Nome do Projeto
NEUROCIÊNCIAS: PROMOVENDO SINAPSES
Ênfase
Extensão
Data inicial - Data final
01/04/2021 - 01/10/2024
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Biológicas
Eixo Temático (Principal - Afim)
Educação / Saúde
Linha de Extensão
Divulgação científica e tecnológica
Resumo
Nos últimos anos, a neurociência tem crescido e se tornado um campo de pesquisa interdisciplinar que busca explicar as relações estruturais e funcionais do sistema nervoso. Conhecer a neurociência e saber interpretá-la é tarefa árdua, porém necessária. Entretanto, temáticas científicas - como as abordadas pela neurociência - muitas vezes parecem distantes do conhecimento popular e do cotidiano das pessoas. Esse distanciamento pode ser prejudicial para a sociedade como um todo e, portanto, se torna um paradigma a ser superado. O projeto “Neurociências: Promovendo Sinapses” é pensado para levar ações de neuroscience literacy – “alfabetização em neurociência” -, que promove a popularização da ciência em uma linguagem simples. Um campo a servir como meio para essa mudança é a Educação Básica, uma vez que - dentre outras razões - crianças e adolescentes são mais suscetíveis a situações novas e que estimulem sua curiosidade, podendo tornar-se vetores do conhecimento científico. Além disso, estímulos como a exposição de um mundo novo, como a neurociência, aos jovens, mostra como a carreira científica pode ser uma possibilidade profissional no futuro.
Objetivo Geral
Elucidar a neurociência de forma lúdica, com materiais ilustrativos, jogos, quizes, conversas com pesquisadores, para alunos de ensino básico de escolas públicas, estimulando o aprendizado motivacional e o entendimento do funcionamento do próprio sistema nervoso e da saúde mental.
Justificativa
A neurociência tem ganhado relevância em diversos eixos científicos, logo, é necessária maior responsabilidade sociocientífica quanto à popularização da ciência. Para suprir essa nova demanda, o termo “neuroscience literacy” - em português, “alfabetização em neurociência” (AN), - foi cunhado. Zardetto-Smith e colaboradores (2009) descrevem a AN como o conhecimento e entendimento de conceitos e processos neurocientíficos necessários para a compreensão de conceitos relacionados a doenças e distúrbios neurológicos, bem como a forma como os humanos interagem com seu ambiente e uns com os outros. Bergmann (2017) dispõe sobre a AN como aptidão para compreender a neurociência como uma ciência socialmente englobada e estar ciente das consequências da pesquisa neurocientífica para a vida pessoal e social. Por isto a introdução da AN é tão importante nos diversos níveis escolares, mas principalmente no ensino básico, uma vez que as crianças ainda estão construindo saberes e consciência. Além disso, projetos como o “Neurociências: Promovendo Sinapses” podem ser ferramentas na inserção de questões mais aprofundadas sobre neurociências, auxiliando o ensino básico a suprir o material muitas vezes raso da base curricular sobre o assunto. Outro conceito que pode ser superado com este projeto são os “neuromitos”. O neuromito pode ser descrito como a interpretação equívoca de conceitos neurocientíficos, como por exemplo, dizer que o processo de memorização é como um computador, conceito este já desmentido pela literatura. Os impactos dos neuromitos e da precária AN podem ser observadas em um estudo (n=2158) realizado no Brasil em 2002 por Herculano-Houzel: o questionário desenvolvido pela pesquisadora com questões relacionadas ao cérebro mostrou que o público reconhece os benefícios da pesquisa sobre o cérebro para percepções da natureza humana e para a melhoria
da qualidade de vida. Contudo, também demonstra que há uma falta de conhecimento dos resultados da pesquisa neurocientífica básica, uma vez que neuromitos eram repassados como conceitos corretos e fundamentados. Além disso, a compreensão do público sobre os resultados de pesquisas neurocientíficas é complicada pela distribuição da mídia, com uma divulgação científica pobre e linguajar, muitas vezes, rebuscado criando falsas expectativas, mal- entendidos e até mesmo medo, como exposto por Bueno (2010). Por isso, promover a neurociência de forma apropriada pode resolver este problema, de acordo com Bergmann (2017) e Holbrook e Rannikmae (2009). Organizações científicas filantrópicas como a DANA Foundation ou a Society for Neuroscience promovem o engajamento da comunidade científica para fazer com que a popularização da ciência seja um movimento real e frutífero com a ajuda de campanhas educacionais, fóruns e publicações de artigos compreensíveis e a criação de projetos como “Neurociências: Promovendo Sinapses”, que podem levar conhecimento de uma forma simples e lúdica.
da qualidade de vida. Contudo, também demonstra que há uma falta de conhecimento dos resultados da pesquisa neurocientífica básica, uma vez que neuromitos eram repassados como conceitos corretos e fundamentados. Além disso, a compreensão do público sobre os resultados de pesquisas neurocientíficas é complicada pela distribuição da mídia, com uma divulgação científica pobre e linguajar, muitas vezes, rebuscado criando falsas expectativas, mal- entendidos e até mesmo medo, como exposto por Bueno (2010). Por isso, promover a neurociência de forma apropriada pode resolver este problema, de acordo com Bergmann (2017) e Holbrook e Rannikmae (2009). Organizações científicas filantrópicas como a DANA Foundation ou a Society for Neuroscience promovem o engajamento da comunidade científica para fazer com que a popularização da ciência seja um movimento real e frutífero com a ajuda de campanhas educacionais, fóruns e publicações de artigos compreensíveis e a criação de projetos como “Neurociências: Promovendo Sinapses”, que podem levar conhecimento de uma forma simples e lúdica.
