Nome do Projeto
METODOLOGIAS ATIVAS DE APRENDIZAGEM APLICADAS AO ENSINO DE SEMIOLOGIA MÉDICA
Ênfase
Ensino
Data inicial - Data final
22/06/2020 - 22/06/2021
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências da Saúde
Resumo
Resumo O treinamento adequado para a coleta da história clínica e para o exame físico competentes está nas diretrizes curriculares nacionais das faculdades de medicina desde 2014, bem como a necessidade de aplicar os princípios do ensino médico por simulação, quando for oportuno.(11) A pandemia da doença causada pelo coronavírus de 2019 (COVID-19) impôs a necessidade do distanciamento físico e o reitor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) determinou o cancelamento das aulas presenciais para a graduação médica no dia 16 de março de 2020. O dia oficial para o retorno das atividades presenciais não está definido, mas existe a orientação para que os professores passem a utilizar recursos de ensino remoto no sentido de estimularem os alunos, que tiverem interesse, a desenvolverem atividades relacionadas às cadeiras que estariam cursando a fim de avançarem cognitivamente e prepararem o cenário de aprendizagem para o esperado retorno das atividades presencias, inclusive com o nível de biossegurança que a situação mundial impõe. Este projeto se propõe ao estudo e treinamento na entrevista do paciente, no momento de maneira virtual, em conjunto com os alunos do teatro e se estendendo para após a pandemia de maneira física com os mesmos atores no exame físico.

Objetivo Geral

Oferecer para os alunos e aos professores envolvidos no projeto a oportunidade de revisar a literatura(12) sobre a entrevista médica e sobre a técnica do exame físico clínico de adultos, preparar apresentações sobre o assunto, discutir os assuntos em vídeo conferências gravadas e preparar os roteiros para casos clínicos a serem simulados com estudantes do curso de teatro, tanto durante o calendário alternativo de forma virtual , quanto de forma presencial quando estas atividades forem autorizadas.

Justificativa

A pandemia causada pelo SARS-CoV-2 está impondo sofrimento e aprendizagem a toda humanidade. O reitor da UFPel, assim como os reitores de outras universidades, decidiu corretamente pelo cancelamento das aulas presenciais para a graduação médica em 16 de março de 2020. O curso de medicina envolve a aquisição de conhecimentos e de habilidades psicomotoras, sendo um curso teórico-prático. A oportunidade para desenvolver habilidades técnicas, como a intubação endotraqueal, e não-técnicas, como as competências de comunicação em situações de emergência, são fundamentais para o estudante de medicina. Por isso o curso de medicina necessita do ambiente prático, de contato com os doentes. É assim que o futuro profissional tem condições de atuar, refletir, estudar, aprender e atuar novamente. Esse é o ciclo da aprendizagem reflexiva proposto por Donald Schön para a aprendizagem de adultos é aplicável ao cenário do aluno de medicina. Há cinco ou seis décadas, a simulação, como estratégia de ensino aprendizagem, foi incorporada ao treinamento de profissionais da saúde inicialmente para o treinamento de Reanimação Cardiopulmonar (RCP). A simulação tem algumas vantagens na educação médica. Uma delas, a mais óbvia, é a ausência de risco para o paciente, outra a redução significativa de risco para o estudante e, além disso, a possibilidade de se ensinar em cenário controlado facilita a função de feedback ou de debriefing, o que pode ser útil no sentido de qualificar o aprendizado do aluno. Manequins sofisticados foram desenvolvidos, é a simulação realística, são dispositivos que falam, simulam ritmos cardíacos e podem ser submetidos a choques de desfibrilação e intubação endotraqueal tantas vezes, quantas forem necessárias para o aprendizado. Entretanto, apesar dessas vantagens, o uso de manequins não se aplica para o aprendizado das técnicas de entrevista médica. Nesse caso, a simulação de casos pré-estabelecidos é o mais indicado para permitir o adequado treinamento das habilidades técnicas de coleta de dados e não técnicas de interação dentro da equipe. Podem-se simular os casos de pacientes e de familiares dos pacientes com os próprios alunos de medicina, mas é claro que a atividade fica muito mais rica do ponto de vista de encenação se houver a possibilidade de se trabalhar com estudantes de teatro, que são estudantes na arte de representar. Atividade que poderá vir a ser enriquecedora para os estudantes de medicina e para os estudantes do curso de artes cênicas também, tendo em vista o ambiente rico de trocas de saberes que se cria nesse momento.
Porém, hoje, as aulas presenciais estão canceladas em função da pandemia. As estimativas sobre o dia do retorno são complexas até mesmo para os epidemiologistas especializados no uso de modelos de projeção matemáticos para epidemias com algumas características semelhantes à da COVID-19. Cabe aos professores tentarem durante este momento achar alternativas para manter os alunos em crescimento e vinculados com a Universidade criando alternativas ao aprendizado.

