Nome do Projeto
Temática Indígena: diversidade de saberes
Ênfase
Extensão
Data inicial - Data final
02/01/2017 - 15/12/2018
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Humanas
Eixo Temático (Principal - Afim)
Educação / Direitos Humanos e Justiça
Linha de Extensão
Formação de professores
Resumo
A partir da lei 11.645, de 10 de março de 2008 passa a ser obrigatório nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio, públicos e privados, o estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena. O conteúdo programático deverá, a partir de então, incluir diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o indígena na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil. Nosso objetivo neste projeto de extensão consiste em envolver professores/as, funcionários/as e alunos/as de escolas da rede pública de ensino de Pelotas/RS em pesquisa, troca de experiências e construção de uma proposta de como trabalhar a temática indígena na sala de aula. Contaremos com a participação de estudantes de graduação da UFPel, de assessores/as externos/as do campo da Etnologia Ameríndia, de indígenas acadêmicos de graduação e pós-graduação da UFPEL e de comunidades das etnias Mbyá Guarani e Kaingang.

Objetivo Geral

Subsidiar professores/as e funcionários/as de Escolas da Rede Pública de Ensino Fundamental e Médio na implementação das exigências da Lei 11.645/08, como forma de garantir a valorização da história e das culturas indígenas, que formam a diversidade cultural brasileira.

Justificativa

A implementação das exigências da Lei 11.645/08 tem se deparado com a carência em termos de formação docente e de material adequado para sua aplicação em sala de aula. Pelas características da história do município de Pelotas, as escolas da rede pública têm realizado, em maior número, atividades voltadas para a história e cultura afro-brasileira. Em vista disso o NETA tem sido procurado para realizar
parcerias em relação ao estudo da História e Cultura dos Povos Indígenas. Para nós, este projeto está propiciando uma construção conjunta, visto que o curso de Antropologia é de bacharelado e os/as professores/as possuem preparação pedagógica através de sua formação em Pedagogia ou outras licenciaturas. A extensão, além disso, é uma oportunidade em termos de ensino e de pesquisa para estudantes da UFPel, não apenas do Bacharelado em Antropologia, mas também de outros bacharelados e Licenciaturas, inclusive de cursos de pós graduação. Através de encontros de estudo, de palestra, de projeção e debates de filmes, de narrativas e dramatização de histórias e mitos e de atividades artísticas será possível aproximar os/as alunos/as desta diversidade de saberes historicamente invisibilizados no Brasil.

Metodologia

O presente Projeto de Extensão tem o intuito de promover o desenvolvimento de uma metodologia participativa, em que as pessoas envolvidas estejam presentes durante todo o seu processo. Ou seja, a construção do Projeto, o seu andamento e a sua avaliação passarão por discussão e aprovação consensual, de modo a garantir a colaboração de todos/as na apresentação e no diálogo das propostas para a execução de cada etapa.
Com a intenção de promover práticas educativas e culturais, como parte da realização do Projeto, foram selecionadas atividades a serem aplicadas em escolas da rede pública de ensino, como utilização e debate de documentários dirigidos por indígenas e pesquisadores indigenistas, narrativas de histórias infantis e realização de atividades artísticas. A diversificação dessas atividades tornará as temáticas a serem abordadas mais atrativas e dinâmicas.
Dentro da perspectiva de trabalhar o respeito e a diversidade, é pertinente ao projeto proporcionar a troca de visitas entre as comunidades indígenas e as escolas.
Desta maneira, acreditamos que possa ser possível a superação de imagens estereotipadas a respeito dos povos indígenas e o reconhecimento das especificidades de cada coletivo, remetendo, sempre que possível, às etnias Mbyá-Guarani e Kaingang presentes nesta região.

Indicadores, Metas e Resultados

- Incentivar uma (re)adaptação do plano político-pedagógico das Instituições de Ensino.
- Subsidiar na escolha de livros didáticos, que transmitam conhecimentos, que contemplem adequadamente a diversidade cultural e histórica dos povos originários.
- Alcançar, de diferentes maneiras, a difusão dos etnosaberes, possibilitando a valorização das especificidades culturais dos povos indígenas.
- Buscar atingir, inicialmente, o setor que media o processo de construção de conhecimento, ou seja, os/as docentes das escolas da rede pública, por meio de um programa de formação.
- Propiciar a troca de conhecimento entre universidade e escola, visando favorecer uma renovação do processo de ensino-aprendizagem, para além de uma perspectiva individualista.
- Aperfeiçoar as discussões sobre a diversidade, orientando a superação das diferenças e intolerâncias para além do ambiente escolar, no âmbito sociocultural.
- Subsidiar as discussões sobre interculturalidade, buscando aproximar o conhecimento transmitido com as visões indígenas sobre seu povo e cultura, contribuindo para a superação das intolerâncias.

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
ABICAEL MOREIRA
ALESSANDRO BARBOSA LOPES
ANDRESSA SANTOS DOMINGUES
ESTÉFANI BILHALVA LEITZKE
FELIPE NUNES NOBRE
LEONARDO CHRISTIAN DA SILVA MAIA
LORI ALTMANN10
LOUISE PRADO ALFONSO4
MARIA RAQUEL RODRIGUES VIEIRA
MARTIN CESAR TEMPASS
ROGERIO REUS GONCALVES DA ROSA4
VITÓRIA DE LIMA CARDOSO

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