Metodologia
O projeto visa promover a parceria entre a universidade e a comunidade e será desenvolvido em escolas públicas, com alunos de ensino básico. Para avaliar o conhecimento básico dos alunos envolvidos na açã o serão aplicadas questões simples, como por exemplo “o que é o cérebro?” e “o que é a memória?”. Serão personalizarmos materiais didáticos para serem utilizados pelo projeto, de acordo com a demanda intelectual dos alunos. O trabalho será uma ação de educação, onde materiais lúdicos, como ilustrações anatômicas, jogos que permitam a interação social e o aprendizado, questionários para a fixação das informações, conversas entre alunos e pesquisador, mediado pelos professores da escola, vídeos explicativos, entre outros, serão empregados para elucidar questões acerca da neurociência. O projeto será desenvolvido de acordo com a disponibilidade de cada instituição.
Indicadores, Metas e Resultados
O projeto pretende gerar um ambiente propício ao aprendizado sobre a neurociência e impactar positivamente no modo em que as crianças encaram o funcionamento do sistema nervoso. Segundo Bergmann (2017) pessoas que passaram por ações de AN devem ser capazes de tomar decisões fundamentadas em neurociências quanto à saúde e cuidados pessoais e ser capaz de transmitir esse conhecimento para um membro da família apoiando a função ideal do sistema nervoso e a participação em todo o espectro de vida. Os alunos que participarem desta atividade extensionista serão avaliados qualitativamente quanto ao engajamento na ação, transmissão das informações recebidas à família e comunidade e reflexo dessas informações na tomada de decisões e serão feitas novamente as perguntas básicas do início do projeto para observar se as respostas dadas pelos alunos serão diferentes. Será requisitado um feedback do professor envolvido e da família dos alunos sobre a evolução dos alunos após a aplicação do projeto. Segundo Holbrook e Rannikmae (2009), terão bons resultados frente à NA os alunos que alcançarem o desenvolvimento do instinto de investigação científica para entender o funcionamento do próprio organismo; entendimento de conceitos básicos sobre neurociência e criação de habilidades relacionadas à criatividade e iniciativa. Como encerramento da ação, será proposta uma atividade expositiva aos alunos, para que possam apresentar o que aprenderam durante a ação, ou curiosidades acerca do tema que mais lhe chamou atenção.
ATIVIDADES DO PROJETO DURANTE A PANDEMIA
Devido à pandemia do novo coronavírus SARS-CoV-2, as atividades iniciais do projeto serão feitas de forma remota. Reuniões acerca do andamento, desenvolvimento de materiais, revisão da literatura serão realizadas por meio de encontros online. Caso necessário, a apresentação do grupo e a primeira interação extensionista será de modo síncrono, em plataformas online, de acordo com a disponibilidade das escolas parceiras.
ATIVIDADES DO PROJETO DURANTE A PANDEMIA
Devido à pandemia do novo coronavírus SARS-CoV-2, as atividades iniciais do projeto serão feitas de forma remota. Reuniões acerca do andamento, desenvolvimento de materiais, revisão da literatura serão realizadas por meio de encontros online. Caso necessário, a apresentação do grupo e a primeira interação extensionista será de modo síncrono, em plataformas online, de acordo com a disponibilidade das escolas parceiras.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
AMANDA FERREIRA DA SILVA | |||
ANGÉLICA SCHIAVOM DOS REIS | |||
BRIANA BARROS LEMOS | |||
BRUNA WEEGE DA SILVEIRA MARTINS | |||
CAROLINA CRISTOVÃO MARTINS | |||
CAROLINE DA COSTA FAGUNDES | |||
CRISTIANE LUCHESE | 1 | ||
Caren Aline Ramson da Fonseca | |||
EDUARDA BRAGA FERNANDES | |||
ETHEL ANTUNES WILHELM | 1 | ||
GUILHERME TEIXEIRA VOSS | |||
JAINI JANKE PALTIAN | |||
JULIA DA SILVA CHAVES | |||
JULIA VICENTE BIONDI | |||
KARLINE DA COSTA RODRIGUES | |||
KETLYN PEREIRA DA MOTTA | |||
MARCIA FOSTER MESKO | 1 | ||
NICOLE PAVELAK BECKER | |||
RENATA LEIVAS DE OLIVEIRA | |||
VANESSA MACEDO ESTEVES DA ROCHA |