Nome do Projeto
Análise da mortalidade no município de Pelotas: estudo ecológico de 2000 a 2020
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
02/06/2022 - 30/09/2023
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências da Saúde
Resumo
O presente Projeto propõe o acompanhamento da mortalidade geral por todas as causas no município de Pelotas, comparando também com o restante do Estado do Rio Grande do Sul, verificando a influência da mortalidade da pandemia COVID-19 na série histórica de 2000 a 2020. Este estudo, do tipo ecológico, tem por objetivo principal verificar a tendência dos coeficientes de mortalidade geral, da mortalidade infantil no município de Pelotas comparando-os com o restante do Estado do Rio Grande do Sul no período de 2000 a 2020 (último ano disponível). As coletas serão feitas no site do DATASUS e lidas no programa Stata.10.
Objetivo Geral
Verificar a tendência dos coeficientes de mortalidade geral, da mortalidade infantil no município de Pelotas comparando-os com o restante do Estado do Rio Grande do Sul no período de 2000 a 2020 (último ano disponível).
Verificar a influência da pandemia COVID-19 na tendência da mortalidade geral em Pelotas.
Verificar a tendência do indicador mortalidade evitável no município de Pelotas, estabelecendo as causas principais no período de 2000 a 2020.
Verificar a tendência do indicador mortalidade infantil evitável no município de Pelotas, estabelecendo as causas principais no período de 2000 a 2020.
Verificar a influência da pandemia COVID-19 na tendência da mortalidade geral em Pelotas.
Verificar a tendência do indicador mortalidade evitável no município de Pelotas, estabelecendo as causas principais no período de 2000 a 2020.
Verificar a tendência do indicador mortalidade infantil evitável no município de Pelotas, estabelecendo as causas principais no período de 2000 a 2020.
Justificativa
Desde os esforços de John Graunt no século XVII e posteriormente de William Farr se reconhece a importância da comparação entre as causas de mortalidade em áreas geográficas e em períodos de tempo diferentes como parte da elucidação da causalidade do processo saúde doença e da formulação de políticas de saúde. O presente Projeto propõe o acompanhamento da mortalidade geral por todas as causas no município de Pelotas, comparando também com o restante do Estado do Rio Grande do Sul, verificando a influência da mortalidade da pandemia COVID-19 na série histórica de 2000 a 2020, percebendo que a análise das causas de mortalidade e do seu comportamento histórico são essenciais para o desenvolvimento e monitoramento de programas e políticas de saúde, inclusive de outros setores da sociedade (McLaughlin D, Lopez AD, 2019).
A comparação com o Estado do Rio Grande do Sul justifica-se como parâmetro geográfico de comparação permitindo situar a posição do município.
Sabe-se também que a pandemia COVID-19 interferiu nos sistemas de saúde, inclusive interferindo na mortalidade por outras causas. Estudos realizados no Brasil têm apontado o excesso de mortalidade (Azevedo et al., 2020; Guimarães et al., 2022). Desta forma, pretende-se averiguar sua repercussão no município.
O Projeto pretende também analisar dois reconhecidos grupos de causas: a mortalidade infantil evitável e mortalidade geral evitável.
A mortalidade infantil representa um dos indicadores de saúde mais sensíveis expressando as condições de vida de localidades e assumindo destaque entre as metas para o desenvolvimento do milênio (reduzir a mortalidade infantil de crianças menores de cinco anos em dois terços) ou como Objetivo para o Desenvolvimento Sustentável – Saúde e Bem Estar (redução da mortalidade infantil evitável). Com intuito de reduzir a mortalidade infantil no Brasil, em 2008, a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde lançou a lista de mortes evitáveis por intervenções do Sistema Único de Saúde. A lista de mortes evitáveis foi atualizada em 2010. Segundo Malta et al. (2010), as mortes evitáveis são aquelas que poderiam não ocorrer pela prestação de cuidados efetivos, no tempo e lugar apropriados. Apesar da diminuição da mortalidade infantil observada no Brasil, os níveis nacionais ainda são mais elevados do que aqueles observados nos países de renda alta (Oza, Cousens, Lawn, 2014). Assim, o reconhecimento das principais causas que levam à mortalidade infantil evitável poderão favorecer também a implantação de políticas e ações voltadas para sua diminuição (Fonseca et al., 2020).
A comparação com o Estado do Rio Grande do Sul justifica-se como parâmetro geográfico de comparação permitindo situar a posição do município.
