas com auxílio de estereomicroscópio binocular.
Estudo anatômico
Para a caracterização estrutural as amostras dos órgãos vegetativos (raiz, caule, folha) serão fixadas em solução de Karnovsky (Karnovsky, 1965), desidratadas em série etílica e armazenadas em álcool etílico 70% para posterior infiltração em resina plástica. Os blocos obtidos serão seccionados em micrótomo rotatório manual com navalha descartável. Os cortes serão corados com azul de toluidina 0,05% (Sakai, 1973) em tampão fosfato e citrato (McIlvaine, 1921) pH 4,5 e as lâminas permanentes serão montadas com resina sintética.
Testes microquímicos para evidenciar substâncias específicas serão realizados nas amostras incluídas em resina plástica e/ou cortes serão feitos à mão-livre, com o auxílio de lâmina de barbear, e submetidos a corantes e reagentes específicos como segue: substâncias lipídicas serão evidenciadas pelo Sudan IV (Jensen 1962) ou pelo Sudan Black B (Lison, 1960); o amido será visualizado por meio do emprego de cloreto de zinco iodado (Strasburger, 1913) e pelo lugol (Berlyn e Miksche, 1976); os compostos fenólicos pelo cloreto férrico (Johansen, 1940); a presença de lignina será evidenciada por meio da floroglucina em meio ácido (Johansen, 1940); as substâncias pécticas evidenciadas pelo vermelho de rutênio (Johansen, 1940). O material será analisado, descrito e fotografado.
Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV)
Para as análises ao microscópio eletrônico de varredura (MEV), amostras dos órgãos vegetativos serão fixadas em etanol 70%, desidratadas em série etílica e secas ao ponto crítico de CO2 (Horridge e Tamm 1969). Em seguida, as amostras serão montadas sobre suportes de alumínio e cobertas com uma camada de ouro em metalizador e analisadas.
Indicadores, Metas e Resultados
- Documentar características diagnósticas entre espécies da flora regional;
- Manter e incrementar o acervo do Herbário PEL;
- Manter e incrementar o laminário do Laboratório de Anatomia Vegetal;
- Aplicar as principais técnicas de investigação botânica em campo;
- Proporcionar aos alunos vivência nas etapas fundamentais de estudos sobre a flora;
- Divulgar os dados em eventos científicos, periódicos e comunidade.
- Manter e incrementar o acervo do Herbário PEL;
- Manter e incrementar o laminário do Laboratório de Anatomia Vegetal;
- Aplicar as principais técnicas de investigação botânica em campo;
- Proporcionar aos alunos vivência nas etapas fundamentais de estudos sobre a flora;
- Divulgar os dados em eventos científicos, periódicos e comunidade.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
CAROLINE SCHERER | 6 | ||
JAIANE CARDOZO NUNES | |||
JULIANA APARECIDA FERNANDO | 6 | ||
KYLIE NEVES |