Nome do Projeto
Manejo da irrigação em pequenas propriedades agrícolas
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
10/07/2021 - 10/10/2027
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Engenharias
Resumo
De modo geral, a técnica da irrigação consiste em aplicar água no solo para obter o desenvolvimento adequado da planta, buscando extrair desta o seu máximo potencial vegetativo, tanto de produção quanto de qualidade (REIS, 2017). Entretanto, na maioria das áreas irrigadas é comum observar a ausência de qualquer sistema de manejo racional da água resultando, geralmente, em aplicação excessiva, com desperdício de água e energia, além da ocorrência de problemas ambientais ou em deficiência hídrica para as plantas, com baixa produtividade e prejuízos econômicos ao produtor (Oliveira et al., 2011). Segundo Testelzlaf et al. (2002) na operação de qualquer sistema de irrigação, o manejo constitui uma etapa que pode gerar impactos negativos que comprometem o desenvolvimento da cultura, afetando os recursos naturais (água, solo, flora e fauna). Entretanto, salientam, que esses efeitos adversos podem ser solucionados se algumas ações forem tomadas, tais como: o manejo de água deve ser realizado racionalmente, atendendo as necessidades da cultura e as limitações do solo da propriedade. No interior da localidade de Pelotas existem várias pequenas propriedades que utilizam alguma técnica de irrigação, em que o manejo é realizado de forma totalmente intuitiva, ou seja, a partir da prática do produtor rural. Algumas culturas apresentam características específicas que necessitam de um grande volume de água em uma determinada fase fenológica. Para obtenção de uma boa irrigação, os produtores rurais devem investir no manejo com base na demanda hídrica dos cultivos e não apenas no volume de água disponível na propriedade (SENAR, 2019). Há que se destacar ainda que quanto a tecnologia de sistemas e equipamentos de irrigação tem havido uma evolução substancial, o que não ocorre com a utilização de métodos para o controle da lâmina e o momento de aplicação da mesma. Essa preocupação é maior ainda quando se tem pequenas propriedades e regiões com pouca disponibilidade hídrica, em que a mesma deverá ser utilizada com maior eficiência.
Objetivo Geral
Propor um manejo de irrigação simples, baseado apenas no uso de tensiômetros, como forma de estabelecer quando e quanto irrigar em algumas propriedades localizadas no interior de Pelotas, RS.
Justificativa
Em muitas propriedades rurais de mão de obra familiar, onde não se tem equipamentos para o controle da lâmina aplicada, o momento de início da irrigação é fundamentada basicamente na percepção do produtor rural. O mesmo toma sua decisão com base em sua vivência e experiência com relação a cultura, além de considerar aspectos climáticos, como a temperatura e a precipitação. Assim, torna-se importante a avaliação da produtividade das diferentes culturas em relação a uma proposta de manejo mais adequada, principalmente em locais onde inexistem dados quantitativos, o que reforça a necessidade de se avaliar estratégias mais eficientes para a utilização da água consumida pelas culturas. Assim, mostrar os resultados que possam comprovar que o controle das técnicas de irrigação utilizadas, através do uso de equipamentos simples como os tensiômetros nas diferentes culturas que são cultivadas em pequenas propriedades, poderá acarretar em uma potencialização da produtividade das mesmas. Caso os resultados obtidos sejam positivos, ou seja, comprovem ganhos na produtividade e na economia de água, os mesmos poderão servir como balizadores para que os pequenos produtores também possam utilizar o manejo proposto, já que a maioria dos produtores que utilizam a técnica da irrigação realizam de manejo de maneira empírica.
Metodologia
Inicialmente será realizado um levantamento de algumas pequenas propriedades localizadas no interior de Pelotas, RS, que utilizam culturas irrigadas com algum tipo de sistema de irrigação, e sem qualquer tipo de manejo adotado. Após serão coletadas amostras deformadas e indeformadas do solo em pontos ao redor da área experimental para análise laboratorial, nas profundidades de acordo com a cultura. As amostras deformadas serão enviadas para o Laboratório de Análises Físicas da Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, para a obtenção da distribuição das partículas do solo por tamanho e Carbono Orgânico (Matéria orgânica). Já as amostras indeformadas serão obtidas a partir de cilindros metálicos para a obtenção da densidade do solo nas mesmas profundidades, com três repetições, tanto para as amostras deformadas, quanto para as indeformadas .
Para determinar o momento em que o sistema de irrigação deverá ser ligado, serão utilizados dois tensiômetros (vacuômetros), sendo um instalado na metade e o outro no final da profundidade da cultura. No caso de sistemas de irrigação por gotejo, a vazão dos emissores será obtida a partir do método volumétrico, onde determina-se o volume de cada gotejador, colocando-se abaixo do orifício um recipiente, que receberá o volume descarregado, durante determinado tempo. Após, o volume será colocado em uma proveta graduada, para a medição mais precisa do volume coletado (SANTOS, 2015).
A mensuração do efeito dos tratamentos será realizada através do peso obtido por planta. Assim, os dados obtidos serão submetidos à análise de variância pelo teste F e a comparação foi realizada pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade para os tratamentos em análise, através do software estatístico R, pacote “ExpDes.pt”, desenvolvido por Ferreira et al. (2013).
Para determinar o momento em que o sistema de irrigação deverá ser ligado, serão utilizados dois tensiômetros (vacuômetros), sendo um instalado na metade e o outro no final da profundidade da cultura. No caso de sistemas de irrigação por gotejo, a vazão dos emissores será obtida a partir do método volumétrico, onde determina-se o volume de cada gotejador, colocando-se abaixo do orifício um recipiente, que receberá o volume descarregado, durante determinado tempo. Após, o volume será colocado em uma proveta graduada, para a medição mais precisa do volume coletado (SANTOS, 2015).
A mensuração do efeito dos tratamentos será realizada através do peso obtido por planta. Assim, os dados obtidos serão submetidos à análise de variância pelo teste F e a comparação foi realizada pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade para os tratamentos em análise, através do software estatístico R, pacote “ExpDes.pt”, desenvolvido por Ferreira et al. (2013).
Indicadores, Metas e Resultados
Espera-se que ao propor um manejo utilizando um simples tensiômetro, comparativamente ao manejo intuitivo adotado pelo produtor, as variáveis de produtividade, bem como o consumo de água das diferentes culturas apresentem uma diferença estatística.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
ADAMO DE SOUSA ARAÚJO | 4 | ||
CHEINER STURBELLE SCHIAVON | |||
CLAUDIA FERNANDA ALMEIDA TEIXEIRA GANDRA | 20 | ||
CRISTIAN DA SILVA MENDES | |||
EDUARDO LOPES GUIDOTTI | |||
ELIMAR CARRÉ CORRÊA | |||
JEFERSON MEIRA | |||
JULIANO MANKE | |||
Karen Raquel Pening Klitzke | |||
Karen Raquel Pening Klitzke | |||
LEANDRO SANZI AQUINO | 8 | ||
MAURIZIO SILVEIRA QUADRO | 2 | ||
PEDRO RODRIGUES BRISOLARA DA CUNHA | |||
RITA DE CASSIA FRAGA DAME | 14 | ||
Rafael Junqueira Moro | |||
VIVIANE SANTOS SILVA TERRA | 2 | ||
WAGNER DE ALMEIDA LUCAS | |||
ÍTALO DA SILVEIRA CORVELLO |