Nome do Projeto
MONITORAMENTO DE SCOLYTINAE E PLATYPODINAE (COLEOPTERA: CURCULIONIDAE) EM ÁREAS FLORESTADAS COM Eucalyptus spp. NO SUL DO RIO GRANDE DO SUL E ALTERNATIVAS DE CONTROLE
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
01/07/2020 - 31/12/2023
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Biológicas
Resumo
No decorrer dos anos Rio Grande do Sul expandiu suas áreas de plantios florestais contribuindo positivamente para a indústria de base florestal que auxilia no fornecimento de empregos e renda para o Estado. Dentro da Ordem Coleoptera salienta-se um grupo de espécies conhecidos como coleobrocas, esses insetos estão tornando-se frequentes em plantios florestais nativos e exóticos e com isso sendo destaque para a silvicultura devido aos danos econômicos que causam em madeiras recém-cortadas e estocadas. Em monitoramentos de povoamentos florestais Scolytinae e Platypodinae são duas subfamílias que representam o grupo de coleobrocas mais importantes quanto ao dano. Sendo notável a necessidade de mais estudos a cerca deste grupo de insetos-praga, para ampliar o conhecimento sobre a ecologia e biologia destas espécies, o projeto tem por objetivo conhecer a estrutura da assembleia dessas coleobrocas de extrema importância das sub-famílias Scolytinae e Platypodinae, as quais podem causar severos impactos econômicos em plantios de Eucalipto. Para a realização das coletas, serão instaladas três armadilhas de intercepção de voo modelo ESALQ-84, em plantios de eucalipto cujos materiais genéticos são disponíveis para estudos nos hortos da CMPC, posicionadas a 50 m da borda em direção ao interior dos talhões. As coletas serão realizadas mensalmente. Os insetos coletados serão triados e armazenados no Laboratório de Biologia e Ecologia de Insetos do Departamento de Ecologia, Zoologia e Genética do Instituto de Biologia da Universidade Federal de Pelotas, onde serão armazenados para identificação em nível específico por taxonomista no grupo.
Objetivo Geral
Conhecer a estrutura da assembleia de Scolytinae e Platypodinae em plantios de Eucalyptus spp. e alternativas de controle para as espécies que atinjam densidades populacionais de praga.
Justificativa
É notável a necessidade de mais estudos direcionados a este grupo de insetos-praga para ampliar o conhecimento sobre a ecologia e biologia destas espécies, a fim de, encontrar a melhor forma de controle das coleobrocas das sub-famílias Scolytinae e Platypodinae, as quais podem causar severos impactos econômicos em plantios de Eucalipto. E levando em consideração o seu ambiente de desenvolvimento, torna-se mais viável e eficiente o uso do controle biológico utilizando fungos entomopatogênicos.
Metodologia
Instalação das armadilhas
Para a realização das coletas, em cada uma das áreas serão instaladas três armadilhas de intercepção de voo modelo ESALQ-84 a 1,5 m de altura do solo, que corresponde ao padrão máximo de voo geralmente apresentado por besouros-da-ambrosia tendo como referência o cone de captura e iscadas com álcool comercial (95%) para a atração dos insetos. As armadilhas serão instaladas nos materiais genéticos disponíveis para estudos nos hortos da CMPC, posicionadas a 50 m da borda em direção ao interior dos talhões.
Coleta das Coleobrocas e Análise dos Dados
As coletas serão realizadas mensalmente. Quanto aos insetos capturados, estes serão retirados do frasco coletor e o álcool renovado. Os insetos coletados serão triados e armazenados no Laboratório de Biologia e Ecologia de Insetos do Departamento de Ecologia, Zoologia e Genética do Instituto de Biologia da Universidade Federal de Pelotas, RS, onde serão armazenados em freezer para futura triagem e identificação em nível específico por taxonomista no grupo.
A análise faunística dos dados será realizada pelo programa ANAFAU, no qual serão determinados os índices de abundância, frequência, dominância (método de Laroca e Mielke), constância e diversidade de Shannon–Wiener (H’).
