Nome do Projeto
A Botânica na Escola
Ênfase
Extensão
Data inicial - Data final
03/03/2022 - 03/03/2024
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Biológicas
Eixo Temático (Principal - Afim)
Meio ambiente / Educação
Linha de Extensão
Educação Ambiental
Resumo
Este projeto visa desenvolver atividades práticas de Botânica junto a comunidades escolares do município de Pelotas, contribuindo assim, para a aquisição e fortalecimento de conhecimentos por parte de toda a comunidade escolar acerca do tema. Para isto, serão proporcionadas experiências acerca dos temas do cultivo de plantas e cuidado com o meio ambiente, contribuindo para a superação da Invisibilidade ou Cegueira Botânica que atinge a sociedade de modo geral e se confirma no ambiente escolar. Observando as dificuldades da manutenção de hortas e sementeiras, o projeto também pretende desenvolver a autonomia da escola em relação a rotina de manutenção através dos métodos propostos.

Objetivo Geral

Objetivo geral
Trabalhar a importância da vegetação nativa e da relação da natureza com a alimentação no contexto escolar como formas de aproximar a Botânica da comunidade escolar, fortalecendo conhecimentos e combatendo a Invisibilidade Botânica.

Objetivos específicos:
- Criar um ambiente de integração entre seres humanos e natureza;
- Cultivar uma horta escolar;
- Produzir sementeiras de árvores nativas;
- Realizar exposições e oficinas de herbário;
- Compostar alimentos a partir de sobras da merenda escolar;
- Promover a autonomia do corpo escolar (alunos e trabalhadores da educação) no cuidado com os organismos vivos;
- Estabelecer uma rotina de manutenção da horta e sementeiras que esteja de acordo com as práticas das pessoas na escola;
- Aplicar atividades lúdicas com os alunos que envolvam a rotina da horta e das sementeiras, como o momento da colheita de alimentos e a busca por sementes de árvores;
- Relacionar o conteúdo de Botânica com outras disciplinas como Artes Visuais, Química, Física, História, Alfabetização e habilidades sócio-emocionais desenvolvidas na Educação Infantil.

Justificativa

A ideia do projeto surgiu da experiência com a Escola Alm. Raphael Brusque na Colônia de Pescadores Z-3 em Pelotas/RS. Nessa localidade observa-se a existência de uma relação comunidade-meio ambiente através da atividade pesqueira, da monocultura de arroz e de remanescentes de Mata Atlântica. A ausência de um projeto que trabalhe essas características da localidade junto aos alunos e comunidade como um todo, indica este local como um ponto de partida fértil para o projeto. Entendendo que no município de Pelotas têm diversas localidades em que há sobreposição entre diversidade e monocultura, torna-se possível estendê-lo para outras escolas, visto que há escassez de projetos focados no tema em questão.

No artigo “Mas de que te serve saber botânica?” (SALATINO; BUCKERIDGE, 2016) os autores demonstram que uma das maneiras de superar as limitações impostas pela Cegueira Botânica é ter mentores na infância e adolescência capazes de estimular experiências em contato com as plantas. Segundo os autores, vivenciar tais experiências na infância influencia a forma como essas pessoas se relacionarão com as plantas quando adultos. O desconhecimento da diversidade de plantas e florestas por parte dos adultos leva a um desinteresse sobre o meio ambiente e consequentemente à naturalização de ações que destroem e desequilibram as interações ecológicas intra e interespecíficas - como a monocultura (SALATINO; BUCKERIDGE, 2016).

De maneira geral as escolas públicas costumam possuir um espaço que possibilita atividades ao ar livre e em contato com a natureza. Por esse motivo, vemos no desenvolvimento deste projeto uma maneira de propiciar aos alunos atividades simples em que eles e elas as executem como protagonistas. Essas atividades podem gerar conhecimentos práticos e teóricos simultaneamente, que surgem a partir de perguntas que são resolvidas por meio do diálogo e da pesquisa entre os envolvidos e envolvidas.

Metodologia

O método de trabalho parte do utilizado em “Ninhos - experiências e aprendizagens através de hortas escolares” desenvolvida pelo Instituto Ecomamor, e será adaptada ao nosso contexto.

As atividades do projeto serão desenvolvidas de duas formas:
i) grupos mesclados de alunos de diferentes turmas e faixas etárias com interesse em participar, como atividade em turno inverso às suas aulas. Cada grupo terá um encontro semanal tutorado por um adulto responsável;
ii) grupos formados por uma turma específica com um professor responsável que seguirá atividades simples a partir de um calendário mensal organizado conforme a demanda, realizadas durante o turno regular da turma.
Para a construção e manutenção da horta e sementeiras serão necessários:
- sobras de alimentos para a compostagem;
- composto orgânico produzido pela composteira;
- recipientes plásticos e papelão para germinação;
- sementes adquiridas por meio de coleta com os alunos e/ou doação;
- pá;
- enxada;
- rastilho;
- serrapilheira adquirida através de coleta;
- água;
- terra vegetal adquirida através de doação;
- cinza de fogão a lenha;

Indicadores, Metas e Resultados

Com a implantação e uso de uma horta de maneira interdisciplinar espera-se que as atividades sejam mais dinâmicas e interativas, despertando o interesse de todas as pessoas envolvidas na comunidade escolar. Para os alunos, é esperado que haja um aprendizado significativo através das experiências praticadas que contribuam no ensino formal escolar e também para outras instâncias da vida.
Além disso, a proposta visa formar cidadãos conscientes, responsáveis e atuantes na comunidade em que vivem, fortalecendo e difundindo a capacidade do trabalho em grupo e conhecimentos básicos de cultivo de plantas.

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
BRUNA VIEIRA PEGORARO
CAMILA CARDOSO SALOMÃO
HELENA DOS SANTOS MOSCHOUTIS
JULIO CESAR MARQUES GONCALVES
MARIANA MÜHLENBERG SOARES
NATIELE GONÇALVES MESQUITA
RAQUEL LUDTKE2

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