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O empreendimento e labor na execução do presente projeto não são coisas nascidas em preceitos da academia, mas sim em um sentimento mais grandioso e ao mesmo tempo tão mais simples; este empreendimento é baseado no principio da solidariedade e no dever moral que os estudantes da UFPel detêm em relação a uma sociedade que sustenta o ensino superior sem ter a contra prestação devida por parte da Universidade. Nossa tarefa é algo simples, porém não se confunde com amadorismo é óbvio, por muitas vezes, o conhecimento complexo e científico
que esconde e oculta sua condição pelo próprio fato de sua satisfação e pelo exercício da verdade, transfere o que deveria ser nossa responsabilidade coletiva, para o mais odioso desinteresse pelo semelhante. Verdade que nesses tempos sombrios eleva-se vozes para efetivação e práticas dignificantes,contrárias a submissão e ao desdém em relação aos seres humanos despossuídos de riquezas que possam entesourar; um teórico que nos move como suporte é o educador Paulo Freire. Numa perspectiva de uma educação para a transformação, para a liberdade e para a autonomia, da politicidade e da consciência crítico-reflexiva, pois estas são que suscitarão uma nova práxis. Nosso trabalho contém a mesma iluminação da crença na pessoa/educando, apostar na educação deste , ainda que seja simplesmente ,dentro de um curso preparatório para o acesso a universidade. Este curso pré universitário explica-se pela exclusão cansativa e repetitiva em nossa terra, que afasta milhões de jovens dos sonhos para um amanhecer mais doce e mais rico. Sendo, assim este projeto rejeita categoricamente o conformismo e a mera retórica estéril e vazia. Que oferecimento extraordinário se arranjara com os estudantes e jovens que queiram e sonham um dia estar junto de nós na Universidade? A ideia do Desafio, parte de um principio básico: a solidariedade e o dever moral que os estudantes da UFPel, juntamente com as pessoas que constroem a história desta instituição, detêm em relação com a grande parcela da sociedade que sustenta o ensino superior sem dele fazer parte. Como o próprio nome sugere o Desafio de proporcionar a classe trabalhadora o acesso a Universidade pública, reuniu-se em agosto de 1993 um grupo de alunos que buscou a viabilização da ideia de um pré-vestibular gratuito. Proposta esta tendo como objetivo principal romper as barreiras do academicismo e colocar em pratica a visão de indissociabilidade de ensino, pesquisa, extensão transformando o espaço de construção e interação com segmentos locais. A meta principal é possibilitar o acesso de segmentos economicamente a uma cultura elaborada e como consequência a aprovação no processo seletivo para ingresso na UFPel, para que sendo participes tenham maiores condições de uma intervenção social mais consciente.

O projeto tem ações voltadas aos educandos: aulas ministradas toda a semana por áreas do conhecimento, bem como a possibilidade de realização de oficinas, aulões nos fins de semana, intervenções dos movimentos sociais dentro do curso, espaços de formação sobre educação popular e sobre as formas de ingresso no ensino superior, e avaliações periódicas sobre o funcionamento do curso.
Processo de Seleção: Devido ao grande número de pessoas que buscam esse projeto, tornou-se necessário a instalação de um processo seletivo. Diante dos objetivos, tal seleção nos parece ser injusta e até contraditória, mas a limitação material e humana nos condiciona a encontramos a saída que nos permitam pelo menos, darmos conta de pelo menos parte de um problema social tão palpável quanto angustiante. A seleção dos alunos para cada edição do projeto Desafio é feita em quatro etapas. 1ª Parte organização, preparação e discussão para o processo, seguido de divulgação de data e local de inscrições 2ª Parte inscrições e 3ª parte entrevistas e entrega da documentação comprobatória de baixa renda. São selecionados 240 pessoas, duas turmas por turno (diurno e noturno).
Ações voltadas aos estudantes da UFPel: Ciclos de formação sobre educação popular, temáticas relacionadas e processos de ensino/ aprendizagem, assembléias gerais, organização de oficinas.

número de alunos selecionados
número de turmas atendidas
evasão
número de alunos aprovados em instituições públicas