Nome do Projeto
Centenário do Álbum de Pelotas de 1922: fotografias, memória e história
Ênfase
Extensão
Data inicial - Data final
15/02/2021 - 30/12/2022
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Humanas
Eixo Temático (Principal - Afim)
Cultura / Educação
Linha de Extensão
Patrimônio cultural, histórico e natural
Resumo
Em 1922 o Brasil completou 100 anos da proclamação da sua Independência política. Efeméride importante na história do país, a data foi celebrada em diferentes cidades, na ocasião, com organização de eventos e publicações. Entre as obras publicadas, estava o Álbum de Pelotas de 1922. Trata-se de uma coletânea de textos e fotografias que, para além de demarcar o centenário, celebrava a história da cidade de Pelotas apresentando determinados aspectos do passado, com foco em seus escritores, seus recursos nos mais diversos campos – educacional, hospitalar, religioso, entretenimento, comercial, entre outros. O destaque do Álbum é o conjunto fotográfico que apresenta uma urbe que se deseja moderna, com ruas largas e praças ajardinadas e casarões de arquitetura eclética. Ainda, fotografias do movimento das ruas, do prédio da prefeitura, da Biblioteca Pública Pelotense, do Mercado Central, de algumas residências particulares e de outros prédios públicos e de instituições financeiras e comerciais compõem o conjunto fotográfico que narra, e eterniza nas páginas do Álbum, a memória e a história da cidade. Em 2022, serão completados os cem anos da publicação do Álbum e o bicentenário da Independência do Brasil. A proposta deste projeto – que envolve a extensão e a pesquisa – é celebrar o centésimo aniversário do Álbum a partir da publicação de uma coletânea que será dividida em três partes. A primeira parte contará com a colaboração de pesquisadores que discutirão temáticas presentes nos textos e nas fotografias do Álbum. A segunda parte apresentará um comparativo entre as fotografias veiculadas no Álbum em 1922 com fotografias atuais da cidade com ângulos próximos ou similares àquelas. A terceira parte da coletânea abordará temáticas específicas, como o legado patrimonial e o legado educacional de Pelotas e outras que não foram contempladas na publicação de 1922: os impactos da escravização antes e no pós-abolição, os arrabaldes da cidade, as heranças indígena e quilombola, os trabalhadores, a área rural, as religiões de matriz africana, entre outros temas. O Álbum de Pelotas de 1922 se tornou um documento relevante para a história da cidade, assim como objeto de desejo de colecionares, pesquisado por historiadores e ainda presente em muitas casas pelotenses, constituindo-se também como parte da memória de Pelotas. No entanto, ele narra um passado específico, com problemas, interesses e preocupações do seu tempo, relacionado com uma parte dessa história, de acordo com nosso entendimento historiográfico contemporâneo. Ao celebrar os seus 100 anos, nosso objetivo é rememorar os temas que preencheram suas páginas com textos e fotografias e trazer à discussão outros assuntos que merecem ser discutidos na atualidade, contribuindo, assim, para a construção de outras narrativas sobre a história da cidade de Pelotas.

Objetivo Geral

Organizar uma coletânea comemorativa aos 100 da publicação do Álbum de Pelotas de 1922, a qual será composta por três partes: primeira, por capítulos produzidos por pesquisadores locais que abordarão temáticas contempladas no Álbum em 1922; segunda, por um estudo comparado entre as imagens de 1922 com fotografias dos espaços urbanos atuais da cidade e, por fim, a terceira parte com capítulos com temáticas sobre a história de Pelotas não contempladas na publicação de 1922.

