Nome do Projeto
Desenvolvimento fenológico e produtividade de goiabeira submetida a diferentes intensidades de poda
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
29/04/2022 - 31/12/2025
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Agrárias
Resumo
No Rio Grande do Sul, tem-se as estações do ano bem definidas contando com invernos com temperaturas baixas, e com isso limitando as épocas de poda em goiaba a qual pode ser realizada somente após a estação fria. De acordo com isso e visto que no Rio Grande do Sul há o interesse e o espaço de desenvolvimento da cultura principalmente por parte da agricultura familiar visto que é uma cultura rústica, de alto rendimento e com mercado a ser explorado, este trabalho vem com o intuito de verificar se diferentes intensidades de poda realizadas em três cultivares distintas de goiabeira (Paluma, Pedro Sato e Século XXI) interferem no aproveitamento da radiação solar, na produtividade e qualidade dos frutos de goiabeiras de acordo com as condições meteorológicas no município de Pelotas, RS.
Objetivo Geral
Acompanhar e caracterizar os diferentes estádios fenológicos, produtividade e qualidade dos frutos de goiabeiras das cultivares ‘Paluma’, ‘Século XXI’ e ‘Pedro Sato’, submetidas a diferentes intensidades de poda e quantificar a partição de energia sensível e latente, pelo método de Razão de Bowen, em Pelotas, Rio Grande do Sul.
Justificativa
A goiabeira (Psidium guajava L.), da família Myrtaceae, é originaria da América do Sul, sendo bastante difundida nas regiões tropicais e subtropicais (RISTERUCCI et al., 2005). Esta espécie caracteriza-se por sua rusticidade, podendo ser produzida em quase todas as regiões do Brasil, possuindo cultivos significativos nas regiões Sudeste (São Paulo) e Nordeste (Pernambuco), mas também pode ser encontrado em áreas significativas na região Sul, principalmente no Rio Grande do Sul (NACHTIGAL et al., 2015).
No cenário do agronegócio brasileiro, a cultura da goiabeira apresenta importância, devido ser uma das matérias-primas mais utilizadas nas indústrias, pelas suas diversas formas de aproveitamento, como na elaboração de doces, sucos, geleias, néctar, compota, sorvete, consumo in natura entre outros (CASTRO; RIBEIRO, 2020). Outro destaque se dá pelo seu alto valor nutricional, sendo uma importante fonte de vitamina C, vitamina A, vitaminas do complexo B (tiamina, riboflavina e niacina), além de minerais como fósforo, potássio, ferro e cálcio (LIMA et al., 2008).
A goiabeira pode ser cultivada em três sistemas distintos, para consumo in natura, para indústria e com dupla aptidão. Este último sistema é interessante para os produtores, pois permite atender os dois mercados simultaneamente, selecionando os frutos com melhor qualidade para o consumo in natura, onde se consegue melhores preços, e o restante é designado para o processamento (RAMOS et al., 2011).
As variedades de goiabeira são diferentes em vários aspectos, como: formato de copa, produtividade, período de maturação dos frutos, número, tamanho e formato dos frutos, coloração da polpa e finalidade de produção (NETO, 2007). Dentre as diversas cultivares de goiabeira, a cultivar ‘Paluma’, ‘Século XXI’ e ‘Pedro Sato’ tem manifestado bom desempenho nos plantios realizado na região Sul do Brasil (NACHTIGAL; MIGLIORINI, 2011; NACHTIGAL et al., 2015). Essas cultivares apresentam frutos com coloração vermelho ou rosada, com boa durabilidade pós-colheita, podendo ser consumidas in natura e utilizadas para a industrialização (CASTRO; RIBEIRO, 2020).
A produção de goiabeiras na Metade Sul do Rio Grande do Sul tem-se demonstrado como uma alternativa relevante para a diversificação de renda e de agregação de valor à fruta, principalmente para produção nas pequenas propriedades familiares (NACHTIGAL; MIGLIORINI, 2011; NACHTIGAL et al., 2015), assumindo papel importante na fixação do homem no campo, contribuindo para a promoção e sustentabilidade do meio rural (CASTRO; RIBEIRO, 2020). Entretanto, esta cultura necessita de informações tecnológicas que possam auxiliar os produtores, técnicos e envolvidos na cadeia produtiva na tomada de decisões frente aos desafios que ocorrem na produção de goiaba.
