Nome do Projeto
Projetando Lugares com Idosos: Rumo às Comunidades Amigas do Envelhecimento
Ênfase
Extensão
Data inicial - Data final
01/05/2017 - 25/08/2020
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Sociais Aplicadas
Eixo Temático (Principal - Afim)
Direitos Humanos e Justiça / Saúde
Linha de Extensão
Desenvolvimento urbano
Resumo
"Projetando lugares com os idosos: Rumo a comunidades amigas da idade" é um Projeto financiado pelo Fundo Newton e ESRC num total de £808.289 libras esterlinas. É um projeto de parceria internacional liderado pela Universidade Heriot-Watt em Edimburgo, no Reino Unido, e pela Universidade Federal de Pelotas, em Pelotas, no Brasil. As populações envelhecidas no Reino Unido e no Brasil geraram novos desafios em como projetar melhores ambientes urbanos que apoiem e promovam o envolvimento social cotidiano e a vida urbana saudável para os idosos. A medida que envelhecem, as pessoas enfrentam limitações em suas capacidades físicas e cognitivas, mudanças nos arranjos de vida e perda de apoios sociais. Em resposta a isso, a Agenda do Envelhecimento Local tornou-se uma questão importante na redefinição de políticas para idosos. A Agenda do Envelhecimento Local postula que o ambiente preferido pelos idosos é a comunidade, onde eles podem permanecer ativos, engajados, socialmente conectados e independentes. No entanto, as cidades urbanas contemporâneas podem ser "hostis" aos idosos, agindo como uma barreira ao acesso a oportunidades sociais, econômicas e cívicas. Este projeto reconhece que simplesmente mudar a forma construída não é suficiente para criar um ambiente mais inclusivo para o envelhecimento, pois os lugares são mais do que espaços físicos. Ambientes viáveis ​​são articulados através de um forte sentido de lugar, definido como os vínculos sociais, psicológicos e emocionais que as pessoas têm com seu ambiente. Um forte senso de lugar resulta do acesso a apoios para participação ativa, oportunidades para construir e sustentar redes sociais e assumir um papel significativo na comunidade. Em contraste, um sentimento de deslocamento ou "falta de espaço" está associado à alienação, ao isolamento e à solidão, muitas vezes resultando em problemas adversos de saúde e bem-estar, particularmente entre os idosos vulneráveis. Socialmente, a criação de ambientes urbanos amigáveis ​​à idade que apoiam o sentido de lugar é parte integrante do envelhecimento bem-sucedido, garantindo que os idosos possam continuar a contribuir positivamente na velhice, atrasando a necessidade de cuidados institucionais e reduzindo os custos de saúde e assistência social. Seis cidades são estudos de caso neste projeto: Pelotas, Belo Horizonte e Brasília no Brasil, e Edimburgo, Manchester e Glasgow no Reino Unido. Em cada cidade, três bairros são trabalhados. Em Pelotas são os bairros Centro, Navegantes e Fragata. Em Belo Horizonte os bairros Centro, Anchieta e Aglomerado. E em Brasília os bairros Asa Norte, Asa Sul e Granja do Torto.

Objetivo Geral

Este projeto de extensão busca através de uma investigação inicial de como o sentido de lugar é vivenciado por idosos de diferentes contextos sociais que residem em diferentes bairros no Brasil e no Reino Unido:

1. Traduzir essas experiências em projetos para comunidades amigas do idoso que apoiem o sentido de lugar.

2. Articular melhor o papel dos idosos como colocadores ativos no processo de design, envolvendo a comunidade em todas as etapas do projeto.

Os objetivos específicos são:

Objetivo 1: estabelecer e comparar como idosos de diferentes classes sociais e contextos urbanos e culturais constroem o sentido de lugar com foco na identificação de oportunidades, desafios, facilitadores e barreiras à participação social, independência e sendo ativos e engajados na comunidade através da captura de rotinas cotidianas, mobilidade e caminhada, e acesso e uso de espaços comunitários e amenidades.

Objetivo 2: traduzir os dados obtidos a partir do objetivo 1 em mapas de sentido de lugar e projetos para a comunidade, a fim de fornecer uma representação visual valiosa de como a comunidade avalia, entende e interage com o bairro e identifica as características significativas dentro do ambiente que incorporam lugar. Isto será conseguido através de oficinas de mapeamento participativo realizadas com a comunidade para facilitar a produção de conhecimento desde o início.