Sabe-se também que a pandemia COVID-19 interferiu nos sistemas de saúde, inclusive interferindo na mortalidade por outras causas. Estudos realizados no Brasil têm apontado o excesso de mortalidade (Azevedo et al., 2020; Guimarães et al., 2022). Desta forma, pretende-se averiguar sua repercussão no município.
O Projeto pretende também analisar dois reconhecidos grupos de causas: a mortalidade infantil evitável e mortalidade geral evitável.
A mortalidade infantil representa um dos indicadores de saúde mais sensíveis expressando as condições de vida de localidades e assumindo destaque entre as metas para o desenvolvimento do milênio (reduzir a mortalidade infantil de crianças menores de cinco anos em dois terços) ou como Objetivo para o Desenvolvimento Sustentável – Saúde e Bem Estar (redução da mortalidade infantil evitável). Com intuito de reduzir a mortalidade infantil no Brasil, em 2008, a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde lançou a lista de mortes evitáveis por intervenções do Sistema Único de Saúde. A lista de mortes evitáveis foi atualizada em 2010. Segundo Malta et al. (2010), as mortes evitáveis são aquelas que poderiam não ocorrer pela prestação de cuidados efetivos, no tempo e lugar apropriados. Apesar da diminuição da mortalidade infantil observada no Brasil, os níveis nacionais ainda são mais elevados do que aqueles observados nos países de renda alta (Oza, Cousens, Lawn, 2014). Assim, o reconhecimento das principais causas que levam à mortalidade infantil evitável poderão favorecer também a implantação de políticas e ações voltadas para sua diminuição (Fonseca et al., 2020).
Metodologia
Trata-se de estudo ecológico analisando indicadores de mortalidade no sexo masculino, feminino e total entre os residentes no município de Pelotas no período de 2000 e 2020. A análise de tendência da série histórica se estenderá ao restante do Estado do Rio Grande do Sul.
A fonte de dados de mortalidade será o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), disponível no DATASUS. As informações de mortalidade no SIM estão disponíveis desde 1979.
Os dados populacionais organizados por sexo (masculino; feminino; total) e faixa etária (menores de 1 ano; de 1 a 4 anos; de 5 a 9 anos; de 10 a 14 anos; de 15 a 19 anos; de 20 a 29 anos; de 30 a 39 anos; de 40 a 49 anos; de 50 a 59 anos; de 60 a 69 anos; de 70 a 79 anos; de 80 ou mais anos) em todos os anos do período serão extraídos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), também disponíveis no DATASUS.
As causas que compõem a mortalidade infantil evitável serão obtidas também do SIM. Serão consideradas como mortes evitáveis em menores de um ano, conforme lista publicada pelo Ministério da Saúde: aquelas reduzíveis por ações de imunoprevenção; por adequada atenção à saúde da mulher na gestação, parto, feto e ao recém-nascido; por ações adequadas de promoção à saúde, vinculadas a ações de promoção à saúde, vinculadas a ações adequadas de atenção à saúde; causas de mortes mal-definidas (Malta et al., 2010).
O processamento dos dados será realizado no Programa Excel criando-se planilhas para construção dos indicadores. Os indicadores de mortalidade geral e de mortalidade evitável serão padronizados pelo método direto, segundo a população a população do Estado do Rio Grande do Sul em 2010 (último ano de recenseamento), eliminando-se diferenças na composição de sexo e idade.
A tendência temporal será verificada pela regressão linear generalizada de Prais-Winsten, adequada para análise de séries temporais com mais de sete anos. Os resultados são expressos pela variação percentual anual (anual percent change), que indica crescimento, diminuição ou estagnação da tendência e seus correspondentes intervalos de confiança de 95% (IC95%). Esse método leva em conta a autocorrelação serial, fato comum em séries temporais, que pode superestimar as medidas de ajuste (Antunes, Cardoso, 2015). As análises serão realizadas no Programa Stata.
A análise das causas principais serão realizadas mediante os coeficientes de mortalidade específica [(nº de óbitos por determinada causa de acordo com sexo, idade e ano/população exposta ao risco de acordo com sexo, idade e ano) x 100.000 habitantes].
Conforme Resolução no 510/2016, de 07 de abril de 2016 do Conselho Nacional de Saúde, não serão registradas nem avaliadas pelo sistema CEP/CONEP pesquisa que utilize informações de acesso público, nos termos da Lei no 12.527, de 18 de novembro de 2011. O presente artigo será elaborado a partir da coleta de dados secundários disponíveis em sistemas de informações públicos disponíveis para toda população, não permitindo a identificação de indivíduos.
