Nome do Projeto
LADRA - Laboratório de dramaturgia
Ênfase
Extensão
Data inicial - Data final
01/04/2021 - 19/12/2022
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Linguística, Letras e Artes
Eixo Temático (Principal - Afim)
Educação / Cultura
Linha de Extensão
Artes integradas
Resumo
O LADRA - Laboratório de dramaturgia - é um projeto unificado, com ênfase na extensão, mas que tem desdobramentos e ações na pesquisa e no ensino. O eixo da extensão tem como cerne oficinas de criação dramatúrgica desenvolvidas em escola da rede pública estadual, mais especificamente no ensino médio. O eixo do ensino abriga o trabalho desenvolvido por alunos do curso de Teatro e de outras graduações nas disciplinas "Dramaturgia" e "Laboratório de criação dramatúrgica". A pesquisa, por seu turno, contempla as análises das criações dramatúrgicas produzidas no âmbito do LADRA, entrelaçadas com os aportes teóricos vinculados ao tema.

Objetivo Geral

Desenvolver a criação dramatúrgica, em distintos formatos, como ferramenta pedagógica nas escolas e na universidade.

Justificativa

Ciente das transformações que vinham ocorrendo ao longo do século XX na compreensão do que é dramaturgia, Patrice Pavis, em "Dicionário de teatro", propõe três acepções possíveis para a palavra. Na primeira delas, dramaturgia é explicada em seu sentido original, a partir da definição presente em um dicionário de língua francesa: “arte da composição de peças de teatro” (PAVIS, 2008, p. 113). Essa visão clássica do termo vincula-se à publicação de uma peça teatral (por exemplo, "Vestido de noiva") ou à produção de determinado autor teatral (como a dramaturgia de Nelson Rodrigues, compreendendo-se aí a totalidade de suas peças) ou ainda a um certo conjunto de obras (por exemplo, a dramaturgia marginal ou a dramaturgia renascentista, expressões que abarcam a produção de um conjunto de dramaturgos agrupados por alguma característica em comum). Ainda segundo Pavis: “A dramaturgia clássica examina exclusivamente o trabalho do autor e a estrutura narrativa da obra. Ela não se preocupa diretamente com a realização cênica do espetáculo” (PAVIS, 2008, p. 113). Assim, considerando-se a visão clássica de dramaturgia, um estudo dramatúrgico terá a construção dos personagens, a estruturação dos diálogos em direção ao clímax e o posterior desfecho da trama como os principais focos de análise. Nesse caso, a peça escrita é compreendida como uma estrutura fechada em si mesma, completa, apta para ser transposta para a cena, tendo o conflito como impulsionador das ações, responsável pelo aumento gradativo da tensão dramática.
Para Pavis, a intervenção de Brecht, ao propor a forma épica de representação, conferiu um novo sentido à palavra dramaturgia, que se ampliou, passando a abrigar simultaneamente duas estruturas da peça, a formal e a ideológica. Na verdade, desde a consolidação do trabalho do encenador a partir de nomes como Antoine, Lugne-Pöe e Reinhardt, entre outros, ficou evidente que o texto encenado tem por objetivo produzir um certo efeito no espectador. Por essa razão, a concepção do encenador passou a ser entendida como determinante para a compreensão da dramaturgia do espetáculo. Em função do exposto acima, na segunda acepção de Pavis, a dramaturgia “abrange tanto o texto de origem quanto os meios cênicos empregados pela encenação” (PAVIS, 2008, p. 113).
Na terceira acepção do "Dicionário de teatro", tem-se a visão mais recente sobre dramaturgia, já que a palavra está vinculada à atualização de como é entendida a atividade do dramaturgo, que passa a compreender o trabalho em equipe com os demais criadores do espetáculo. Nessa acepção, dramaturgia designa: O conjunto das escolhas estéticas e ideológicas que a equipe de realização, desde o encenador até o ator, foi levada a fazer. Este trabalho abrange a elaboração e representação da fábula, a escolha do espaço cênico, a montagem, a interpretação do ator, a representação ilusionista ou distanciada do espetáculo. (PAVIS, 2008, p. 113-114).
Considerando essa noção mais larga de dramaturgia identificada por Pavis, agregada ao fato de que ela está presente também em outros formatos além do teatral, como no cinema, nas mídias digitais, na televisão, em produtos publicitários, nas artes visuais etc., o Laboratório de dramaturgia configura-se como um espaço de exploração de criações dramatúrgicas em diferentes formatos. Nesse sentido, ele é entendido como um amplo campo a ser explorado pedagogicamente nas escolas e nas universidades, em distintas áreas.
Por outro lado, a possibilidade de criar dramaturgia em suporte audiovisual, através de cenas curtas a partir de formatos como fotodramas, cenas de animação, comerciais, vídeos performáticos etc., configura-se como uma atividade viável diante da pandemia de COVID - 19, já que pode ser desenvolvida também no modo remoto.

Metodologia

Enquanto projeto unificado, o LADRA se desenvolverá em 3 eixos: extensão, ensino e pesquisa.
O campo da extensão terá como ênfase a oferta contínua de uma oficina de criação dramatúrgica em uma escola da rede estadual de Pelotas, que tenha um professor que se voluntarie para ser colaborador do projeto. A oficina será ofertada no modo remoto, sendo destinada a alunos do ensino médio, com início previsto para abril.
O eixo de ensino abrigará as produções desenvolvidas pelos alunos da Universidade matriculados nas disciplinas "Dramaturgia" e "Laboratório de criação dramatúrgica".
A ação de pesquisa consistirá em leituras vinculadas ao tema, em criações ou análises dramatúrgicas desenvolvidas em trabalhos de conclusão de curso (TCC) ou em estudos das produções desenvolvidas no âmbito da extensão e do ensino.

Indicadores, Metas e Resultados

Espera-se, a partir das atividades desenvolvidas pelo Laboratório de dramaturgia:
- Ampliar o conhecimento acerca da dramaturgia expandida na escola e na universidade.
- Investigar distintas possibilidades de criação dramatúrgica junto aos participantes do projeto.
- Potencializar a criação dramatúrgica como ferramenta pedagógica.

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
ALICE PEREIRA BUCHWEITZ
Ana Sofia Chaverra Ramirez
BARBARA CRUZ NUNES
BRUNO PETER OLIVEIRA
CAIO TAVARES PORCIUNCULA
DAYANNA MICHELLE CANON PEREZ
JOAQUIM LUCAS DIAS DOS SANTOS
LARISSA GONÇALVES MEDEIROS
LOUIS MACEDO WOTTER
LUIZA LOUZADA DOS REIS
Leidy Katherine Rodríguez Herrera
MARINA DE OLIVEIRA20
Marcela Garzón Cotacio
María Paula Carvajal Agudelo
Mónica Julitza Pineda Arévalo
NICOLE PIRES GONZALES
Stefania Pacheco Acosta
VITORIA SANDRINI VERGARA

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