A produção de alimentos sofre constantemente reflexos da percepção dos consumidores nos mercados nacional e internacional. Nesse sentido, é crescente a demanda por alimentos de alta qualidade, seguros e livres de resíduos. A produção de alimentos seguros tornou-se prioridade de saúde pública e a obtenção é de responsabilidade de todos os segmentos da cadeia de alimentos, desde a produção primária até o consumo.
De maneira geral, a baixa qualidade do leite pode ser atribuída à deficiência no manejo, higiene na ordenha, sanidade da glândula mamária, manutenção e desinfecção inadequada dos equipamentos e refrigeração ineficiente ou até mesmo inexistente. Assim, cuidados higiênicos para evitar a contaminação do leite devem ter início na ordenha e seguir até seu beneficiamento.
Além da busca de aumentos de rentabilidade e ganhos de eficiência, os sistemas de produção de leite tem que ter responsabilidade em relação à proteção da saúde humana e animal, e a garantia do bem estar animal e sustentabilidade ambiental. Para tanto, dentro do conceito de cadeia de produção, é de suma importância para a qualidade e segurança do leite oferecido aos consumidores, as práticas utilizadas durante a produção primária. Essas práticas empregadas dentro da propriedade leiteira devem assegurar que o leite seja produzido a partir de animais saudáveis, em boas condições de higiene e dentro de condição ambiental sustentável. Tais procedimentos devem sempre focar na prevenção dos problemas, visto que a sua correção é, na maioria das vezes, mais cara e menos eficiente.
As Boas Práticas relacionam os procedimentos que diminuem os riscos ao consumidor, da contaminação de natureza biológica, química e física, desde a obtenção da matéria-prima até a distribuição do produto final ao consumidor. Assim, a obtenção de leite de qualidade na propriedade rural está intimamente relacionada com as práticas de higiene na ordenha, primeiramente, o que exige a mudança de comportamento do produtor, sendo importante seu treinamento e monitoramento permanente.