A produção no cultivo da goiaba esta relacionada com o florescimento e frutificação, podendo ser afetados pelos fatores genéticos, ambientais e manejo das plantas (CORRÊA et al., 2002). Dentre os manejos adotados na cultura da goiabeira, a poda de frutificação apresenta grande importância (RAMOS et al., 2010), objetivando principalmente favorecer o arejamento e insolação no interior da copa, uniformizar a produção, aumentar a produtividade e facilitar a colheita.
A poda de frutificação em goiabeiras deve ser realizada com o objetivo de que novas brotações sejam emitidas e, como resultado, ocorra à frutificação. Esta espécie tem como característica a produção em ramos do ano, isto é, os ramos que estão em plena fase de crescimento (NACHTIGAL et al., 2015). No entanto, quando a poda de frutificação é realizada em épocas e intensidades indevidas, pode prejudicar a produção de goiabas (SERRANO et al., 2007).
No Rio Grande do Sul, devido às condições climáticas, a época de poda de frutificação deve ser realizada no final do inverno ou início da primavera (NACHTIGAL; MIGLIORINI, 2011; NACHTIGAL et al., 2015). Da mesma forma, o tipo de poda recomendada é a drástica, ou seja, quando se realiza a poda de todos os ramos em uma mesma ocasião (SERRANO, 2007). Quanto à intensidade da poda, o comprimento final dos ramos podados depende de diversos fatores, como o hábito de crescimento e frutificação e as condições de clima e do solo, podendo ser classificados como poda curta (podados a 1,0 cm da base), média (podados a 1/3 de seu comprimento, a partir da base) e longa (ramos podados a 2/3 de seu comprimento, a partir da base) (SERRANO, 2007). Embora a poda de frutificação auxilie na produção dos frutos, são necessárias pesquisas no contexto regional, sendo de fundamental importância para verificar o desempenho das plantas ao longo do ano, os aspectos produtivos relacionados à quantidade e tamanho dos frutos e produção por planta (RAMOS et al., 2011).
O ciclo fenológico da goiabeira iniciasse com a realização da poda, porém para na região da Metade Sul do Rio Grande do Sul, a fenologia desta cultura ainda não foi definida (NACHTIGAL et al., 2015).
O conhecimento da fenologia permite distinguir os diferentes estádios de desenvolvimento da planta em uma determinada região, indicando a duração média de cada um desses estádios, que variam conforme o genótipo, condições edafoclimáticas e do manejo da cultura (SERRANO et al., 2008). Desta forma a caracterização da fenologia da goiabeira com diferentes intensidades de poda, fornece ao produtor o conhecimento das prováveis datas de brotação, floração, frutificação e colheita, sendo estas informações importantes para auxiliar na programação dos tratos culturais, fitossanitários e nas tomadas de decisões na propriedade.
O florescimento e a frutificação das plantas são importantes na caracterização biológica e em estudos comparativos de variedades, representando o potencial de produção e qualidade do fruto produzido, características essas relacionadas à porcentagem de flores que são convertidas em frutos maduros, ou seja, o índice de pegamento de frutos, que pode ser utilizado como um indicativo precoce da produção (CORRÊA et al., 2002).
Outro aspecto importante que necessita de informações nos cultivos é a determinação da partição dos fluxos de energia (PILAU et al., 2007). Os estudos de transferência dos fluxos de calor latente e calor sensível entre a vegetação e a atmosfera são um dos principais objetivos a serem estudados na micrometeorologia (PEREIRA et al., 2021).
O balanço de energia em superfícies vegetadas, irrigada ou não, possui grande importância no estudo das trocas de energia e massa na camada limite superficial, e consequentemente, em estudos climatológicos, de modelagem numérica e de estimativas evaporativas e/ou evapotranspirativas (MOURA et al., 2003). Desta forma, o método do balanço de energia tem sido utilizado para estimar as necessidades de água em comunidades vegetais, através da quantidade de energia disponível para o processo de evapotranspiração (AZEVEDO, 1999). Este método permite medir as trocas de energia no sistema solo-planta-atmosfera, por meio do estudo da partição do saldo de radiação, avaliando as alterações microclimáticas da vegetação em função dos estádios de desenvolvimento da cultura e em função das condições do solo e da atmosfera, presumindo que a energia disponível se divide em fluxo de calor sensível no solo (G), fluxo de calor sensível no ar (H), fluxo de calor latente de evapotranspiração (LE) (AZEVEDO, 1999). Conforme Bowen (1926), o transporte de calor sensível e vapor de água são similares, concluindo que a razão entre os coeficientes de difusividade turbulenta de calor sensível e latente é igual à unidade, essa relação tornou-se conhecida como Razão de Bowen, e tem sido largamente utilizada em estudos de fluxo de calor e estimativas de evapotranspiração (AZEVEDO, 1999).
