Nome do Projeto
Conduta odontológica frente ao paciente fissurado: revisão de sistemática da literatura
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
15/05/2020 - 17/12/2021
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências da Saúde
Resumo
As fissuras lábio palatinas estão dentro das anomalias congênitas mais frequentes e são caracterizadas pela falta de fusão do palato e lábio. Em decorrência destas fissuras existem muitos questionamentos por parte dos pais e dos profissionais. O tratamento de fissuras é complexo e inicia-se na infância, possivelmente concluindo-se até a vida adulta. Além de problemas estéticos e funcionais causados pelas fissuras, destacam-se ainda dificuldades relacionadas à dicção, fala e deglutição, caracterizando a importância de uma equipe multidisciplinar no tratamento destes pacientes. O objetivo deste trabalho é revisar a literatura pertinente, buscando nas bases de dados PUBMED e SCIELO estudos que relatem as condutas odontológicas recomendadas frente ao paciente fissurado.

Objetivo Geral

O objetivo deste trabalho é realizar uma revisão de literatura sistematizada para verificar a etiologia, classificação e conduta odontológica frente ao paciente com fissura lábio palatina.

Justificativa

Entre a 4ª e 8ª semana de vida intrauterina ocorrem diversos eventos celulares que resultam na formação dos processos faciais. O desenvolvimento, crescimento e união da maxila e mandíbula e o processo fronto nasal que originará processos nasais mediais e laterais formam a face humana. Fissuras labiopalatais são o resultado da falta de junção ou aderência desses processos (MOORE; PERSAUD, 2008).
A fissura lábio palatina é uma malformação congênita resultante da falta de fusão do palato e lábio e está entre as anomalias mais comuns. No Brasil, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) de cada 650 nascidos, uma criança apresenta fissura labiopalatal, totalizando 5800 novos casos ao ano (ARARUNA; VENDRÚSCOLO, 2000).
Várias são as classificações para fissuras labiopalatinas, entretanto a mais utilizada por profissionais é a classificação de SPINA et al. (1972). Esta classificação utiliza como referência o forame incisivo, limite entre palato primário e secundário, (pró-lábio, pré-maxila e septo cartilaginoso), separando as fissuras labiopalatinas em três tipos principais: Fissura pré-forame incisivo, fissura pós-forame incisivo e fissuras transforame incisivo
As crianças portadoras destas malformações possuem comprometimento anatômico facial, que pode impedir ou dificultar a realização de importantes funções. A portadora de fissura pré forame incisivo, não têm problemas alimentares, mas aquelas com fissuras pós-forame ou transforame incisivo, podem apresentar dificuldades alimentares por não conseguirem uma pressão intra-oral adequada (ARARUNA; VENDRÚSCOLO, 2000).
Estes pacientes que apresentam essas fissuras geralmente possuem a asa do nariz deslocada pela ausência de suporte ósseo nas fissuras que envolvem o rebordo alveolar (MAZAHERI et al, 1993). Ocorre dificuldade na função faríngea devido a baixa função muscular do palato mole. Após os tratamentos cirúrgicos na primeira infância, como consequência ocorre restrição tridimensional do crescimento maxilar e problemas oclusais (SILVA FILHO, 2000). Em decorrência da fissura existem muitos questionamentos por parte dos pais e profissionais sobre amamentação e alimentação sólida desses pacientes.
O tratamento de fissuras é complexo, geralmente iniciando na infância e abrangendo até mesmo a vida adulta (CERQUEIRA et al., 2005; LIMA, et al., 2008). Para o tratamento cirúrgico, a idade ideal é que se inicie por volta dos três meses para fissuras no lábio e nove meses de idade para fissuras de palato (COUTINHO et al., 2009). As cirurgias de queiloplastia e palatoplastia são cirurgias feitas nos tecidos moles e tem por finalidade reconstrução do lábio e palato. As cirurgias secundárias devem ser realizadas somente em idade pré-escolar (LIMA et al., 2008).
As fissuras labiopalatinas geram um impacto na aparência da criança portadora da mesma (MENDES; LOPES, 2006; COUTINHO et al., 2009). Quando a família é informada sobre as alterações, pode apresentar dificuldades em aceitar tal anormalidade, sendo necessário o acompanhamento de psicólogos e assistentes sociais (BRASIL, 1994). Além, da equipe de enfermagem e nutricionistas que orientam sobre os cuidados de higiene e alimentação, importantes inclusive, para a realização do procedimento cirúrgico (ARARUNA; VENDRÚSCOLO, 2000; MENDES; LOPES, 2006).
Além das alterações estéticas e funcionais causadas pelas fissuras, ocorrem também problemas de dicção, fala e deglutição, destacando a importância da presença do fonoaudiólogo na equipe. (FIGUEIREDO et al., 2008; COUTINHO et al., 2009). Nos casos de correção cirúrgica, a equipe geralmente é composta por cirurgião plástico, cirurgião dentista especialista em cirurgia e traumatologia buco-maxilo-facial e otorrinolaringologista, segundo a PORTARIA 62 SAS/MS (BRASIL, 1994).

Metodologia

Este estudo é caracterizado por ser uma revisão de literatura sistematizada de artigos que tratem de pacientes com fissuras lábio palatinas.
A busca dos artigos sobre o assunto será realizada nas bases de dados PubMed e SCIELO a partir das seguintes palavras-chave: fissuras labiopalatais; fendas palatinas; tratamento de fissuras lábio palatina, em português e em inglês. Os termos estão presentes no Decs (descritores de saúde) ou Medical Subject Headings (MeSH).
Os seguintes passos serão seguidos: realização de buscas utilizando diferentes estratégias; leitura dos títulos e resumos; identificação de artigos que preenchessem os critérios de inclusão e aquisição dos textos na íntegra.
Não foram usados limites para a data de publicação nem para a faixa etária dos participantes. Também não houve restrição quanto ao delinemanento do estudo.
De acordo com a relevância e adequação ao estudo, os artigos foram utilizados nesta revisão de literatura.

Indicadores, Metas e Resultados

-Verificar a etiologia e epidemiologia das fissuras labiopalatinas;
-Descrever a classificação das fissuras labiopalatinas;
-Referir as alterações bucais e opções de tratamento para os pacientes fissurados e;
-Revisar na literatura os benefícios do tratamento odontológico no restabelecimento do equilíbrio estético, funcional e emocional do paciente com fissura labiopalatina.

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
AMANDA FERNANDES
ANDRINY DUARTE VARGAS
CATIARA TERRA DA COSTA6
MARILIA LEAO GOETTEMS2

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