Nome do Projeto
AMBULATÓRIO DE PSICOTERAPIA
Ênfase
Extensão
Data inicial - Data final
01/03/2017 - 24/02/2021
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências da Saúde
Eixo Temático (Principal - Afim)
Saúde / Saúde
Linha de Extensão
Educação profissional
Resumo
O Ambulatório de Psicoterapia tem como objetivo oferecer atendimento psicoterápico de orientação psicanalítica à comunidade de alcance da UFPel.

Objetivo Geral

Aprimorar a formação dos médicos residentes em psiquiatria, através do treinamento em psicoterapia, cumprindo as orientações do Conselho Nacional de Residência.
Oferecer atendimento psicoterápico para pacientes que tenham indicação desta modalidade terapêutica, encaminhados por profissionais da UFPel.
Promover a capacitação de profissionais comprometidos com a realidade social, de acordo com o compromisso da UFPel.

Justificativa

A psicoterapia de orientação psicanalítica é uma modalidade terapêutica eficaz para o cuidado da saúde mental de pacientes com sofrimento psíquico e necessidade de reflexões e trocas interpessoais afetivas significativas. Tem suas origens na psicanálise, definida por seu criador como uma técnica de tratamento, de pesquisa e de investigação sobre o funcionamento mental (Freud, 1923), e, assim, se presta amplamente para o emprego em ambientes de cuidado de doentes e de formação de profissionais.
Há mais de um século a psicoterapia de orientação analítica é uma importante ferramenta para lidar com o sofrimento psíquico de pacientes com vários diferentes diagnósticos, aprimorada por muitas escolas e pensadores. Freud, com a descoberta do inconsciente dinâmico, inaugurou a análise de pacientes histéricas, até então tratadas por sugestão, introduzindo um método científico de tratamento das neuroses. A análise compreende um método de cura pela fala, como ficou batizada por uma de suas primeiras pacientes, com o objetivo de tornar consciente o inconsciente e poder elaborar conflitos desconhecidos. A partir daí, outros quadros foram tratados, como os obsessivos, os melancólicos, e a técnica ganhou novos aportes e aplicações, que alcançaram outras patologias. A psicoterapia de orientação analítica aprimorou a aproximação com pacientes com quadros mais regressivos, como pacientes com transtornos de personalidade e pacientes com patologias deficitárias, per via de uma postura mais ativa dos profissionais. As práticas psicoterapêuticas, psiquiátricas e até mesmo educacionais dos nossos dias são profundamente influenciadas por conhecimentos psicanalíticos, em crescente desenvolvimento.
Os primeiros analistas foram treinados segundo o modelo Eitinton (1923), com base no famoso tripé constituído pela análise pessoal, por seminários teóricos e supervisão de casos atendidos com psicanalistas experientes. Este modelo, adaptado a diferentes comunidades acadêmicas e científicas, é adotado nos institutos de formação analítica e incorporado a instituições voltadas ao ensino da prática psicoterápica. As residências médicas em psiquiatria no nosso meio, cumprem o treinamento em serviço, mantendo atendimento de pacientes psiquiátricos sob supervisão e estudos teóricos sobre psicopatologia, psicoterapia, entre outros, como parte da formação dos psiquiatras. As condições adequadas para um terapeuta trabalhar, na concepção de Zimerman (1999) são formação específica em psicoterapia, capacidade de observar o par psicoterapeuta-paciente, capacidade de ver o paciente sob diferentes vértices, respeito pela pessoa humana, empatia, capacidade de continência, paciência, capacidade negativa, capacidade intuitiva e capacidade de ser verdadeiro. Estas condições são também desejáveis em psiquiatras, e o ambulatório de psicoterapia tem o papel de participar na construção desta ideologia de trabalho. Nossa Residência Médica em Psiquiatria, é reconhecida nacionalmente pelo cuidado na transmissão de conhecimentos psicanalíticos aos seus estudantes, o que lhes confere prestígio por seu trabalho, respeitabilidade e segurança em sua carreira. O investimento no conhecimento psicanalítico desde os professores Sérgio Abuchaim e David Zimerman, tem gerado bons e férteis frutos, ao longo destes anos, e se aprimora com as novas gerações em projetos como este ambulatório.
“(...) é a coerência interna do modelo teórico, associado a capacidade de continência e reverie, a habilidade em interpretar apropriadamente, bem como a capacidade criativa e autônoma preservada que melhor podem aferir o verdadeiro crescimento emocional.”
A atividade do ambulatório de psicoterapia da UFPel tem também um papel social de multiplicador dos benefícios da psicoterapia, além dos ganhos diretos junto ao seu público alvo, por atender muitos acadêmicos de diversos cursos, especialmente medicina. Nossa comunidade acadêmica vive modificações em seu perfil desde a implantação do ENEM e a consequente migração de muitos estudantes para longe de suas famílias, com uma exigência ainda maior para os jovens que enfrentam uma universidade, uma crise vital decorrente da transição para uma nova fase da vida. Conseguimos ajudar a formação de vários profissionais e favorecer comunidades com este aporte de cidadãos mais bem equipados psiquicamente para o desempenho de suas funções e crescimento dos grupos onde se inserem.