Experimentos de controle - Cepas e culturas fúngicas
Os isolados fúngicos comerciais Beauveria bassiana (BOVERIL® WP PL63) e Metarhizium anisopliae (METARRIL® WP E9) são produtos em pó molháveis que serão adquiridos da Koopert Biological Systems. Testes de viabilidade conidial serão realizados no Laboratório de Micologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Após os testes de viabilidade, os conídios serão mantidos em ágar-ágar de dextrose de batata (BDA) (Merck) e incubados a 25oC por 2 a 3 semanas até a produção de conídios. Os isolados serão utilizados em bioensaios e em experimentos de transferência com Platypus spp. Para os bioensaios, os conídios serão colhidos em estéril 0.01%.Tween 20 (BDH) a uma concentração final de 108 conídios/ml. A viabilidade conidial será determinada pelo banho de diluição serial em PCA e as unidades formadoras de colônia foram contadas de 4 a 7 dias após a incubação a 25ºC.
Para experimentos de bioensaio, larvas e adultos de Platypus serão extraídos diretamente das toras. Larvas e adultos serão armazenados durante a noite em serragem antes do uso em bioensaios.
Experimentos de inoculação direta
Para inoculação com fungos diretamente, larvas ou besouros adultos serão colocados em placas de Petri de plástico de 90 mm x 15mm. Serão utilizados dois métodos. No método 1, 100 ml das 108 suspensões de conídios/ml serão aplicadas à placa de Petri utilizando um aplicador. Cada placa receberá 107 conídios, enquanto larvas de controle ou adultos receberam 0.01% Triton X-100.
No método 2, os besouros serão deixados para caminhar sobre culturas esporulantes por 1 min antes da remoção para limpar placas de Petri. Os besouros do grupo controle serão deixados andando ao mesmo tempo em placa não inoculada. Cada placa de Petri será então preenchida com serragem seca, embebida em água destilada estéril, juntamente com uma fita de 3 x 25 x 40 mm de madeira, e incubada a 20ºC em 16: 8 h claro:escuro.
Experimentos de transmissão
Para estudar a capacidade de adultos de Platypus ser vetor de fungos e bactérias patogênicos para as larvas, os adultos serão liberados para caminhar sobre placas PDA de esporuladores B. bassiana ou M. anisopliae, e serão então introduzidos em placas de Petri contendo 5-7 larvas ou adultos e larvas. Os besouros de controle serão liberados para andar sobre placas limpas. Cada placa de Petri terá um papel de filtro úmido na parte inferior para manter a umidade elevada, e selada por papel filme. As placas serão incubadas a 20oC. Adultos e larvas mortas serão retirados diariamente e incubados a 100% de umidade para verificar a infecção por fungos.
Três experimentos de transmissão serão conduzidos. No experimento 1, os besouros serão colocados por 1 min em culturas esporulantes de F90, F305 e F142, e os adultos transferidos para placas contendo cinco larvas (quatro placas de réplica). No experimento 2, os adultos serão rolados sobre placas de esporulação de F90 e F305 e, em seguida, um adulto será introduzido em placa com cinco larvas e cinco adultos (cinco placas de réplica). No experimento 3, os besouros serão colocados sobre culturas esporuladoras de sete cepas fúngicas por 15 s e, em seguida, adultos colocados em placas de Petri com 7-8 larvas (quatro placas/tratamento replicam). No último experimento, serão utilizadas cinco placas de controle de sete larvas.
Para examinar o potencial carregamento conidial e a viabilidade de conídios em besouros, três adultos restantes por 1 min em placas fúngicas serão macerados em 1 ml de Triton X-100 a 0.05% (BDH).
Tratamento químico
Para o tratamento químico será utilizado um inseticida do grupo químico Espinosinas (Grupo 5 – Classificação do IRAC). Sua eficácia é comprovada para insetos da Ordem Coleoptera, agindo em atividades relacionadas à ingestão, causando um colapso no sistema nervoso e muscular dos besouros. Além disso, atuam de imediato nos receptores nicotínicos da acetilcolina e posteriormente, nos receptores de ácido gama amino butírico (GABA) (DORNELAS et al., 2016).
