Nome do Projeto
Influência da administração prévia de gabapentina sobre o estresse no atendimento de felinos e conhecimento da população sobre o fármaco, comparada as práticas integrativas.
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
24/05/2021 - 05/12/2025
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Agrárias
Resumo
O número de felinos no Brasil é de aproximadamente 22,1 milhões segundo o IBGE (2013) e, estima-se que em 10 anos deve superar o número de cães. Entretanto, o número de atendimentos veterinários de felinos ainda é baixo, acredita-se que pelo estresse tanto de transportar o animal até a clínica, assim como devido a outros fatores que estressam o paciente felino na clínica. O estresse do atendimento para a espécie, pode influenciar no exame físico, causando taquicardia e hipertermia, assim como em exames laboratoriais devido a possível liberação de catecolaminas e glicocorticoides, o que irá gerar leucocitose e hiperglicemia transitória, além de contração esplênica aumentando o hematócrito. Fármacos como a gabapentina são utilizados para diferentes finalidades como antiepiléptico, analgésico para dor crônica e sedativo. O fármaco foi considerado inicialmente como de atuação no sistema nervoso central (SNC), interage com neurotransmissores ácido gama-aminobutírico (GABA), aumentando a síntese e liberação de GABA na fenda sináptica, gerando um efeito inibitório nos canais de cálcio. Atualmente, a gabapentina, tem sido recomendada para uso em felinos, por profissionais que atendem a espécie em sua rotina, e é reconhecida por ser capaz de diminuir estresse da espécie durante a consulta veterinária (RONDAN, 2016). Segundo dados de trabalhos científicos, as doses utilizadas são bastante variáveis, dependendo do uso pode variar de 10mg/kg até 30mg/Kg, porém ao utilizar como modulador de estresse, as doses utilizadas são superiores e não levam em consideração o peso do felino, por serem definidas como dose por animal. A realização de contenção nos felinos pode causar muito estresse e, a eficácia de fármacos utilizados para contenção químicas são limitados, sendo as vezes um risco a saúde do paciente, além de alterar parâmetros importantes para o diagnóstico de enfermidades. Neste sentido, também se torna importante avaliar o uso de outras práticas no atendimento ao felino, destacando-se as terapias integrativas como cromoterapia e musicoterpia. Estas se justificam pela inocuidade aos pacientes e menor custo, sendo relevante a avaliação científica dos seus efeitos sob o stress dos gatos durante o atendimento clínico. Assim, diante da importância que os felinos representam como animais de estimação, assim como a importância de aumentar o atendimento veterinário aos felinos, sendo este caracterizado possivelmente como estressante aos animais, estudos relacionados ao uso da gabapentina tornam-se relevantes. Ainda, entender o nível de conhecimento das populações envolvidas no estudo, acerca do uso da gabapentina em gatos e, avaliação de resultados de estresse na espécie, deverá contribuir para o entendimento da ação do fármaco nos gatos.
Objetivo Geral
Avaliar o efeito da administração de gabapentina e de práticas integrativas, prévias ao atendimento clínico em felinos sobre o estresse, assim como avaliar o conhecimento de diferentes públicos acerca do uso do fármaco.