A razão de Bowen (B) é um método baseado na equação do balanço de energia, e é a razão entre os fluxos de calor sensível (H) e latente (LE) da superfície da cultura, levando em consideração o saldo de radiação (CARDOZO et al., 2011). Esta relação pode ser representada de forma simplificada, como o produto do coeficiente psicrométrico pela razão entre o gradiente de temperatura do ar e o gradiente de pressão de vapor de água no ar, em pelo menos dois níveis acima da superfície (PEREIRA et al., 2021)
Diante do exposto, este trabalho terá como objetivo acompanhar e caracterizar os diferentes estádios fenológicos, produtividade e qualidade dos frutos de goiabeiras das cultivares ‘Paluma’, ‘Século XXI’ e ‘Pedro Sato’, submetidas a diferentes intensidades de poda e quantificar a partição de energia sensível e latente, pelo método de Razão de Bowen, em Pelotas, Rio Grande do Sul.
No cenário do agronegócio brasileiro, a cultura da goiabeira apresenta importância, devido ser uma das matérias-primas mais utilizadas nas indústrias, pelas suas diversas formas de aproveitamento, como na elaboração de doces, sucos, geleias, néctar, compota, sorvete, consumo in natura entre outros (CASTRO; RIBEIRO, 2020). Outro destaque se dá pelo seu alto valor nutricional, sendo uma importante fonte de vitamina C, vitamina A, vitaminas do complexo B (tiamina, riboflavina e niacina), além de minerais como fósforo, potássio, ferro e cálcio (LIMA et al., 2008).
A goiabeira pode ser cultivada em três sistemas distintos, para consumo in natura, para indústria e com dupla aptidão. Este último sistema é interessante para os produtores, pois permite atender os dois mercados simultaneamente, selecionando os frutos com melhor qualidade para o consumo in natura, onde se consegue melhores preços, e o restante é designado para o processamento (RAMOS et al., 2011).
As variedades de goiabeira são diferentes em vários aspectos, como: formato de copa, produtividade, período de maturação dos frutos, número, tamanho e formato dos frutos, coloração da polpa e finalidade de produção (NETO, 2007). Dentre as diversas cultivares de goiabeira, a cultivar ‘Paluma’, ‘Século XXI’ e ‘Pedro Sato’ tem manifestado bom desempenho nos plantios realizado na região Sul do Brasil (NACHTIGAL; MIGLIORINI, 2011; NACHTIGAL et al., 2015). Essas cultivares apresentam frutos com coloração vermelho ou rosada, com boa durabilidade pós-colheita, podendo ser consumidas in natura e utilizadas para a industrialização (CASTRO; RIBEIRO, 2020).
A produção de goiabeiras na Metade Sul do Rio Grande do Sul tem-se demonstrado como uma alternativa relevante para a diversificação de renda e de agregação de valor à fruta, principalmente para produção nas pequenas propriedades familiares (NACHTIGAL; MIGLIORINI, 2011; NACHTIGAL et al., 2015), assumindo papel importante na fixação do homem no campo, contribuindo para a promoção e sustentabilidade do meio rural (CASTRO; RIBEIRO, 2020). Entretanto, esta cultura necessita de informações tecnológicas que possam auxiliar os produtores, técnicos e envolvidos na cadeia produtiva na tomada de decisões frente aos desafios que ocorrem na produção de goiaba.
A produção no cultivo da goiaba esta relacionada com o florescimento e frutificação, podendo ser afetados pelos fatores genéticos, ambientais e manejo das plantas (CORRÊA et al., 2002). Dentre os manejos adotados na cultura da goiabeira, a poda de frutificação apresenta grande importância (RAMOS et al., 2010), objetivando principalmente favorecer o arejamento e insolação no interior da copa, uniformizar a produção, aumentar a produtividade e facilitar a colheita.