Captura de potenciais inimigos naturais
A busca por predadores e parasitóides de Scolytinae e Platypodinae pode ser uma tarefa difícil devido ao ciclo de desenvolvimento destes insetos ocorrerem no interior da casca das árvores, de forma que, observações diretas de inimigos naturais atacando esses besouros são difíceis. Desta forma, a captura de inimigos naturais ocorrerá a partir de toras naturalmente infestadas por Scolytinae e Platypodinae trazidas do campo como descrito por PEÑA et al. (2015).
Para a realização das coletas, em cada uma das áreas serão instaladas três armadilhas de intercepção de voo modelo ESALQ-84 a 1,5 m de altura do solo, que corresponde ao padrão máximo de voo geralmente apresentado por besouros-da-ambrosia tendo como referência o cone de captura e iscadas com álcool comercial (95%) para a atração dos insetos. As armadilhas serão instaladas nos materiais genéticos disponíveis para estudos nos hortos da CMPC, posicionadas a 50 m da borda em direção ao interior dos talhões.
Coleta das Coleobrocas e Análise dos Dados
As coletas serão realizadas mensalmente. Quanto aos insetos capturados, estes serão retirados do frasco coletor e o álcool renovado. Os insetos coletados serão triados e armazenados no Laboratório de Biologia e Ecologia de Insetos do Departamento de Ecologia, Zoologia e Genética do Instituto de Biologia da Universidade Federal de Pelotas, RS, onde serão armazenados em freezer para futura triagem e identificação em nível específico por taxonomista no grupo.
A análise faunística dos dados será realizada pelo programa ANAFAU, no qual serão determinados os índices de abundância, frequência, dominância (método de Laroca e Mielke), constância e diversidade de Shannon–Wiener (H’).
Experimentos de controle - Cepas e culturas fúngicas
Os isolados fúngicos comerciais Beauveria bassiana (BOVERIL® WP PL63) e Metarhizium anisopliae (METARRIL® WP E9) são produtos em pó molháveis que serão adquiridos da Koopert Biological Systems. Testes de viabilidade conidial serão realizados no Laboratório de Micologia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Após os testes de viabilidade, os conídios serão mantidos em ágar-ágar de dextrose de batata (BDA) (Merck) e incubados a 25oC por 2 a 3 semanas até a produção de conídios. Os isolados serão utilizados em bioensaios e em experimentos de transferência com Platypus spp. Para os bioensaios, os conídios serão colhidos em estéril 0.01%.Tween 20 (BDH) a uma concentração final de 108 conídios/ml. A viabilidade conidial será determinada pelo banho de diluição serial em PCA e as unidades formadoras de colônia foram contadas de 4 a 7 dias após a incubação a 25ºC.
Para experimentos de bioensaio, larvas e adultos de Platypus serão extraídos diretamente das toras. Larvas e adultos serão armazenados durante a noite em serragem antes do uso em bioensaios.
Experimentos de inoculação direta
Para inoculação com fungos diretamente, larvas ou besouros adultos serão colocados em placas de Petri de plástico de 90 mm x 15mm. Serão utilizados dois métodos. No método 1, 100 ml das 108 suspensões de conídios/ml serão aplicadas à placa de Petri utilizando um aplicador. Cada placa receberá 107 conídios, enquanto larvas de controle ou adultos receberam 0.01% Triton X-100.
No método 2, os besouros serão deixados para caminhar sobre culturas esporulantes por 1 min antes da remoção para limpar placas de Petri. Os besouros do grupo controle serão deixados andando ao mesmo tempo em placa não inoculada. Cada placa de Petri será então preenchida com serragem seca, embebida em água destilada estéril, juntamente com uma fita de 3 x 25 x 40 mm de madeira, e incubada a 20ºC em 16: 8 h claro:escuro.
