Nome do Projeto
Influência do distanciamento social decorrente da pandemia da COVID-19 nos hábitos de universitários brasileiros
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
17/08/2020 - 30/12/2020
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências da Saúde
Resumo
Em dezembro de 2019 novo coronavírus, conhecido como SARS-CoV-2, foi detectado causando doença coronavírus disease 2019 (COVID19). Distanciamento social previne a propagação da COVID-19, mas pode agravar estresse, depressão, ansiedade, aumentar sentimento de solidão, pânico e angústia que podem desencadear distúrbios endócrinos, elevar níveis séricos de hormônios como cortisol e leptina, substâncias associadas estresse, fome e saciedade. Aumento do tempo dentro de casa pode promover mudanças na ingestão de alimentos por outro lado o desestímulo à prática de atividades em ambientes externos, fechamento de clubes, academias, eliminação de deslocamento nas atividades diárias propicia diminuição de atividade física. Descrever mudanças que o distanciamento social, causou nos hábitos alimentares, ingesta de bebidas e atividade física de universitários brasileiros, relacionados à sexo, idade, região em que mora, área do curso realizado, grau de distanciamento que segue, morar sozinho ou acompanhado. Estudo transversal, através da plataforma online Formulários Google®, divulgado via internet através de aplicativos e redes sociais como WhatsApp, Instagram e Facebook enviado para estudantes de graduação brasileiros, com dezoito anos ou mais. Questionário baseado no Formulário de marcadores do consumo alimentar (SISVAN - 2008), International Physical Activity Questionnaire (IPAQ) – Short Forme2003 e na Organização Mundial da Saúde (OMS) contem seis seções (dados gerais, antropométricos, consumo alimentar e bebidas durante o distanciamento social, consumo alimentar e bebidas antes do distanciamento social, atividade física durante o distanciamento social e atividade física antes do distanciamento social). Para análises estatísticas será utilizado o pacote estatístico Stata®. Os testes serão baseados nos testes de qui-quadrado, tendência linear, será considerado nível de significância de 5%. O estudo foi encaminhado ao comitê de ética e pesquisa da faculdade de medicina da Universidade Federal de Pelotas - UFPel. Todos os participantes do estudo serão esclarecidos dos objetivos do estudo e concordarão o Termo de Consentimento Livre Esclarecido.

Objetivo Geral

Objetivo Geral: descrever as mudanças que o distanciamento social, decorrente da pandemia de COVID-19 causou sobre os hábitos dos universitários brasileiros.
Objetivos Específicos: descrever as mudanças das medidas de distanciamento social, decorrente da pandemia de COVID-19, no consumo alimentar e de água, de bebidas alcoólicas, alteração no peso e na prática de atividade física, relacionados às variáveis sexo, idade, região em que mora, área do curso realizado, grau de distanciamento que segue e se mora sozinho ou acompanhado.

Justificativa

A COVID-19 alterou a dinâmica social e os hábitos das pessoas submetidas ao distanciamento social (WEISSMAN et al., 2020), dessa forma estudos estão destacando esta interferência no contexto da saúde mental e física nos mais variados países do mundo. É nessa conjuntura que se torna necessária a avaliação da influência do distanciamento sobre os hábitos dos universitários brasileiros.

