Nome do Projeto
Nova formulação para tratamento da tristeza parasitária bovina
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
30/07/2020 - 30/06/2023
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Agrárias
Resumo
A tristeza parasitária bovina (TPB) é um complexo de duas enfermidades – babesiose e anaplasmose - causadas por diferentes agentes etiológicos, com sinais clínicos e epidemiologias similares, transmitidos por vetores como carrapato (Rhipicephalus microplus), moscas hematófagas e materiais contaminados com sangue de animais infectados. A Babesia bovis e Babesia bigemina são os protozoários responsáveis pela babesiose, enquanto que a rickéttsia Anaplasma marginale é causadora da anaplasmose. Os agentes são parasitas intraeritrocitários que acometem bovinos, sendo a doença caracterizada pelos efeitos da intensa destruição dos eritrócitos do hospedeiro, com hemólise intravascular na babesiose (Farias, 2007), e hemólise extravascular, causada pela fagocitose por macrófagos hepáticos e esplênicos, na anaplasmose (Smith, 2015).
A TPB é considerada uma das principais doenças de bovinos em números relativos à Região Sul do Brasil (Lucena et al., 2010). Nas áreas de instabilidade enzoótica, as perdas econômicas devido à doença são muito elevadas, geralmente sendo contabilizados os gastos com mortes de animais, tratamento e prevenção (Almeida et al., 2006).
Com base nestas informações, fica evidente a necessidade de desenvolvimento de novos protocolos e compostos terapêuticos que sejam mais eficazes, de modo que reduza os casos de recidivas dos animais, que necessite de menos manejos, apresente concentrações menos tóxicas e de maior biodisponibilidade nos animais tratados. Para isto, nosso projeto tem como objetivo comprovar a eficiência de um novo protocolo e novos compostos terapêuticos com base em uma formulação de liberação controlada de fármacos, que atuem para o tratamento de tristeza parasitária bovina. O experimento será realizado para verificar a eficácia da nova formulação em animais naturalmente infectados. Serão utilizados 30 animais, categorizados em três grupos: Grupo Controle – composto por 10 animais que serão tratados de acordo com o protocolo terapêutico convencionalmente utilizado; Grupo Tratamento 1, composto por 10 animais que serão tratados com a nova formulação desenvolvida; Grupo Tratamento 2, composto por 10 animais, tratados com novos compostos sintetizados no laboratório da UFPel. Durante o período experimental serão coletadas amostras de sangue para determinação da função hepática e renal dos animais, além de verificação da liberação e manutenção do princípio ativo.
Objetivo Geral
Avaliar a eficácia de uma nova formulação de liberação lenta utilizada para tratamento de bovinos com Tristeza Parasitária Bovina.
Justificativa
1) Avaliar a eficiência de um novo protocolo terapêutico sobre a parasitemia em animais naturalmente infectados.
2) Avaliar o efeito da nova formulação desenvolvida sobre parâmetros hematológicos, hepáticos e renais em bovinos.
3) Comparar a eficácia do tratamento utilizando a nova formulação com produto comercial já disponível.
2) Avaliar o efeito da nova formulação desenvolvida sobre parâmetros hematológicos, hepáticos e renais em bovinos.
3) Comparar a eficácia do tratamento utilizando a nova formulação com produto comercial já disponível.
Metodologia
Experimento
Trinta vacas da raça Holandês, com idade média de três anos, serão divididas em três grupos com dez animais em cada a fim de identificar diferenças significantes entre os efeitos do tratamento. As avaliações serão realizadas na Fazenda Leite Sul, município de Capão do Leão, onde há o número suficiente de animais disponíveis para a realização do experimento. À medida que os animais apresentarem sinais clínicos sugestivos de Tristeza Parasitária Bovina (TPB), serão realizados exames físicos (frequência cardíaca, frequência respiratória, temperatura retal, coloração de mucosas e comportamento dos animais), clínicos e hematológicos para confirmação do diagnóstico. Os animais positivos para TPB serão distribuídos aleatoriamente (delineamento inteiramente casualizado – DIC) entre os seguintes grupos experimentais:
Grupo Controle: 10 animais infectados naturalmente com Anaplasma spp. e Babesia spp. e tratados com protocolo convencional já comprovado e utilizado comercialmente (Diaceturato de Diminazeno – dose bula; e/ou dipropionato de imidocarb – dose de bula; e/ou oxitetraciclina – dose de bula).
Grupo Tratamento 1 : 10 animais infectados naturalmente com Anaplasma spp. e Babesia spp. e tratados com protocolo desenvolvido e testado primeiramente in vitro (os princípios e dosagens envolvem inovação e termos de sigilo, portanto não podem ser comentados. O produto terá como composição antiparasitário, antibiótico e anti-inflamatório).
Grupo Tratamento 2: 10 animais infectados naturalmente com Anaplasma spp. e Babesia spp. e tratados com compostos desenvolvidos e testado primeiramente in vitro com dosagem já especificada (os princípios e dosagens envolvem inovação e termos de sigilo, portanto não podem ser comentados. O produto terá como composição antiparasitário, antibiótico e anti-inflamatório).