A poda de frutificação em goiabeiras deve ser realizada com o objetivo de que novas brotações sejam emitidas e, como resultado, ocorra à frutificação. Esta espécie tem como característica a produção em ramos do ano, isto é, os ramos que estão em plena fase de crescimento (NACHTIGAL et al., 2015). No entanto, quando a poda de frutificação é realizada em épocas e intensidades indevidas, pode prejudicar a produção de goiabas (SERRANO et al., 2007).
No Rio Grande do Sul, devido às condições climáticas, a época de poda de frutificação deve ser realizada no final do inverno ou início da primavera (NACHTIGAL; MIGLIORINI, 2011; NACHTIGAL et al., 2015). Da mesma forma, o tipo de poda recomendada é a drástica, ou seja, quando se realiza a poda de todos os ramos em uma mesma ocasião (SERRANO, 2007). Quanto à intensidade da poda, o comprimento final dos ramos podados depende de diversos fatores, como o hábito de crescimento e frutificação e as condições de clima e do solo, podendo ser classificados como poda curta (podados a 1,0 cm da base), média (podados a 1/3 de seu comprimento, a partir da base) e longa (ramos podados a 2/3 de seu comprimento, a partir da base) (SERRANO, 2007). Embora a poda de frutificação auxilie na produção dos frutos, são necessárias pesquisas no contexto regional, sendo de fundamental importância para verificar o desempenho das plantas ao longo do ano, os aspectos produtivos relacionados à quantidade e tamanho dos frutos e produção por planta (RAMOS et al., 2011).
O ciclo fenológico da goiabeira iniciasse com a realização da poda, porém para na região da Metade Sul do Rio Grande do Sul, a fenologia desta cultura ainda não foi definida (NACHTIGAL et al., 2015).
O conhecimento da fenologia permite distinguir os diferentes estádios de desenvolvimento da planta em uma determinada região, indicando a duração média de cada um desses estádios, que variam conforme o genótipo, condições edafoclimáticas e do manejo da cultura (SERRANO et al., 2008). Desta forma a caracterização da fenologia da goiabeira com diferentes intensidades de poda, fornece ao produtor o conhecimento das prováveis datas de brotação, floração, frutificação e colheita, sendo estas informações importantes para auxiliar na programação dos tratos culturais, fitossanitários e nas tomadas de decisões na propriedade.
O florescimento e a frutificação das plantas são importantes na caracterização biológica e em estudos comparativos de variedades, representando o potencial de produção e qualidade do fruto produzido, características essas relacionadas à porcentagem de flores que são convertidas em frutos maduros, ou seja, o índice de pegamento de frutos, que pode ser utilizado como um indicativo precoce da produção (CORRÊA et al., 2002).
Outro aspecto importante que necessita de informações nos cultivos é a determinação da partição dos fluxos de energia (PILAU et al., 2007). Os estudos de transferência dos fluxos de calor latente e calor sensível entre a vegetação e a atmosfera são um dos principais objetivos a serem estudados na micrometeorologia (PEREIRA et al., 2021).
O balanço de energia em superfícies vegetadas, irrigada ou não, possui grande importância no estudo das trocas de energia e massa na camada limite superficial, e consequentemente, em estudos climatológicos, de modelagem numérica e de estimativas evaporativas e/ou evapotranspirativas (MOURA et al., 2003). Desta forma, o método do balanço de energia tem sido utilizado para estimar as necessidades de água em comunidades vegetais, através da quantidade de energia disponível para o processo de evapotranspiração (AZEVEDO, 1999). Este método permite medir as trocas de energia no sistema solo-planta-atmosfera, por meio do estudo da partição do saldo de radiação, avaliando as alterações microclimáticas da vegetação em função dos estádios de desenvolvimento da cultura e em função das condições do solo e da atmosfera, presumindo que a energia disponível se divide em fluxo de calor sensível no solo (G), fluxo de calor sensível no ar (H), fluxo de calor latente de evapotranspiração (LE) (AZEVEDO, 1999). Conforme Bowen (1926), o transporte de calor sensível e vapor de água são similares, concluindo que a razão entre os coeficientes de difusividade turbulenta de calor sensível e latente é igual à unidade, essa relação tornou-se conhecida como Razão de Bowen, e tem sido largamente utilizada em estudos de fluxo de calor e estimativas de evapotranspiração (AZEVEDO, 1999).
