Nome do Projeto
CIBERDANÇA: ESTRUTURA, ORGANIZAÇÃO E DINÂMICA NA CIBERCULTURA
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
27/03/2020 - 06/02/2025
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Linguística, Letras e Artes
Resumo
No cenário social contemporâneo nos deparamos com a produção e a distribuição de uma infinidade de produtos audiovisuais com os mais variados temas veiculadas a plataformas virtuais. Como resultado, sites de redes sociais (SRS) que suportam estes vídeos, bem como a sua distribuição - como o Youtube, Facebook, Vimeo, DailyMotion, Veoh, Twitch, etc. - crescem e conquistam cada vez mais novos adeptos que passam não apenas a incorporar a prática diária de visualização destes conteúdos audiovisuais, como também a sua constante construção e circulação nos SRS. Entre estes vídeos, encontramos produtos audiovisuais que contemplam a Ciberdança. Entendida aqui como sendo toda dança que é reproduzida na e para a Rede, necessitando da mediação da internet para ocorrer, a Ciberdança se caracteriza por ser proveniente das imbricações tecnológicas que “modificaram de forma contundente o cenário da dança tecnologizada e este fenômeno não é atemporal: a complexidade do mundo atual é responsável pelo surgimento destas tecnologias, ao mesmo tempo, que é fruto delas” (WOSNIAK, 2013, p. 192). Assim, a Ciberdança parece não apenas ter uma estrutura particular - desde a coreografia, a relação do corpo e do bailarino, o “palco” onde ocorre, a simbiose com as tecnologias e o seu público virtual), como também depende de uma organização social proveniente das redes sociais online para produzir sentido e valores sociais que a caracterizarão. Com base nisso, a pesquisa visa compreender e discutir a Ciberdança dentro do contexto social da Cibercultura, focando a sua estrutura (enquanto arte), sua organização (enquanto rede de pessoas) e sua dinâmica (proveniente dos sentidos produzidos). Ou seja, parte-se de que (1) há uma transformação do formato tradicional da dança que encontra novos lugares para se reconstruir e significar (estrutura), (2) modificando a relação entre público e artista justamente pela ação das redes sociais e seus suportes que oferecem novas possibilidades (organização). Com isso, (3) novos valores, novas identidades, novas significações são produzidas e potencializadas (dinâmica), capazes de caracterizar uma nova forma de arte peculiar e característica da sociedade atual. Como objetivos específicos, foca-se em: (1) Entender como se dá a estrutura da Ciberdança e as modificações que ela obteve para o desenvolvimento do seu formato atual; (2) Verificar como as redes sociais e os SRS atuam na Ciberdança, agindo tanto sobre a sua organização como na sua estrutura; (3) Analisar os sentidos (re)produzidos a partir de sua circulação no ciberespaço, compreendendo, assim, sua ação e transformação social. Buscar a compreensão da dança no contexto da Cibercultura é também compreender o seu imaginário, a desmaterialização, as novas possibilidades textuais, a interatividade e a difusão e circulação de informações (LEVY, 2003). Há um outro sentido de corpo e de tecnologia que precisa ser percebido e compreendido, assim como se dá a relação entre estas duas partes, capaz de “transformar o conhecimento existente em um novo e inusitado” (SANTANA, p. 78). Assim, mais do que perceber o movimento de adaptação da dança no ciberespaço, ou mesmo do suporte e tecnologias envolvidas, é essencial focar as relações sociais que (re)significam e se apropriam dos sentidos, caracterizando a Ciberdança.

Objetivo Geral

Compreender e discutir a Ciberdança dentro do contexto social da Cibercultura, focando a sua estrutura (enquanto arte), sua organização (enquanto rede de pessoas) e sua dinâmica (proveniente dos sentidos produzidos).

