O Castelo de Pedras Altas, que foi moradia de Assis Brasil, político gaúcho de grande relevância no final do Império e na República Velha. Mais do que ser a moradia da família Assis Brasil, este local mostra um projeto econômico inovador para a época desenvolvido por Assis Brasil, que pretendia demonstrar que qualquer propriedade rural poderia ser produtiva independente do lugar. O castelo em toda a sua potencialidade é um patrimônio cultural do Rio Grande do Sul, onde o patrimônio material foi tombado em 1999, num momento em que corria o risco de ser vendido sem ter a sua preservação mantida, num segundo movimento de manutenção do seu rico acervo móvel, em 2003 foi realizado por profissionais enviados pelo Sistema Estadual de Museus, um inventário onde foram arrolados uma extensa lista de mobiliário, adornos, esculturas, lustres, louças, pratarias, quadros, tapetes, livros e documentos, entre outros objetos que pertenceram ao líder político que deu origem ao processo de tombamento do acervo móvel que se concretizou em 2009 (processo 1115-1100-SEDAC-99.9) através da portaria 24/2009.
O acervo móvel quando da realização do primeiro arrolamento já sofria com o desgaste do tempo e da falta de cuidados que eram necessários para a sua preservação, necessitando de trabalho especializado, o que não foi possível pois a família não tinha condições da contratação de pessoal e não houve acordo entre os herdeiros com relação a diferentes tentativas de projetos de captação de recursos.
Com a venda realizada para a família Segat, que se comprometeu com a manutenção e preservação, principalmente, do acervo móvel que necessita de um cuidado pormenorizado com profissionais especialistas na área, para que não haja extravios, dissociação e perdas irreversíveis ao patrimônio do Rio Grande do Sul, o IPHAE indicou os profissionais do Bacharelado em Museologia e de Conservação e Restauração em Bens Culturais Móveis para dar assessoria nas atividades de catalogação e de conservação/restauração desse acervo.
Tendo em vista que todo o processo de uso precisa garantir a preservação do lugar que é um lugar único, com características específicas encontradas somente ali e é preciso a manutenção do Espírito do Lugar.
Os Projeto Pedagógico dos cursos , é baseado na premissa de que a atuação dos profissionais da área de patrimônio é de natureza multidisciplinar e para o desenvolvimento deste profissional apto as suas atividades é necessário avaliar as suas competências profissionais principalmente para o trabalho coletivo tanto quanto, as mais propriamente, individuais, uma vez que é um princípio educativo dos mais relevantes. Embora seja mais difícil avaliar competências profissionais do que assimilação de conteúdos convencionais há muitos instrumentos para isso. Nesse sentido os curso sempre que possível se vale de outros métodos para a avaliação do aluno, uma delas é o desenvolvimento e o gerenciamento de atividades próprias da profissão através de acompanhamento supervisionado de um professor.
Para desenvolver este tipo de atividade prática, as ações de extensão, através de parcerias com instituições da região e do Rio Grande do Sul são um excelente laboratório para o seu desenvolvimento. A parceria com os mantenedores do Castelo de Pedras Altas – Assis Brasil é de extrema importância, viabilizando a prática. Então com este projeto será realizada as atividades de inventário exigidas pelo Instituto de Patrimônio Histórico e artístico do Estado do Rio Grande do Sul – IPHAE e futura catalogação do acervo e as ações de conservação e restauração necessárias podendo os discentes complementar os conhecimentos discutidos em sala de aula, com a devida experimentação e apoiar a comunidade na preservação de seu patrimônio.