Nome do Projeto
Estudo retrospectivo das alterações hematológicas e bioquímicas e sua relação com a terapia instituída em animais de companhia atendidos no HCV –FV - UFPel
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
17/05/2021 - 12/05/2023
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Agrárias
Resumo
Cães e gatos estão ganhando cada vez mais espaço como membros da família, o que tem contribuído no aumento da expectativa de vida desses animais. Sendo que, com o maior cuidado e atenção veterinária aos animais, associado ao aumento da longevidade, é normal que doenças ligadas ao envelhecimento se manifestem, como a exemplo do câncer (SALA, 2012; RODASKI, 2009), que é considerado uma das principais causas de morbidade e de mortalidade de cães e gatos idosos (WHITROW et al., 2013).
É consenso a importância da avaliação completa do paciente para a definição do diagnóstico, prognóstico e terapia dos animais portadores de câncer (CEOLIN, 2011), sendo o diagnóstico precoce a melhor ferramenta para maior sucesso no tratamento do paciente (NEIVA, 2019). Porém antes de instituir o protocolo terapêutico, dados de hemograma e avaliação da função renal e hepática devem ser analisados. Os achados dos exames complementares estão diretamente relacionados com o tipo tumoral, a localização anatômica e a gravidade dos sinais sistêmicos, além da terapia instituída. Assim, o hemograma completo e perfil bioquímico de função hepática e renal, entre outros (VAIL, 2007; COUTO, 2010), permitem uma melhor definição da fase e do estado geral do animal, assim como auxiliam no prognóstico do paciente e evolução do tratamento (CEOLIN, 2011). Apesar dos avanços e do surgimento de novas opções de tratamento, a quimioterapia antineoplásica ainda é rotineiramente utilizada nos pacientes com câncer, sendo empregada como terapia única ou como adjuvante e ainda, como neoadjuvante a outros tratamentos (GHULAM et al., 2008). A falta de especificidade dos fármacos antineoplásicos utilizados, que causam danos a células em rápida multiplicação, sejam elas neoplásicas ou não, causa ao paciente uma série de efeitos adversos (MELO et al., 2011). Dados de literatura demonstram que os animais de estimação (IPB, 2019), tem sido alvo de maior cuidado e a proximidade com as pessoas, sendo que o diagnóstico e a busca por tratamento do câncer tem se intensificado. Diante da importância do câncer para os animais de companhia, o acompanhamento hematológico do paciente é fundamental. Assim como, informações acerca do que ocorre nos pacientes em tratamento do câncer nos diversos protocolos e, entender as alterações ocorridas nos parâmetros hematológicos e bioquímicos destes, poderá auxiliar na intervenção precoce pelo oncologista e/ou clínico veterinário, justificando o desenvolvimento deste projeto.
Objetivo Geral
Identificar as alterações hematológicas observadas nos pacientes com câncer de acordo com a terapêutica instituída e, verificar as neoplasias diagnosticadas nos animais de companhia atendidos no HCV-FV-UFPel e que solicitaram exames.
Justificativa
O incremento na casuística de atendimento de pacientes com câncer no HCV – UFPel e a inexistência de estudos relacionando as neoplasias, terapia e prognóstico com alterações laboratoriais assim como, a importância do acompanhamento periódico destes pacientes durante o tratamento de neoplasia, torna indiscutível a relevância dos exames diagnósticos. A proposta de pesquisa aqui apresentada objetiva, entender e acompanhar as alterações laboratoriais ocorridas em pacientes com câncer e correlacionar com os diferentes protocolos terapêuticos instituídos. É muito importante o entendimento da dinâmica do paciente, e da individualização desde frente ao câncer e aos tratamentos instituídos, colaborando assim com a clínica para que possam ser implementadas medidas preventivas para os pacientes, e que se tenha uma melhor resposta à terapia e recuperação do animal.
Dessa forma, a análise de dados da rotina do laboratório justifica-se pela praticidade e sensibilidade e por não necessitarem de métodos invasivos para a obtenção de material biológico.
Dessa forma, a análise de dados da rotina do laboratório justifica-se pela praticidade e sensibilidade e por não necessitarem de métodos invasivos para a obtenção de material biológico.
Metodologia
3. Metodologia
3.1 Coletas e análises das amostras
A pesquisa será desenvolvida na Universidade Federal de Pelotas, Faculdade de Veterinária, no Laboratório de Patologia Clínica (LPCVET), Hospital de Clínicas Veterinária - HCV. O estudo será retrospectivo, quantitativo e descritivo, sendo realizado um levantamento no banco de dados envolvendo todos os pacientes portadores de câncer, submetidos a coleta de material para exames hematológicos e citológicos.