Metodologia

Trata-se de um estudo com delineamento transversal que será realizado a partir de um questionário online, acessível em qualquer aparelho eletrônico com acesso à Internet, com 67 perguntas, no qual o instrumento de coleta será realizado na plataforma Formulários Google® e será divulgado via internet utilizando-se aplicativos e redes sociais como WhatsApp, Instagram e Facebook, entre os dias 31 de agosto e 16 de setembro de 2020. Espera-se obter respostas de grande parte dos universitários, de todos os estados brasileiros. Apenas serão consideradas as respostas de indivíduos maiores de dezoito anos.
O questionário foi baseado no Formulário de marcadores do consumo alimentar (SISVAN - 2008) para a seção de consumo alimentar, para a seção de atividade física, no International Physical Activity Questionnaire (IPAQ) – Short Forme 2003 e na Organização Mundial da Saúde (OMS). A estrutura final resultou em seis seções, sendo elas:
Seção 1) Dados gerais com dez questões (idade, sexo, cidade e estado anteriores ao ingresso na faculdade, cidade e estado onde estuda, com quem morava no período anterior ao isolamento social, com quem mora atualmente, se continua na cidade onde estuda ou foi para outra cidade, universidade em que estuda, número de matrícula, área de conhecimento do curso e o grau de distanciamento social que o universitário segue, ou seja, se é alto, médio ou baixo);
Seção 2) Dados antropométricos com duas questões (peso, altura);
Seção 3) Consumo alimentar e de bebidas durante o distanciamento social com vinte questões (frequência de consumo nos últimos sete dias de: salada crua, legumes e verduras cozidos, frutas frescas e salada de frutas, feijão sem carnes, feijão com carnes, leite ou iogurte, batata frita, batata de pacote e salgados fritos, carne vermelha não processadas, carne branca, hambúrguer e embutidos, bolachas/biscoitos salgados ou salgadinhos de pacote, bolachas/biscoitos doces ou recheados, balas e chocolates, alteração no consumo durante o período de distanciamento social, alteração do peso durante o período de distanciamento social, se costuma comer mais comida feita em casa ou utilizar tele-entrega ou ambas em igual frequência) consumo de bebidas durante o distanciamento social com cinco questões (frequência de consumo nos últimos sete dias de refrigerantes, água, bebidas alcoólicas, quantidade média de consumo de água por dia, quantidade média de consumo de bebidas alcoólicas por semana);
Seção 4) Consumo alimentar antes das medidas de distanciamento social com dezoito questões (frequência de consumo no período anterior às medidas de distanciamento social de: salada crua, legumes e verduras cozidos, frutas frescas e salada de frutas, feijão sem carnes, feijão com carnes, leite ou iogurte, batata frita, batata de pacote e salgados fritos, carne vermelha não processadas, carne branca, hambúrguer e embutidos, bolachas/biscoitos salgados ou salgadinhos de pacote, bolachas/biscoitos doces ou recheados, balas e chocolates, se costumava comer mais comida feita em casa ou utilizar tele entrega ou ambas em igual frequência), consumo de bebidas antes das medidas de distanciamento social com cinco questões (frequência de consumo de refrigerante antes do distanciamento social em uma semana, frequência de consumo de água antes do distanciamento social em uma semana e quantos copos de água costumava ingerir por dia, frequência de consumo de bebidas alcoólicas antes do distanciamento social em uma semana e qual a quantidade média de bebia alcoólica costumava ingerir por semana);
Seção 5) Nível de atividade física durante o distanciamento social com sete questões (a frequência de prática de atividades físicas nos últimos sete dias entre atividades leves, moderadas e vigorosas e o tempo total em minutos dessas atividades);
Seção 6) Nível de atividades físicas antes das medidas de distanciamento social com sete questões (a frequência semanal de prática de atividades físicas, antes das medidas de distanciamento social, entre atividades leves, moderadas e vigorosas e o tempo total em minutos dessas atividades);
Para avaliar as associações entre fatores sociodemográficos e mudanças no consumo alimentar, ingestão de bebidas e prática de atividade física durante as medidas de distanciamento social serão utilizadas as variáveis idade, sexo, região onde estuda, com quem mora atualmente, área do conhecimento do curso e grau de distanciamento social.
Os dados obtidos pelo questionário serão colocados em uma planilha no programa Microsoft Excel®, e depois será usado o pacote estatístico Stata®, para realizar as análises do estudo. Serão realizadas análises descritivas por meio de frequências absolutas e relativas. Algumas das variáveis numéricas serão categorizadas. Será criado um escore para avaliar a adequação da atividade física de acordo com as recomendações da OMS. Os testes estatísticos serão baseados nos testes de qui-quadrado, de tendência linear e será utilizado um nível de significância de 5%. Com uma prevalência estimada de 50% um erro de 3p.p a um nível de confiança de 95% calculou-se um tamanho de amostra de 1067 estudantes.
Considerações éticas: o estudo foi encaminhado ao comitê de ética e pesquisa da faculdade de medicina da Universidade Federal de Pelotas - UFPel. Todos os participantes do estudo serão esclarecidos dos objetivos do estudo e concordarão o Termo de Consentimento Livre Esclarecido.

Indicadores, Metas e Resultados

A proposta deste projeto é aplicar um questionário à população de estudantes da graduação via uma plataforma online de forma a averiguar a repercussão da corrente crise sanitária sobre os diferentes aspectos acima apontados. Os resultados obtidos serão de valia para os profissionais da área da saúde, bem como para o público geral, uma vez que mostrarão um retrato da relação entre hábitos e distanciamento social bem como ajudar nas políticas públicas que atuam na prevenção de desfechos negativos à saúde em situação semelhante. Estima-se atingir uma amostra de 1067 estudantes.

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
AMANDA DOS REIS RIBEIRO
ANDRÉ LUIZ DA SILVA ARANHA
ARTHUR SILVA DA SILVA
BRUNA BASSI MICHEL
BRUNNA MACHADO MEDEIROS
CAROLINA CURCIO SESSEGOLO
DOUGLAS SIMÃO DA SILVA
DOUGLAS VERGARA MALKOUN
GABRIEL DANIELLI QUINTANA
GICELE COSTA MINTEM12
GIOVANNA MARTINES
ISABEL OLIVEIRA DE OLIVEIRA12
ISABELA SANTIAGO ROSA PIZANI
JOAO VITOR DE SOUZA PINTO
JULIA ARRIADA CABREIRA
KELLEN YEH
KETHRIN MAAHS KLEIN
LUANA DE OLIVEIRA RODRIGUES
MARIA ALICE SOUZA DE OLIVEIRA DODE12
MARINA ZANCHI PERSSON
PABLO ENRIQUE SANABRIA ROCHA
THAINA LEITE PALUDETO
VINICIUS KAISER QUEIROZ

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