A fonte de dados de mortalidade será o Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), disponível no DATASUS. As informações de mortalidade no SIM estão disponíveis desde 1979.
Os dados populacionais organizados por sexo (masculino; feminino; total) e faixa etária (menores de 1 ano; de 1 a 4 anos; de 5 a 9 anos; de 10 a 14 anos; de 15 a 19 anos; de 20 a 29 anos; de 30 a 39 anos; de 40 a 49 anos; de 50 a 59 anos; de 60 a 69 anos; de 70 a 79 anos; de 80 ou mais anos) em todos os anos do período serão extraídos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), também disponíveis no DATASUS.
As causas que compõem a mortalidade infantil evitável serão obtidas também do SIM. Serão consideradas como mortes evitáveis em menores de um ano, conforme lista publicada pelo Ministério da Saúde: aquelas reduzíveis por ações de imunoprevenção; por adequada atenção à saúde da mulher na gestação, parto, feto e ao recém-nascido; por ações adequadas de promoção à saúde, vinculadas a ações de promoção à saúde, vinculadas a ações adequadas de atenção à saúde; causas de mortes mal-definidas (Malta et al., 2010).
O processamento dos dados será realizado no Programa Excel criando-se planilhas para construção dos indicadores. Os indicadores de mortalidade geral e de mortalidade evitável serão padronizados pelo método direto, segundo a população a população do Estado do Rio Grande do Sul em 2010 (último ano de recenseamento), eliminando-se diferenças na composição de sexo e idade.
A tendência temporal será verificada pela regressão linear generalizada de Prais-Winsten, adequada para análise de séries temporais com mais de sete anos. Os resultados são expressos pela variação percentual anual (anual percent change), que indica crescimento, diminuição ou estagnação da tendência e seus correspondentes intervalos de confiança de 95% (IC95%). Esse método leva em conta a autocorrelação serial, fato comum em séries temporais, que pode superestimar as medidas de ajuste (Antunes, Cardoso, 2015). As análises serão realizadas no Programa Stata.
A análise das causas principais serão realizadas mediante os coeficientes de mortalidade específica [(nº de óbitos por determinada causa de acordo com sexo, idade e ano/população exposta ao risco de acordo com sexo, idade e ano) x 100.000 habitantes].
Conforme Resolução no 510/2016, de 07 de abril de 2016 do Conselho Nacional de Saúde, não serão registradas nem avaliadas pelo sistema CEP/CONEP pesquisa que utilize informações de acesso público, nos termos da Lei no 12.527, de 18 de novembro de 2011. O presente artigo será elaborado a partir da coleta de dados secundários disponíveis em sistemas de informações públicos disponíveis para toda população, não permitindo a identificação de indivíduos.
Indicadores, Metas e Resultados
Os dados estão disponíveis em bancos que constituem sistemas de informações públicos de saúde.
Pretende-se elaborara artigos pelo menos dois artigos científicos (análise de mortalidade infantil e mortalidade geral).
Principalmente relatórios de pesquisa direcionados ao Conselho e à Secretária Municipal de Saúde de Pelotas.
Pretende-se elaborara artigos pelo menos dois artigos científicos (análise de mortalidade infantil e mortalidade geral).
Principalmente relatórios de pesquisa direcionados ao Conselho e à Secretária Municipal de Saúde de Pelotas.
Equipe do Projeto
Nome | CH Semanal | Data inicial | Data final |
---|---|---|---|
ANA MARIA FERREIRA BORGES TEIXEIRA | 4 | ||
ANDRESSA MARTINS MARQUES DOS ANJOS | |||
BÁRBARA HEATHER LUTZ | 4 | ||
EVERTON JOSE FANTINEL | 4 | ||
JOCILAINE MENDES DA SILVA | |||
JUVENAL SOARES DIAS DA COSTA | 16 | ||
KELEN DE MORAIS CERQUEIRA | 4 | ||
LARISSA FERREIRA DA SILVA | |||
LARISSA VASCONCELOS MADRUGA | |||
LUÍS HENRIQUE OLIVEIRA DE MOURA | |||
MARCELO FERNANDES CAPILHEIRA | 4 | ||
MARIANA CARDUZ OLIVEIRA | |||
MILENA AFONSO PINHEIRO | |||
NADIA SPADA FIORI | 4 | ||
NICOLE LAZZARIN DE AVILA | |||
RICARDO NETTO GOULART | |||
Shelen dos Reis da Silva | |||
THALES MOURA DE ASSIS |