A razão de Bowen (B) é um método baseado na equação do balanço de energia, e é a razão entre os fluxos de calor sensível (H) e latente (LE) da superfície da cultura, levando em consideração o saldo de radiação (CARDOZO et al., 2011). Esta relação pode ser representada de forma simplificada, como o produto do coeficiente psicrométrico pela razão entre o gradiente de temperatura do ar e o gradiente de pressão de vapor de água no ar, em pelo menos dois níveis acima da superfície (PEREIRA et al., 2021)
Diante do exposto, este trabalho terá como objetivo acompanhar e caracterizar os diferentes estádios fenológicos, produtividade e qualidade dos frutos de goiabeiras das cultivares ‘Paluma’, ‘Século XXI’ e ‘Pedro Sato’, submetidas a diferentes intensidades de poda e quantificar a partição de energia sensível e latente, pelo método de Razão de Bowen, em Pelotas, Rio Grande do Sul.
Metodologia
O experimento será realizado em um pomar comercial durante duas safras, localizado na Colônia Ramos, 3° distrito do município de Pelotas, situado na região Sul do Rio Grande do Sul, a 31°54’S, 52°39’ e 110m de altitude. O clima da região, segundo Köppen, é classificado como “Cfa”, temperado úmido com verões quentes.
O estudo será conduzido em um pomar implantado em 2009, com plantas de goiabeiras das cultivares ‘Paluma’, ‘Século XXI’ e ‘Pedro Sato’, com espaçamento de três metros entre plantas e quatro metros na entrelinha, em sistema de condução em vaso, sem irrigação.
O delineamento experimental será inteiramente casualizado, em esquema fatorial 3x2, com três cultivares (‘Paluma’, ‘Século XXI’ e ‘Pedro Sato’) e duas intensidades de poda (poda curta e poda longa) com cinco repetições, sendo uma planta por repetição. A poda será realizada em todas as plantas no final do inverno/início da primavera, conforme recomendado para a cultura (NACHTIGAL; MIGLIORINI, 2011). As intensidades de poda realizadas serão: poda curta, onde será realizada a poda de limpeza (eliminação dos ramos ladrões, mal localizados e secos) e após o encurtamento dos ramos de produção, deixando-se duas gemas vegetativas; e poda longa onde será realizada a poda de limpeza (eliminação dois ramos ladrões, mal localizados e secos) e o encurtamento dos ramos de produção, deixando-se seis gemas vegetativas.
Durante o período experimental serão monitoradas as condições micrometeorológicas no pomar. Os dados de temperatura do ar de bulbo úmido e bulbo seco serão obtidos por meio da instalação de dois conjuntos de psicrômetros, o primeiro conjunto será instalado ao nível da copa das plantas e o segundo conjunto de psicrômetros a um metro acima da copa das plantas. O saldo de radiação será obtido por meio de um saldo radiômetro instalado acima da copa das plantas. A precipitação pluviométrica será monitorada a partir da instalação de um pluviômetro posicionado acima da copa das plantas. A radiação solar incidente será obtida por meio da instalação de um tubo solarímetro, com a face sensível voltada para cima, instalado acima da copa das árvores.
Os sensores serão conectados a um sistema de aquisição de dados dataloggers (Campbell Scientific), programado para registrar, de forma independente, cada medição. Este sistema será alimentado por meio de energia oriunda de uma bateria recarregável com energia solar proveniente de uma placa solar instalada acima da copa das árvores.
Após a coleta dos dados do sistema de aquisição, os mesmos serão transferidos para uma planilha eletrônica, onde serão organizados e tabulados, para realização dos cálculos e construção dos gráficos.
A partir da coleta de dados de temperatura mínima e máxima no interior do pomar, durante o período experimental, será calculado o acúmulo térmico diário, sendo determinado através do método de graus-dia, realizado através da equação:
GD = ((Tmáx + Tmín)/2) – Tb (1)
Em que: GD é Graus-dia; Tmáx é a temperatura máxima do ar no dia; Tmín é a temperatura mínima do ar no dia; Tb é a temperatura base da cultura da goiabeira é 12°C, considerada para todo ciclo (SALAZAR et al., 2006).