Objetivo 3: traduzir as conclusões dos objetivos 1 e 2 em orientações para a concepção do sentido de lugar para os idosos, refletindo as necessidades dos usuários de diferentes classes sociais e contextos urbanos e culturais que acomodem a necessidade de independência, mobilidade e envolvimento da comunidade. As diretrizes são definidas para a identificação de desenho urbano e princípios de planejamento para profissionais, urbanistas de regeneração urbana e políticos com o objetivo de orientar o desenvolvimento de cidades e comunidades amigas do idoso.

Justificativa

As populações envelhecidas no Reino Unido e no Brasil geraram novos desafios em como projetar melhores ambientes urbanos que apoiem e promovam o envolvimento social cotidiano e a vida urbana saudável para os idosos. A medida que envelhecem, as pessoas enfrentam limitações em suas capacidades físicas e cognitivas, mudanças nos arranjos de vida e perda de apoios sociais. Em resposta a isso, a Agenda do Envelhecimento Local tornou-se uma questão importante na redefinição de políticas para idosos. A Agenda do Envelhecimento Local postula que o ambiente preferido pelos idosos é a comunidade, onde eles podem permanecer ativos, engajados, socialmente conectados e independentes. No entanto, as cidades urbanas contemporâneas podem ser "hostis" aos idosos, agindo como uma barreira ao acesso a oportunidades sociais, econômicas e cívicas.

Metodologia

Dentro de cada uma das cidades, três bairros foram selecionados refletindo diferentes níveis de afluência, distância da cidade e composição demográfica. A análise de nível de vizinhança foi escolhida porque: (i) o maior tempo gasto pelos idosos em aposentadoria é em casa e na vizinhança imediata; (ii) os idosos são cada vez mais dependentes das relações sociais da vizinhança a medida que envelhecem; e (iii) os idosos têm vínculos psicológicos e emocionais importantes e de associação com o bairro.

A análise de cada bairro colocará ênfase em como diferentes condições no nível local afetam as experiências de sentido de lugar de adultos mais velhos. Em outras palavras, como os fatores físicos, sociais e culturais interagem para afetar o senso de lugar e as experiências de senso de lugar entre os idosos nas diferentes áreas de cada estudo de caso? Como vários ambientes urbanos atualmente suportam (ou inibem) a participação social e o engajamento significativo na velhice? Como seria o ambiente urbano se ele apoiasse o envelhecimento bem-sucedido dos idosos? A análise comparativa dos diferentes cidades é conduzida a nível nacional e internacional para estabelecer as semelhanças e diferenças nas experiências dos idosos em diferentes contextos socioculturais. As análises comparativas concentram-se na identificação de variações entre as localidades e as razões para tais diferenças.

Em cada bairro os seguintes métodos serão aplicados:

- Entrevistas semi-estruturadas.
- Entrevistas caminhadas.
- Workshop com a comunidade de cada bairro.
- Teste de princípios de design do bairro com moradores.

Indicadores, Metas e Resultados

A primeira fase buscar a analisar políticas e práticas existentes no Reino Unido e no Brasil, a fim de reunir evidências de estudos e instrumentos que considerem a preparação/construção de cidades e comunidades amigas do idoso. Isso identifica as políticas locais, regionais e nacionais das cidades, estruturas de planejamento existentes no Reino Unido e no Brasil e instrumentos práticos e diretrizes que possam integrar o sentido do lugar no planejamento urbano. Este mapeamento proporciona uma compreensão do contexto atual em relação à implementação de iniciativas focadas nos idosos e também molda a entrega subseqüente das ferramentas e diretrizes de desenvolvimento da cidade. Tudo isso para assegurar que quaisquer recomendações funcionarão dentro dos quadros normativos e regulatórios existentes.

A segunda fase busca percepções de idosos. A meta é obter uma compreensão de como os adultos mais velhos constroem o sentido de lugar com foco na identificação de oportunidades, facilitadores e barreiras à participação social e cultural, independência e envolvimento na comunidade. Essa fase captura: percepções de moradia e da comunidade; rotinas cotidianas que constroem o sentido de lugar; transições construídas e espaços abertos da vizinhança; apoio físico e social ao envelhecimento ativo; uso de espaços recreativos e verdes; e acesso e uso de espaços comunitários e amenidades.

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
ADRIANA ARAUJO PORTELLA6
ALINE DE MOURA RIBEIRO XAVIER
ANELIZE MILANO CARDOSO
GREYCI BACKES BOLZAN
JULLYE SCHAUN AMARAL
LUCAS DIAS PREZOTTO
MÔNICA MARIANI COSTA LOPES
SIRLENE DE MELLO SOPEÑA
TANARA GOMES DA COSTA
TULIO MATHEUS AMARILLO SOUZA
ÉVERTON FELIPE KAIZER

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