Metodologia

Do ponto de vista metodológico, o projeto está dividido em duas etapas:
1. ETAPA REMOTA:
Revisão da literatura, estudo dos vídeos do Visual Guide do livro da Bates, preparo das vídeo aulas, debate de cada assunto em vídeo conferência, elaboração de texto escrito de cada assunto, revisão do texto pelo professor, preparo dos casos, elaboração dos roteiros e seleção das questões com discussão em vídeo conferência de cada uma.

2. ETAPA INTEGRATIVA:
Ensaio online com os estudantes de teatro, atendimento dos casos simulados (com briefing, role play e debriefing). Obtenção de imagens para ilustrar os textos pré-elaborados na etapa remota. Elaboração das Entrustable Professional Activities (EPAs) referentes a cada assunto. Aplicação do Miniclinical Evaluation Exercise (mini-CEX) para a avaliação da abordagem clínica dos casos utilizando um instrumento padronizado(15) e a aplicação do sistema Oxford NOTECHS para avaliar o desempenho das habilidades não técnicas da equipe no cenário do atendimento.(16)

ETAPA REMOTA
Os estudantes serão divididos em nove grupos e convidados a revisar a literatura relacionada com cada um dos seguintes assuntos:
1. Entrevista médica
2. Registro da história clínica e abordagem por problemas
3. Sinais vitais e dados antropométricos
4. Exame da cabeça e do pescoço
5. Exame do tórax e dos pulmões
6. Exame cardiovascular
7. Exame do abdome
8. Exame neurológico
9. Exame musculoesquelético

A seguir, cada grupo irá estudar o respectivo assunto no livro da doutora Bates, irá assistir e discutir por videoconferência com os outros colegas o vídeo disponível na internet no “Visual Guide” do livro sugerido.
Logo, será realizada uma revisão da literatura começando pela definição das palavras chaves dos MeSHs (Medical Subject Headings), discutidas com o professor e pesquisa no Pubmed. Uma seleção das publicações mais relevantes, o estudo desses artigos e o grupo estará pronto para a próxima etapa.
Então, o grupo irá preparar uma apresentação em Power Point com layout padronizado para apresentar o assunto por videoconferência. Haverá uma reunião de ensaio. O assunto será discutido. As sugestões serão incorporadas. Seguirá uma reunião para gravação do assunto.
Os integrantes do grupo irão elaborar um texto descritivo do assunto apresentado na aula.
A partir desse referencial teórico, serão preparados os scripts dos casos para as atividades de simulação virtual e quando possível presencial.
Os roteiros serão discutidos no momento por vídeo conferência com os alunos do teatro que irão criar os personagens.
O grupo ficará encarregado de revisar os arquivos com as questões e procurar por questões relacionadas com o assunto definido.
As questões serão apresentadas para o grupo em reunião de videoconferência e discutidas em grupo com a orientação do professor.
No final da etapa remota, cada grupo deverá ter produzido: uma biblioteca com, pelo menos, dez artigos em pdf sobre o assunto, uma apresentação em Power Point gravada (dentro da formatação padrão), uma vídeo conferência gravada, um texto (dentro da formatação padrão) objetivo e abrangente sobre o assunto, um banco de questões com, pelo menos, dez questões no formulário modelo do Google Classroom e os roteiros construídos em conjunto com os estudantes de teatro contemplando três casos clínicos por grupo, sendo um deles obrigatoriamente de COVID-19.