O método do balanço de energia irá constituir-se da partição do saldo de energia, nos fluxos de calor latente de evapotranspiração, e sensível, no ar e no solo, segundo a equação 2.
Rn=LE+G+H (2)
Em que: Rn é o saldo de radiação; LE o fluxo de calor latente de evaporação; G o fluxo de calo no solo e H o fluxo de calor sensível no ar, expressos em energia por unidade de área e tempo.
A razão entre o calor sensível (H) e latente (LE) foi proposta por Bowen (1926), como forma de estudar a partição da energia disponível, isto é:
B=H/LE (3)
Combinando-se as equações 2 e 3, o fluxo de calor latente é então dado por:
LE=(Rn-G)/((1+B) ) (4)
A Razão de Bowen será calculada a partir dos dados obtidos pelos conjuntos psicométricos (PEREIRA et al., 1997), pela equação 5:
B=[DTu/(1-W)/DTs-1]^(-1) (5)
Em que: DTu é a diferença de temperatura do ar de bulbo úmido; DTs é a diferença de temperatura do ar de bulbo seco; e W= s/(s+gama) é o fator de poderação.
O valor da inclinação da tangente à curva de pressão de saturação de vapor d’água, s, será calculado pela equação 6:
s=(4098 e_s)/〖(T+237,3)〗^2 (6)
Em que: T é a temperatura média do ar, em °C.
No cálculo da pressão de saturação de vapor d’água, es, em kPa, irá se utilizar a equação 7:
es=0,6108∙10^(((7,5∙T)/(237,3+T)) ) (7)
Durante o experimento será realizado o acompanhamento fenológico, após a poda, por meio de observações visuais realizadas semanalmente, de acordo com a metodologia proposta por Salazar et al. (2006), sendo esta adaptada para as condições experimentais. Será acompanhado o número de dias e a soma térmica necessária para completar cada estádio fenológico e ciclo total das diferentes cultivares, submetidas as diferentes intensidades de poda.
No momento da antese serão selecionados e marcados quatro ramos por planta, um em cada quadrante, para avaliação do número de botões florais (NB). Após o fim da antese será avaliado o número de frutos (NF), a cada 14 dias, este acompanhamento será realizado até a maturação dos frutos. Com estes dados será calculado o índice de pegamento de frutos (IPF), utilizando a fórmula proposta por Corrêa et al., (2002):
IPF=[(NF/NB)×100] (8)
Em cada avaliação de número de frutos também será realizado a avaliação do comprimento e diâmetro de 12 frutos da mesma idade por planta, escolhidos aleatoriamente, com o auxílio de um paquímetro digital.
Para determinação da produção por planta de massa fresca (Kg), peso médio dos frutos (g) e produtividade estimada (t ha-1), será realizada a colheita dos frutos em estádio completo de maturação, semanalmente, a partir da determinação visual do ponto de colheita, caracterizada pela coloração dos frutos.
Após a colheita, os frutos serão levados para o laboratório de fitotecnia da FAEM/UFPel, onde será avaliada as características físicas dos frutos por meio de determinação da massa fresca (g) com auxílio de uma balança de precisão, diâmetro longitudinal e transversal por fruto (cm), com a utilização de um paquímetro digital. Em seguida, os frutos serão levados para uma estufa de circulação de ar forçada à temperatura de 65°C para obtenção da massa seca dos frutos, os frutos permaneceram na estufa até a obtenção do peso constante, e então será realizada novamente a pesagem.
A produtividade será estimada por meio do produto da produção de massa fresca de frutos por planta, multiplicando-se o número de plantas por hectare, sendo por fim convertido o valor para toneladas.
As análises químicas serão: Teor de sólidos solúveis (SS); pH e acidez titulável (AT). Os SS serão determinados utilizando-se refratômetro digital, com o resultado expresso em °Brix; o pH será determinado com o auxílio do peagâmetro; e a acidez titulável (AT), determinada pelo método de titulometria, utilizando 10 mL da amostra diluída em 90 mL de água destilada e a titulação feita com solução de NaOH 0,1N, com auxílio de pHmetro até se atingir pH 8,2, e o resultados expressos em porcentagem de ácido cítrico (INSTITUTO ADOLFO LUTZ, 1985).