Serão comparados entre os grupos experimentais, dados referentes à melhora da condição clínica do animal nos dias subsequentes ao tratamento através de exame físico, hemograma, grau de parasitemia e análises bioquímicas (perfis hepático e renal).
Caso seja necessário, animais com quadro clínico de decúbito (ou hematócrito < 15%) devido à anemia receberão transfusão sanguínea e vitamina B12 (20 ml/animal durante 3 dias). Os animais pertencentes aos grupos tratamento, caso não respondam clinicamente aos protocolos utilizados em 7 dias, serão tratados com o protocolo convencional.
Coleta e processamento das amostras:
Serão coletadas amostras de sangue por punção da veia coccígea com sistema de coleta à vácuo em tubos com anticoagulante (EDTA), para determinação do hematócrito e da parasitemia, e em tubos com ativador de coágulo, para análises bioquímicas, no dia do diagnóstico e diariamente até completar sete dias da aplicação do medicamento e semanalmente até completar dois meses, também será realizado hemograma completo semanalmente a partir da aplicação. As amostras coletadas nestes tubos serão centrifugadas e o soro sanguíneo será armazenado em eppendorfs e congelado em – 20° C até o processamento das amostras para avaliação das atividades hepática (AST, GGT, bilirrubinas total e direta) e renal (creatinina e ureia).
Trinta vacas da raça Holandês, com idade média de três anos, serão divididas em três grupos com dez animais em cada a fim de identificar diferenças significantes entre os efeitos do tratamento. As avaliações serão realizadas na Fazenda Leite Sul, município de Capão do Leão, onde há o número suficiente de animais disponíveis para a realização do experimento. À medida que os animais apresentarem sinais clínicos sugestivos de Tristeza Parasitária Bovina (TPB), serão realizados exames físicos (frequência cardíaca, frequência respiratória, temperatura retal, coloração de mucosas e comportamento dos animais), clínicos e hematológicos para confirmação do diagnóstico. Os animais positivos para TPB serão distribuídos aleatoriamente (delineamento inteiramente casualizado – DIC) entre os seguintes grupos experimentais:
Grupo Controle: 10 animais infectados naturalmente com Anaplasma spp. e Babesia spp. e tratados com protocolo convencional já comprovado e utilizado comercialmente (Diaceturato de Diminazeno – dose bula; e/ou dipropionato de imidocarb – dose de bula; e/ou oxitetraciclina – dose de bula).
Grupo Tratamento 1 : 10 animais infectados naturalmente com Anaplasma spp. e Babesia spp. e tratados com protocolo desenvolvido e testado primeiramente in vitro (os princípios e dosagens envolvem inovação e termos de sigilo, portanto não podem ser comentados. O produto terá como composição antiparasitário, antibiótico e anti-inflamatório).
Grupo Tratamento 2: 10 animais infectados naturalmente com Anaplasma spp. e Babesia spp. e tratados com compostos desenvolvidos e testado primeiramente in vitro com dosagem já especificada (os princípios e dosagens envolvem inovação e termos de sigilo, portanto não podem ser comentados. O produto terá como composição antiparasitário, antibiótico e anti-inflamatório).
Serão comparados entre os grupos experimentais, dados referentes à melhora da condição clínica do animal nos dias subsequentes ao tratamento através de exame físico, hemograma, grau de parasitemia e análises bioquímicas (perfis hepático e renal).
Caso seja necessário, animais com quadro clínico de decúbito (ou hematócrito < 15%) devido à anemia receberão transfusão sanguínea e vitamina B12 (20 ml/animal durante 3 dias). Os animais pertencentes aos grupos tratamento, caso não respondam clinicamente aos protocolos utilizados em 7 dias, serão tratados com o protocolo convencional.
Coleta e processamento das amostras:
Serão coletadas amostras de sangue por punção da veia coccígea com sistema de coleta à vácuo em tubos com anticoagulante (EDTA), para determinação do hematócrito e da parasitemia, e em tubos com ativador de coágulo, para análises bioquímicas, no dia do diagnóstico e diariamente até completar sete dias da aplicação do medicamento e semanalmente até completar dois meses, também será realizado hemograma completo semanalmente a partir da aplicação. As amostras coletadas nestes tubos serão centrifugadas e o soro sanguíneo será armazenado em eppendorfs e congelado em – 20° C até o processamento das amostras para avaliação das atividades hepática (AST, GGT, bilirrubinas total e direta) e renal (creatinina e ureia).
Indicadores, Metas e Resultados
Espera-se que ao final do experimento tenha sido desenvolvido um medicamento com o dobro de tempo de biodisponibilidade dos princípios ativos que serão testados nos animais avaliados. Ainda, espera-se que o novo produto e protocolo auxilie na recuperação clínica mais rápida dos animais, não prejudicando seu desenvolvimento e/ou produtividade, e que seja superior aos protocolos e produtos já disponíveis comercialmente.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
EDUARDO SCHMITT | 1 | ||
FRANCISCO AUGUSTO BURKERT DEL PINO | 1 | ||
JOSIANE DE OLIVEIRA FEIJÓ | |||
MARCIO NUNES CORREA | 4 | ||
NATÁLIA MACHADO RAHAL | |||
RUBENS ALVES PEREIRA | |||
Rubens Alves Pereira |