ETAPA INTEGRATIVA
Os estudantes seguirão divididos em nove grupos e produzirão, em conjunto com os alunos do teatro, um vídeo com, no máximo, 30 min sobre cada um dos assuntos revisados:
1. Entrevista médica
2. Registro da história clínica e abordagem por problemas
3. Sinais vitais e dados antropométricos
4. Exame da cabeça e do pescoço
5. Exame do tórax e dos pulmões
6. Exame cardiovascular
7. Exame do abdome
8. Exame neurológico
9. Exame musculoesquelético

A seguir, cada grupo irá preparar os estudantes de teatro para encenarem de forma padronizada (essa é uma palavra chave aqui: padronizada) três casos clínicos relacionados com o assunto do grupo, sendo um caso COVID-19, outro de uma doença frequente e outro de uma doença grave. Todos casos terão um script, que já vem da fase remota e deverão ser gravados em vídeos curtos com duração máxima de 10 min cada um, devendo contemplar três etapas: uma etapa de informação (briefing), uma etapa de ação (role play) e uma etapa de consolidação (debriefing).
A equipe docente do projeto ficará encarregada de elaborar uma EPA para cada um dos assuntos, os formulários das EPAs serão divulgados para todos os estudantes. Além disso, o formulário padronizado de avaliação para habilidades não técnicas de Oxford (Oxford NOTECHS) será o instrumento utilizado para quantificar a eficiência do trabalho da equipe que irá participar do atendimento do caso.
Cada vídeo descrevendo o assunto específico na prática (30 min) será editado com os três casos (até dez minutos cada um) e serão disponibilizados para todos os alunos se prepararem para as atividades simuladas. A seguir, ocorrerão as simulações de atendimento prático. Diversos cenários poderão ser utilizados: atenção primária (Unidades Básicas de Saúde), atenção secundária (Ambulatórios da FAMED), atenção terciária (Hospital Escola da UFPel/ EBSERH) e enfermaria de internação para pacientes COVID-19 . Todos estudantes assistirão a atividade. Serão sorteados três estudantes para compor a equipe de atendimento. Todos os casos encenados terão um briefing e um debriefing. Cada grupo deverá atender um caso sorteado de assunto específico. Como são nove assuntos e três casos por assunto, teremos 27 casos práticos encenados e discutidos com o acompanhamento de todos os 30 alunos estimados. Isso perfaz um total aproximado de 8h de atividades presenciais considerando briefing, role play, debriefing e intervalos. Todas discussões serão embasadas nos formulários EPA para o desempenho individual e Oxford NOTECHS para performance da equipe.
Terminadas a etapa presencial, os estudantes responderão uma avaliação com 50 questões objetivas selecionadas do banco de questões previamente elaborado e uma questão discursiva sobre os assuntos estudados. Haverá uma coluna específica para o estudante marcar as questões que tem certeza da resposta. Essa estratégia tem por objetivo identificar as áreas que precisam de atenção específica no caso de respostas erradas. Os estudantes também responderão um questionário de autoavaliação e um formulário de avaliação do curso.
Fica prevista em projeto uma confraternização simples no final das atividades com os acadêmicos do curso de teatro.
Os dados coletados serão analisados conforme projeto de pesquisa de autoria do professor coordenador do projeto a ser registrado no sistema Cobalto.
Conforme, dependendo da qualidade dos textos produzidos, o professor coordenador do projeto poderá editar um Ebook sobre Metodologias Ativas de Aprendizagem aplicadas ao ensino de semiologia médica.

Indicadores, Metas e Resultados

Será realizado controle de presença através da participação dos alunos.