Os dados obtidos serão submetidos à análise de variância (0,05) e os efeitos dos tratamentos quando houver significância serão comparados pelo teste de Tukey (0,05).
O estudo será conduzido em um pomar implantado em 2009, com plantas de goiabeiras das cultivares ‘Paluma’, ‘Século XXI’ e ‘Pedro Sato’, com espaçamento de três metros entre plantas e quatro metros na entrelinha, em sistema de condução em vaso, sem irrigação.
O delineamento experimental será inteiramente casualizado, em esquema fatorial 3x2, com três cultivares (‘Paluma’, ‘Século XXI’ e ‘Pedro Sato’) e duas intensidades de poda (poda curta e poda longa) com cinco repetições, sendo uma planta por repetição. A poda será realizada em todas as plantas no final do inverno/início da primavera, conforme recomendado para a cultura (NACHTIGAL; MIGLIORINI, 2011). As intensidades de poda realizadas serão: poda curta, onde será realizada a poda de limpeza (eliminação dos ramos ladrões, mal localizados e secos) e após o encurtamento dos ramos de produção, deixando-se duas gemas vegetativas; e poda longa onde será realizada a poda de limpeza (eliminação dois ramos ladrões, mal localizados e secos) e o encurtamento dos ramos de produção, deixando-se seis gemas vegetativas.
Durante o período experimental serão monitoradas as condições micrometeorológicas no pomar. Os dados de temperatura do ar de bulbo úmido e bulbo seco serão obtidos por meio da instalação de dois conjuntos de psicrômetros, o primeiro conjunto será instalado ao nível da copa das plantas e o segundo conjunto de psicrômetros a um metro acima da copa das plantas. O saldo de radiação será obtido por meio de um saldo radiômetro instalado acima da copa das plantas. A precipitação pluviométrica será monitorada a partir da instalação de um pluviômetro posicionado acima da copa das plantas. A radiação solar incidente será obtida por meio da instalação de um tubo solarímetro, com a face sensível voltada para cima, instalado acima da copa das árvores.
Os sensores serão conectados a um sistema de aquisição de dados dataloggers (Campbell Scientific), programado para registrar, de forma independente, cada medição. Este sistema será alimentado por meio de energia oriunda de uma bateria recarregável com energia solar proveniente de uma placa solar instalada acima da copa das árvores.
Após a coleta dos dados do sistema de aquisição, os mesmos serão transferidos para uma planilha eletrônica, onde serão organizados e tabulados, para realização dos cálculos e construção dos gráficos.
A partir da coleta de dados de temperatura mínima e máxima no interior do pomar, durante o período experimental, será calculado o acúmulo térmico diário, sendo determinado através do método de graus-dia, realizado através da equação:
GD = ((Tmáx + Tmín)/2) – Tb (1)
Em que: GD é Graus-dia; Tmáx é a temperatura máxima do ar no dia; Tmín é a temperatura mínima do ar no dia; Tb é a temperatura base da cultura da goiabeira é 12°C, considerada para todo ciclo (SALAZAR et al., 2006).
O método do balanço de energia irá constituir-se da partição do saldo de energia, nos fluxos de calor latente de evapotranspiração, e sensível, no ar e no solo, segundo a equação 2.
Rn=LE+G+H (2)
Em que: Rn é o saldo de radiação; LE o fluxo de calor latente de evaporação; G o fluxo de calo no solo e H o fluxo de calor sensível no ar, expressos em energia por unidade de área e tempo.
A razão entre o calor sensível (H) e latente (LE) foi proposta por Bowen (1926), como forma de estudar a partição da energia disponível, isto é:
B=H/LE (3)
Combinando-se as equações 2 e 3, o fluxo de calor latente é então dado por:
LE=(Rn-G)/((1+B) ) (4)
A Razão de Bowen será calculada a partir dos dados obtidos pelos conjuntos psicométricos (PEREIRA et al., 1997), pela equação 5:
B=[DTu/(1-W)/DTs-1]^(-1) (5)
Em que: DTu é a diferença de temperatura do ar de bulbo úmido; DTs é a diferença de temperatura do ar de bulbo seco; e W= s/(s+gama) é o fator de poderação.