Metodologia

O ambulatório oferece tratamento psicoterápico de orientação psicanalítica a pacientes encaminhados da comunidade por profissionais da UFPel. Os pacientes são atendidos no ambulatório por residentes dos segundo e terceiro anos do programa de residência médica. A orientação dos atendimentos é dinâmica, a frequência é de uma a duas sessões semanais, e os tratamentos não tem limite de duração, podendo se manter durante toda a formação do residente envolvido ou mesmo continuar com outro colega que o suceda, conforme o modelo de psicoterapia analítica. Os residentes recebem supervisão semanal e seminários ao longo do segundo e terceiro anos de especialização, com professores do Departamento de Saúde Mental da UFPel, para instrumentar estes atendimentos. Ao longo do ano os residentes apresentam relatos de casos em reuniões clínicas no departamento, e, ao término de cada ano, os estudantes preparam estudos de casos de seus pacientes, que são avaliados por bancas formadas pelos professores, levando em conta a descrição dos casos, a evolução, o trabalho realizado, o crescimento pessoal tanto do paciente quanto do residente, o desenvolvimento de habilidades técnicas e aprofundamento dos conhecimentos necessários para a práxis psicoterapêutica

Indicadores, Metas e Resultados

Buscamos uma qualificação profissional mais sólida dos nossos psiquiatras e um melhor tratamento oferecido aos que precisam.

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
ALINE DUMMER VENZKE
ANDRE MACHADO PATELLA6
ANNA MARTHA MARCHEWICZ
ARTHUR ZAGO FERRI
BEATRIZ FRANCK TAVARES6
CARLOS ALBERTO PURPER BANDEIRA6
CATHERINE LAPOLLI10
DAIANE SCHMACHTENBERG6
ELIANDERSON DO ROSARIO
EVELINE BORDIGNON
EVELYNNE ELLEN SILVA OLIVEIRA
FABIO MONTEIRO DA CUNHA COELHO6
FÁBIO YUTANI KOSEKI
GABRIEL ANTÔNIO FROSI CERVO
GRAZIELA MAYUMI TOMA6
ISABELLA CARMONA CALADO
ISMAEL FARIAS VAZ
JOAQUIM IGNACIO SILVEIRA DA MOTA NETO6
KIANE GABRIELA GRAEFF
LAURA SIGARAN PIO DE ALMEIDA10
LUCIANA DE OLIVEIRA MARQUES6
LUIS ROBERTO CUNHA DA ROCHA6
LUISA LAURA DAMASCENO BARBOSA
MARIANA BATISTA DE FIGUEIREDO
PATRICIA PORTANTIOLO MANZOLLI6
PAULO EDUARDO FAVARETTO
RENARD COGNO AZUBEL
RENATO VREENEGOOR DA COSTA
RODOLFO TOMAZINI BENDER
SAMUEL DE OLIVEIRA RODRIGUES
TATIANA DE FREITAS DAME
THAIS GIORGI SILVEIRA
VINICIUS DE SIQUEIRA AFONSO

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