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Percebe-se a necessidade da sistematização das experiências realizadas até o momento e, dado o rescimento da demanda, da organização da oferta de PLA na instituição de forma a atendê-la adequadamente. Além disso, é necessário pensar o papel do PLA não só no que diz respeito ao processo de internacionalização, mas também às iniciativas de inclusão de alunos surdos, indígenas e refugiados na instituição (conforme atestam os processos seletivos especiais realizados em 2018). Bizon e Diniz (2018) também são enfáticos ao apontar para grupos de alunos relegados a segundo plano, uma situação a ser combatida em um momento em que se pensa o papel e a importância da universidade na inclusão de grupos minoritarizados.

A metodologia, de natureza qualitativa, envolve a pesquisa com seres humanos. Portanto, todos os participantes deverão dar seu consentimento, que será obtido por meio de um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), a ser redigido pela pesquisadora. A pesquisadora compromete-se a manter a segurança dos dados e o anonimato dos sujeitos participantes.

Os instrumentos serão questionários e entrevistas semi-estruturadas com alunos e participantes envolvidos no processo de inclusão e internacionalização da universidade. Para alunos que já não se encontram em Pelotas, pretende-se enviar o questionário por e-mail. Os alunos que residem aqui no momento da pesquisa, bem como os demais participantes, serão entrevistados pela pesquisadora e equipe. Além disso, serão recolhidos dados documentais tais como matrículas de alunos estrangeiros e advindos de processo de seleção especiais, ofertas de cursos em semestres anteriores, ementas e caracterização de disciplinas, etc. Ademais, será realizada a coleta e transcrição de textos dos alunos que aceitarem participar da pesquisa, com a garantia de seu anonimato.
Posteriormente, proceder-se-á à análise dos dados obtidos, de forma a identificar as necessidades, desejos e lacunas manifestas pelos participantes envolvidos, cotejando com a análise documental. Ao final, espera-se ter uma maior clareza do que precisa e pode ser feito institucionalmente no que diz respeito à oferta de cursos de PLA, bem como discutir o papel da língua na experiência acadêmica dos alunos.

- ter um maior entendimento sobre o papel da língua na experiência acadêmica, a partir da perspectiva dos envolvidos nos processos de internacionalização e inclusão da universidade;
- discutir a organização da oferta relacionada à PLA em outras instituições de ensino superior, com o intuito de descobrir e fomentar boas práticas na área;
- fortalecer a área na UFPel, pensando na articulação entre ensino, pesquisa e extensão, epecialmente no que diz respeito à a) formação de professores de PLA; b) elaboração de material didático; c) aplicação do exame Celpe-Bras e d) condução de pesquisas sobre o assunto tanto em nível de graduação quanto de pós-graduação;
- planejar a oferta de cursos de PLA na instituição que possam atender as demandas dos diversos atores envolvidos;
- propor formas de contribuir para o processo de internacionalização da universidade, bem como mecanismos de apoio para os alunos que estão na instituição no que diz respeito às suas necessidades linguísticas.