O valor da inclinação da tangente à curva de pressão de saturação de vapor d’água, s, será calculado pela equação 6:
s=(4098 e_s)/〖(T+237,3)〗^2 (6)
Em que: T é a temperatura média do ar, em °C.
No cálculo da pressão de saturação de vapor d’água, es, em kPa, irá se utilizar a equação 7:
es=0,6108∙10^(((7,5∙T)/(237,3+T)) ) (7)
Durante o experimento será realizado o acompanhamento fenológico, após a poda, por meio de observações visuais realizadas semanalmente, de acordo com a metodologia proposta por Salazar et al. (2006), sendo esta adaptada para as condições experimentais. Será acompanhado o número de dias e a soma térmica necessária para completar cada estádio fenológico e ciclo total das diferentes cultivares, submetidas as diferentes intensidades de poda.
No momento da antese serão selecionados e marcados quatro ramos por planta, um em cada quadrante, para avaliação do número de botões florais (NB). Após o fim da antese será avaliado o número de frutos (NF), a cada 14 dias, este acompanhamento será realizado até a maturação dos frutos. Com estes dados será calculado o índice de pegamento de frutos (IPF), utilizando a fórmula proposta por Corrêa et al., (2002):
IPF=[(NF/NB)×100] (8)
Em cada avaliação de número de frutos também será realizado a avaliação do comprimento e diâmetro de 12 frutos da mesma idade por planta, escolhidos aleatoriamente, com o auxílio de um paquímetro digital.
Para determinação da produção por planta de massa fresca (Kg), peso médio dos frutos (g) e produtividade estimada (t ha-1), será realizada a colheita dos frutos em estádio completo de maturação, semanalmente, a partir da determinação visual do ponto de colheita, caracterizada pela coloração dos frutos.
Após a colheita, os frutos serão levados para o laboratório de fitotecnia da FAEM/UFPel, onde será avaliada as características físicas dos frutos por meio de determinação da massa fresca (g) com auxílio de uma balança de precisão, diâmetro longitudinal e transversal por fruto (cm), com a utilização de um paquímetro digital. Em seguida, os frutos serão levados para uma estufa de circulação de ar forçada à temperatura de 65°C para obtenção da massa seca dos frutos, os frutos permaneceram na estufa até a obtenção do peso constante, e então será realizada novamente a pesagem.
A produtividade será estimada por meio do produto da produção de massa fresca de frutos por planta, multiplicando-se o número de plantas por hectare, sendo por fim convertido o valor para toneladas.
As análises químicas serão: Teor de sólidos solúveis (SS); pH e acidez titulável (AT). Os SS serão determinados utilizando-se refratômetro digital, com o resultado expresso em °Brix; o pH será determinado com o auxílio do peagâmetro; e a acidez titulável (AT), determinada pelo método de titulometria, utilizando 10 mL da amostra diluída em 90 mL de água destilada e a titulação feita com solução de NaOH 0,1N, com auxílio de pHmetro até se atingir pH 8,2, e o resultados expressos em porcentagem de ácido cítrico (INSTITUTO ADOLFO LUTZ, 1985).
Os dados obtidos serão submetidos à análise de variância (0,05) e os efeitos dos tratamentos quando houver significância serão comparados pelo teste de Tukey (0,05).
Indicadores, Metas e Resultados
Produção de duas Teses de doutorado e de quatro publicações em congressos e revistas científicas
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
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BRUNA ANDRESSA DOS SANTOS OLIVEIRA | |||
DAIANE ROSCHILDT SPERLING | |||
DÔRALICE LOBATO DE OLIVEIRA FISCHER | |||
EDGAR RICARDO SCHOFFEL | 3 | ||
MICHELE PEREIRA MALCORRA | |||
ROBERTO TRENTIN | 3 |
Fontes Financiadoras
Sigla / Nome | Valor | Administrador |
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CAPES / Coordenação de Aperfeiçoamento de Nível Superior | R$ 15.000,00 | Coordenador |
Plano de Aplicação de Despesas
Descrição | Valor |
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339030 - Material de Consumo | R$ 7.000,00 |
339018 - Auxílio Financeiro a Estudantes | R$ 8.000,00 |