Haverá realização de feedback discente em relação ao aproveitamento e organização das atividades.

ETAPA REMOTA

No final da etapa remota, cada grupo deverá ter produzido: uma biblioteca com, pelo menos, dez artigos em pdf sobre o assunto, uma apresentação em Power Point gravada (dentro da formatação padrão), uma vídeo conferência gravada, um texto (dentro da formatação padrão) objetivo e abrangente sobre o assunto, um banco de questões com, pelo menos, dez questões no formulário modelo do Google Classroom e os roteiros construídos em conjunto com os estudantes de teatro contemplando três casos clínicos por grupo, sendo um deles obrigatoriamente de COVID-19.

ETAPA INTEGRATIVA
Os estudantes seguirão divididos em nove grupos e produzirão, em conjunto com os alunos do teatro, um vídeo com, no máximo, 30 min sobre cada um dos assuntos revisados:
1. Entrevista médica
2. Registro da história clínica e abordagem por problemas
3. Sinais vitais e dados antropométricos
4. Exame da cabeça e do pescoço
5. Exame do tórax e dos pulmões
6. Exame cardiovascular
7. Exame do abdome
8. Exame neurológico
9. Exame musculoesquelético

Produção de três casos clínicos relacionados com o assunto do grupo, sendo um caso COVID-19, outro de uma doença frequente e outro de uma doença grave. Todos casos terão um script, que já vem da fase remota e deverão ser gravados em vídeos curtos com duração máxima de 10 min cada um, devendo contemplar três etapas: uma etapa de informação (briefing), uma etapa de ação (role play) e uma etapa de consolidação (debriefing).
A equipe docente do projeto ficará encarregada de elaborar uma EPA para cada um dos assuntos, os formulários das EPAs serão divulgados para todos os estudantes.
formulário padronizado de avaliação para habilidades não técnicas de Oxford (Oxford NOTECHS) será o instrumento utilizado para quantificar a eficiência do trabalho da equipe que irá participar do atendimento do caso.
produção de vídeos descrevendo o assunto específico na prática (30 min) editado com os três casos (até dez minutos cada um) e disponibilizados para todos os alunos.
produção de um briefing e um debriefing para cada ação.

Todas discussões serão embasadas nos formulários EPA para o desempenho individual e Oxford NOTECHS para performance da equipe.

Terminadas a etapa presencial, os estudantes responderão uma avaliação com 50 questões objetivas selecionadas do banco de questões previamente elaborado e uma questão discursiva sobre os assuntos estudados. Haverá uma coluna específica para o estudante marcar as questões que tem certeza da resposta. Essa estratégia tem por objetivo identificar as áreas que precisam de atenção específica no caso de respostas erradas. Os estudantes também responderão um questionário de autoavaliação e um formulário de avaliação do curso.

Os dados coletados serão analisados conforme projeto de pesquisa de autoria do professor coordenador do projeto a ser registrados no sistema Cobalto.

Conforme, dependendo da qualidade dos textos produzidos, o professor coordenador do projeto poderá editar um Ebook sobre Metodologias Ativas de Aprendizagem aplicadas ao ensino de semiologia médica.



Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
ALLISON LOURENÇO DOS SANTOS
BRENDA CASTRO DOS SANTOS
CLAUDIA CALDEIRA GOMES4
GABRIELLE DE SOUZA SANTOS DA SILVA
LUCAS BEZERRA FURTADO
MARIA ALICE SOUZA DE OLIVEIRA DODE4
MARIA DA CONCEIÇÃO BARCELOS FLORES
MURILO SILVEIRA ECHEVERRIA
NARA GRACA SALLES4
OLIVIA ABRANTES BORGES
PATRICIA CASTRO CARDONA
RAFAELA DOS SANTOS SCHNEID
SAMIR LUIZ DOS SANTOS SCHNEID20
VINÍCIUS LOPES MACHADO
ÉRICK RODRIGUES DE FREITAS

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