Para as análises, serão incluídos cães e gatos de diferentes raças e idades, atendidos no ambulatório CEVAL e HCV – UFPel, entre os anos de 2015 e 2021. Os pacientes serão agrupados, segundo a faixa etária, em categorias: FAIXA A: filhote a jovem (zero a 2a); FAIXA B: adulto a maduro (3a a 10a) e FAIXA C: idoso >11a), seguindo a classificação de acordo com Vogt et al. (2010).
Pacientes em que não houverem dados referentes ao tipo neoplásico ou terapia instituída serão excluídos do estudo.
Os resultados dos exames, que foram realizados rotineiramente no LPCVET, serão obtidos a partir das solicitações de exames e das fichas dos pacientes. No desenvolvimento do estudo será realizada a descrição dos resultados dos hemogramas de rotina dos animais, considerando-se individualmente o paciente e cada tipo de neoplasia, e descritas ainda as alterações encontradas durante o tratamento. Assim como serão avaliados exames bioquímicos
As contagens totais de eritrócitos, leucócitos e plaquetas, hematócrito e a determinação da concentração de hemoglobina foram realizadas no equipamento Sysmex® modelo pocH-100iV Diff. Nas extensões sanguíneas coradas com panótico rápido foram realizadas a contagem diferencial de leucócitos, as avaliações morfológicas dos eritrócitos e leucócitos e a estimativa do número de policromatófilos (policromasia). Os valores utilizados como referência para caracterizar a anemia foram os descritos por Feldman et al. (10).
O grau de anemia foi classificado pelo valor do hematócrito (Ht), em que percentuais entre 30 e 37% indicam anemia leve, entre 20 e 29% anemia moderada, entre 13 e 19% anemia severa e abaixo de 13% anemia muito severa. A presença de policromatófilos (policromasia) nas lâminas de esfregaço sanguíneo, foi utilizada para classificar a anemia como regenerativa ou não regenerativa, considerando-se anemia não regenerativa quando o grau de policromasia foi 0 (nenhum), ou raro +1 (11). Os índices hematimétricos de VGM e CHGM foram utilizados para classificar a anemia em normocítica e normocrômica.
A aferição da concentração de proteína plasmática total (PPT) e fibrinogênio plasmático foram realizadas, após centrifugação da amostra, através de refratometria (Thrall, 2015).
Para a avaliação do perfil hepático e renal foram utilizadas dados das amostras de soro sanguíneo. Foram avaliadas as enzimas ALT, PA, uréia e creatinina. Para análise enzimática utilizaram Kits (Cobas – Roche®) e processados no Analisador Cobas c111, destinado à determinação in vitro de química clínica utilizando análise fotométrica.
Os resultados serão apresentados descritivamente e as informações obtidas serão discutidas em relação à literatura específica.
4.0 - Análise estatística
A análise estatística será feita utilizando ferramentas de análise estatística descritiva.
3.1 Coletas e análises das amostras
A pesquisa será desenvolvida na Universidade Federal de Pelotas, Faculdade de Veterinária, no Laboratório de Patologia Clínica (LPCVET), Hospital de Clínicas Veterinária - HCV. O estudo será retrospectivo, quantitativo e descritivo, sendo realizado um levantamento no banco de dados envolvendo todos os pacientes portadores de câncer, submetidos a coleta de material para exames hematológicos e citológicos.
Para as análises, serão incluídos cães e gatos de diferentes raças e idades, atendidos no ambulatório CEVAL e HCV – UFPel, entre os anos de 2015 e 2021. Os pacientes serão agrupados, segundo a faixa etária, em categorias: FAIXA A: filhote a jovem (zero a 2a); FAIXA B: adulto a maduro (3a a 10a) e FAIXA C: idoso >11a), seguindo a classificação de acordo com Vogt et al. (2010).
Pacientes em que não houverem dados referentes ao tipo neoplásico ou terapia instituída serão excluídos do estudo.
Os resultados dos exames, que foram realizados rotineiramente no LPCVET, serão obtidos a partir das solicitações de exames e das fichas dos pacientes. No desenvolvimento do estudo será realizada a descrição dos resultados dos hemogramas de rotina dos animais, considerando-se individualmente o paciente e cada tipo de neoplasia, e descritas ainda as alterações encontradas durante o tratamento. Assim como serão avaliados exames bioquímicos
As contagens totais de eritrócitos, leucócitos e plaquetas, hematócrito e a determinação da concentração de hemoglobina foram realizadas no equipamento Sysmex® modelo pocH-100iV Diff. Nas extensões sanguíneas coradas com panótico rápido foram realizadas a contagem diferencial de leucócitos, as avaliações morfológicas dos eritrócitos e leucócitos e a estimativa do número de policromatófilos (policromasia). Os valores utilizados como referência para caracterizar a anemia foram os descritos por Feldman et al. (10).