Experimentos de transmissão
Para estudar a capacidade de adultos de Platypus ser vetor de fungos e bactérias patogênicos para as larvas, os adultos serão liberados para caminhar sobre placas PDA de esporuladores B. bassiana ou M. anisopliae, e serão então introduzidos em placas de Petri contendo 5-7 larvas ou adultos e larvas. Os besouros de controle serão liberados para andar sobre placas limpas. Cada placa de Petri terá um papel de filtro úmido na parte inferior para manter a umidade elevada, e selada por papel filme. As placas serão incubadas a 20oC. Adultos e larvas mortas serão retirados diariamente e incubados a 100% de umidade para verificar a infecção por fungos.
Três experimentos de transmissão serão conduzidos. No experimento 1, os besouros serão colocados por 1 min em culturas esporulantes de F90, F305 e F142, e os adultos transferidos para placas contendo cinco larvas (quatro placas de réplica). No experimento 2, os adultos serão rolados sobre placas de esporulação de F90 e F305 e, em seguida, um adulto será introduzido em placa com cinco larvas e cinco adultos (cinco placas de réplica). No experimento 3, os besouros serão colocados sobre culturas esporuladoras de sete cepas fúngicas por 15 s e, em seguida, adultos colocados em placas de Petri com 7-8 larvas (quatro placas/tratamento replicam). No último experimento, serão utilizadas cinco placas de controle de sete larvas.
Para examinar o potencial carregamento conidial e a viabilidade de conídios em besouros, três adultos restantes por 1 min em placas fúngicas serão macerados em 1 ml de Triton X-100 a 0.05% (BDH).
Tratamento químico
Para o tratamento químico será utilizado um inseticida do grupo químico Espinosinas (Grupo 5 – Classificação do IRAC). Sua eficácia é comprovada para insetos da Ordem Coleoptera, agindo em atividades relacionadas à ingestão, causando um colapso no sistema nervoso e muscular dos besouros. Além disso, atuam de imediato nos receptores nicotínicos da acetilcolina e posteriormente, nos receptores de ácido gama amino butírico (GABA) (DORNELAS et al., 2016).
Captura de potenciais inimigos naturais
A busca por predadores e parasitóides de Scolytinae e Platypodinae pode ser uma tarefa difícil devido ao ciclo de desenvolvimento destes insetos ocorrerem no interior da casca das árvores, de forma que, observações diretas de inimigos naturais atacando esses besouros são difíceis. Desta forma, a captura de inimigos naturais ocorrerá a partir de toras naturalmente infestadas por Scolytinae e Platypodinae trazidas do campo como descrito por PEÑA et al. (2015).
Indicadores, Metas e Resultados
• Aprimorar o conhecimento a respeito da identificação das coleobrocas da sub-família Platypodinae e Scolytinae;
• Desenvolver habilidades com os isolados de Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae nos experimentos de inoculação direta e transmissão.
. Publicar pelo menos dois artigos científicos Qualis B1 ou superior.
• Desenvolver habilidades com os isolados de Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae nos experimentos de inoculação direta e transmissão.
. Publicar pelo menos dois artigos científicos Qualis B1 ou superior.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
DANIELA ISABEL BRAYER PEREIRA | 1 | ||
FABIO PEREIRA LEIVAS LEITE | 1 | ||
FLAVIO ROBERTO MELLO GARCIA | 2 | ||
LUIZA CRISTIANE FIALHO ZAZYCKI | |||
NICHOLAS FARIAS DA ROSA | |||
Norton Borges Junior | |||
VIVIANE DOS SANTOS SIMPLICIO |
Fontes Financiadoras
Sigla / Nome | Valor | Administrador |
---|---|---|
CMPC / GRUPO CMPC | R$ 20.700,00 | UGR |
Plano de Aplicação de Despesas
Descrição | Valor |
---|---|
Bolsas | R$ 18.000,00 |
Despesa administrativa da fundação de apoio | R$ 2.700,00 |