Justificativa

O presente projeto, como explicado em seu resumo e em seu objetivo geral, pretende organizar a publicação de uma coletânea sobre o Álbum de Pelotas, o qual completará, em 2022, cem anos de sua publicação. A justificativa, além do propósito de celebrar a data, também é apontada a partir das seguintes colocações. Primeira, destaca-se a relevância do próprio Álbum, documento importante para estudar a história de Pelotas a partir de seus textos e de suas fotografias. Segunda, a pretendida análise comparativa entre as fotografias publicadas em 1922 com outras, atuais e com ângulos próximos ou similares, resultará em um diagnóstico sobre as transformações urbanas, das modificações ocorridas em seu patrimônio arquitetônico. A apresentação das fotografias comparadas, portanto, tornar-se-á importante referência para estudos posteriores sobre as transformações da paisagem urbana da cidade. Terceira, a coletânea pretende incluir outros temas relevantes do passado pelotense que não foram contemplados em 1922. Dessa forma, o que se almeja com a coletânea é, além de marcar a data do centenário da publicação do Álbum, contribuir para a ampliação dos estudos sobre a história e a memória de Pelotas.

Metodologia

- Reprodução das fotografias do Álbum de 1922.
- Realização de fotografias com ângulos próximos ou similares às imagens do Álbum de 1922.
- Realização de fotografias de outras paisagens urbanas (arquitetônica, humana e natural) de Pelotas na contemporaneidade.
- Pesquisa bibliográfica sobre a memória e a história da cidade de Pelotas entre 1922 e 2022.
- Desenvolvimento de reflexão e análise das transformações da cidade entre 1922 e 2022 e as apropriações culturais por parte da população em seus diferentes segmentos sociais.
- Os capítulos serão produzidos por pesquisadores de diversas áreas do conhecimento.

Indicadores, Metas e Resultados

- Organização da coletânea com imagens e textos de diferentes autores convidados.
O livro será composto por três partes:
PARTE I: Pelotas no Álbum de 1922
PARTE II Pelotas de 1922 para 2022
PARTE III Pelotas de 2022 para o futuro

O Sumário inicial do livro prevê os seguintes temas:

PARTE I: Pelotas no Álbum de 1922
1. O Álbum de Pelotas de 1922
2. A fotografia, Clodomiro Carriconde e a cidade de Pelotas
3. Crônica e fotografia
4. O Álbum de 1922 como inspiração
5. A Literatura e o Álbum de Pelotas
6. Arquitetura pelotense no Álbum de 1922
7. A História de Pelotas contada no Álbum
8. Pelotas e as elites do passado no Álbum
9. Os mapas da cidade publicados no Álbum
10. As mulheres e a Fotografia no Álbum
11. Instituições hospitalares no Álbum
12. Instituições de ensino no Álbum (parte I)
13. Instituições de ensino no Álbum (parte II)
14. Instituições religiosas no Álbum
15. Os hotéis no Álbum
16. O Cemitério no Álbum
17. Uma história da alimentação a partir do Álbum de Pelotas
18. Estabelecimentos comerciais/propaganda no Álbum

PARTE II Pelotas de 1922 para 2022
Comparativo com a reprodução das fotografias de 1922 e fotografias de 2022

PARTE III Pelotas de 2022 para o futuro
1. O legado patrimonial de Pelotas
2. Fotografia, Memória e Patrimônio
3. O legado educacional de Pelotas
4. Os museus de Pelotas
5. Bairros e Lugares de memória: a Colônia de pescadores Z3
6. Bairros e Lugares de memória: o Bairro Porto
7. Bairros e Lugares de memória: os Bairros Fragata e Três Vendas
8. Bairros e Lugares de memória: os Bairros Balsa, Navegantes e Fátima
9. Pelotas e a zona rural
10. As periferias da cidade
11 O passado indígena de Pelotas
12. Os negros em Pelotas
13. Quilombolas em Pelotas
14. Os clubes carnavalescos negros de Pelotas
15. As religiões de matriz africana em Pelotas
16. Espaços negros
17. As ruas da cidade
18. Os trabalhadores da cidade
19. Pelotas e a Pandemia de COVID-19

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
ARISTEU ELISANDRO MACHADO LOPES5
BETHÂNIA LUISA LESSA WERNER
EULER FABRES ZANETTI
GEOVANI DE FREITAS SILVA FILHO
GUILHERME PINTO DE ALMEIDA
LARISSA CERONI DE MORAIS
LUCAS PEDRA DE CASTRO
LUÍS FERNANDO OLIVEIRA CAMPOS
MAURO DILLMANN TAVARES4

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