O grau de anemia foi classificado pelo valor do hematócrito (Ht), em que percentuais entre 30 e 37% indicam anemia leve, entre 20 e 29% anemia moderada, entre 13 e 19% anemia severa e abaixo de 13% anemia muito severa. A presença de policromatófilos (policromasia) nas lâminas de esfregaço sanguíneo, foi utilizada para classificar a anemia como regenerativa ou não regenerativa, considerando-se anemia não regenerativa quando o grau de policromasia foi 0 (nenhum), ou raro +1 (11). Os índices hematimétricos de VGM e CHGM foram utilizados para classificar a anemia em normocítica e normocrômica.
A aferição da concentração de proteína plasmática total (PPT) e fibrinogênio plasmático foram realizadas, após centrifugação da amostra, através de refratometria (Thrall, 2015).
Para a avaliação do perfil hepático e renal foram utilizadas dados das amostras de soro sanguíneo. Foram avaliadas as enzimas ALT, PA, uréia e creatinina. Para análise enzimática utilizaram Kits (Cobas – Roche®) e processados no Analisador Cobas c111, destinado à determinação in vitro de química clínica utilizando análise fotométrica.
Os resultados serão apresentados descritivamente e as informações obtidas serão discutidas em relação à literatura específica.
4.0 - Análise estatística
A análise estatística será feita utilizando ferramentas de análise estatística descritiva.
Indicadores, Metas e Resultados
Meta 1• Avaliar a casuística de animais com tumores atendidos na rotina do Ambulatório Veterinário Ceval e setor de animais de companhia do HCV e que solicitaram exames hematológicos ou citológicos;
Meta 2• Comparar dados – como espécie, sexo, raça, idade e tipo tumoral dos animais atendidos na rotina e que solicitaram exames no Laboratório de Patologia Clínica da UFPel;
Meta 3• Determinar o tipo de neoplasia mais frequente dos pacientes em que foram solicitados exames complementares;
Meta 4• Relacionar as alterações observadas nos exames hematológicos com os tipos tumorais e terapêutica instituída.
Á partir do projeto espera-se demostrar que os animais com câncer apresentam alterações hematológicas importantes de serem reconhecidas e, que estas estão relacionadas ainda, com a terapêutica instituída. Pretende-se, evidenciar os tipos de câncer mais comuns e que solicitaram exames na rotina de atendimento do laboratório de patologia clínica veterinária, evidenciando as principais alterações laboratoriais observadas.
Meta 2• Comparar dados – como espécie, sexo, raça, idade e tipo tumoral dos animais atendidos na rotina e que solicitaram exames no Laboratório de Patologia Clínica da UFPel;
Meta 3• Determinar o tipo de neoplasia mais frequente dos pacientes em que foram solicitados exames complementares;
Meta 4• Relacionar as alterações observadas nos exames hematológicos com os tipos tumorais e terapêutica instituída.
Á partir do projeto espera-se demostrar que os animais com câncer apresentam alterações hematológicas importantes de serem reconhecidas e, que estas estão relacionadas ainda, com a terapêutica instituída. Pretende-se, evidenciar os tipos de câncer mais comuns e que solicitaram exames na rotina de atendimento do laboratório de patologia clínica veterinária, evidenciando as principais alterações laboratoriais observadas.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
ALESSANDRA AGUIAR DE ANDRADE | |||
ANA RAQUEL MANO MEINERZ | 3 | ||
DANIELA LEHMEN | |||
FABIANE DE HOLLEBEN CAMOZZATO FADRIQUE | |||
FABIO RAPHAEL PASCOTI BRUHN | 1 | ||
GABRIELA DE CARVALHO JARDIM | |||
GABRIELA LADEIRA SANZO | |||
GABRIELA OLIVEIRA DA ROCHA-BRITO | |||
GUILHERME FERREIRA ROBALDO | |||
HELENA PIÚMA GONÇALVES | |||
LENIR HELLWIG MULLER | 2 | ||
LUCIANA AQUINI FERNANDES GIL | |||
LUCIANA AQUINI FERNANDES GIL | 2 | ||
MARLETE BRUM CLEFF | 3 | ||
NIELLE VERSTEG | |||
RAQUELI TERESINHA FRANCA | 2 | ||
THOMAS NORMANTON GUIM | 4 | ||
TÁBATA PEREIRA DIAS |
Fontes Financiadoras
Sigla / Nome | Valor | Administrador |
---|---|---|
CAPES / Coordenação de Aperfeiçoamento de Nível Superior | R$ 3.750,00 | Coordenador |