Justificativa

Buscar a compreensão da dança dentro do contexto da Cibercultura é também compreender o seu imaginário, a sua poética, a desmaterialização, as novas possibilidades textuais, a interatividade e a difusão e circulação de informações (LEVY, 2003). Há um outro sentido de corpo e de tecnologia que é preciso ser percebido e compreendido na atualidade, assim como se dá a relação entre estas duas partes, capaz de “transformar o conhecimento existente em um novo e inusitado” (SANTANA, p. 78). Com isso, mais do que perceber o movimento de adaptação da dança no ciberespaço, ou mesmo do suporte e das tecnologias envolvidas, é essencial focar as relações sociais que (re)significam e se apropriam dos sentidos, caracterizando o que entendemos hoje como Ciberdança. Entender as suas “partes”, os “elementos” que a constituem neste universo virtual, implica em perceber a sua estrutura que é diferenciada de qualquer outro formato audiovisual, vídeo, dança, cinema, etc., caracterizando uma outra forma possível de arte. Esta estrutura, no entanto, só se concretiza e produz uma dinâmica de significados graças à organização do mundo virtual que comporta não apenas atores sociais organizados em redes, mas plataformas que suportam e norteiam sentidos. A abordagem do trabalho, também não implica em desconsiderar outras formas de reflexão, mas sim em corroborar com o pensamento de que a Ciberdança não é possível sem estes modos de existência oriundos do ciberespaço e suas relações sociais.

Metodologia

Como abordagem metodológica, propõe-se a interdisciplinaridade de técnicas, a fim de proporcionar um amplo e mais completo entendimento do fenômeno da Ciberdança. Ou seja, enquanto entendimento da estrutura, o suporte se dá não apenas em pesquisas e teorias anteriores, mas também na "atualização" de conceitos, visando dar conta dos processos contemporâneos e a dança na internet. Buscando verificar a organização, a Análise e Estudos de Redes Sociais vinculadas ao processo de criação, desenvolvimento e circulação da Ciberdança, será fundamental. Por fim, focando a dinâmica, a Netnografia surge como aporte de modo a permitir uma maior compreensão destes novos formatos culturais e suas significações que envolvem a arte e a dança no ciberespaço.

Indicadores, Metas e Resultados

(1) Entender como se dá a estrutura da Ciberdança e as modificações que ela obteve para o desenvolvimento do seu formato atual;
(2) Verificar como as redes sociais e os SRS atuam na Ciberdança, agindo tanto sobre a sua organização como na sua estrutura;
(3) Analisar os sentidos (re)produzidos a partir de sua circulação no ciberespaço, compreendendo, assim, sua ação e transformação social.

(4) Publicação anual de pelo menos um artigo - fruto da pesquisa - em revista;
(5) Publicação anual de pelo menos dois artigos/resumos - frutos da pesquisa - em eventos acadêmicos;
(6) Expansão e discussão do projeto e seus resultados parciais e finais entre instituições interessadas;

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
ANDRÉ MARTINS ZIEGLER
BIANCA MÖRSCHBÄCHER
CARLOS LEONARDO COELHO RECUERO
CAROLINA NOGUEIRA DA ROSA
CAROLINE GARCIA DA ROSA
CAROLINE SOARES DE SOUZA
DANIELA AZEREDO DOS SANTOS
EDUARDO MARTINS BEMFICA
FELIPE MERKER CASTELLANI
GERSON RIOS LEME
GUILHERME CARVALHO DA ROSA
ISADORA BEATRIZ DE SOUZA GIL
JOSÉ PEDRO MINHO MELLO
JOÃO VICTOR MOREIRA MOTA
LAILA DA SILVA OLIVEIRA
LAILA DA SILVA OLIVEIRA
LAURA RODRIGUES DA CONCEICAO SOUZA
LUIZA GERVINI CHIES
LUIZA GERVINI CHIES
MATHEUS IBANEZ MELLO
MURIAN DOS REIS RIBEIRO
PALOMA ALVES GOVEIA
PEDRO HENRIQUE DUZZI
PEDRO YURI DOS ANJOS CORRÊA
RAYSSA DE OLIVEIRA FONTOURA
REBECA DA CUNHA RECUERO8
VICTÓRIA KAMINSKI DENIZ

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