Nome do Projeto
DETECÇÃO DE REOVIRUS, CIRCOVIRUS E ADENOVÍRUS EM AVES SILVESTRES OIRUNDAS DE APREENSÃO
Ênfase
Pesquisa
Data inicial - Data final
30/04/2023 - 31/08/2025
Unidade de Origem
Coordenador Atual
Área CNPq
Ciências Agrárias
Resumo
A avicultura industrial brasileira é uma atividade econômica de grande importância econômica para o país, sendo o Brasil o maior exportado de carne de aves do mundo e o terceiro maior produtor. Devido ao rigoroso padrão de qualidade imposto pelas barreiras sanitárias, a biosseguridade e o emprego de métodos de controle de qualidade já é rotina para as empresas avícolas brasileiras, sendo a interação entre os plantéis e as aves silvestres um dos meios mais comuns de disseminação de doenças. Aves selvagens de vida livre são potenciais portadores e carreadores de diversos agentes patogênicos. Mesmo espécies residentes de aves podem se deslocar de 50 a 100 km de distância, e espécies migratórias podem transportar patógenos com potencial infectivo para locais muito mais distantes e não usuais em suas rotas. Os reovírus aviários são os principais responsáveis pela artrite viral ou tenosinovite de galinhas além de estarem associados a diversas outras manifestações como doenças respiratórias e entéricas, miocardite, hepatite e a síndrome da má-absorção em aves jovens, ocasionando lesões de caráter inflamatório crônico na articulação tibiotársica. Os circovírus acometem aves jovens e possuem tropismo por órgãos responsáveis pela imunidade das aves, causando infecções secundárias em função das lesões em tecidos linfoides, afetando diretamente a resposta imune. As infecções pelo adenovírus são ubíquas nas explotações comercias avícolas, e provavelmente na grande maioria das espécies de aves. Tem um alto grado de virulência, e em alguns casos como o mesmo sorotipo. Reovírus, Circovírus e Adenovírus já foram detectados num grande número de especieis de aves silvestres de vida livre a cativas no mudo inteiro. A presencia múltipla de potenciais patógenos detectado em uma única ave representa o exemplo da facilidade com que diversos agentes patógenos podem entrar no comércio das aves pets e como vírus novos podem estar circulando em populações de aves selvagens e tem o potencial de transmitir para aves cativas de produção. O reconhecimento da ocorrência desses vírus pode tornar evidente a necessidade de se estabelecer uma legislação para este e outros agentes infecciosos que acometem os psitacídeos e não-psitacídeos, a fim de proteger a fauna nativa. O Objetivo desse trabalho é realizar a detecção de reovírus, circovírus e adenovírus em aves silvestres oriundas de apreensão em centro de reabilitação no Rio Grande do Sul.

Objetivo Geral

-Avaliar a presença de reovírus, circovírus e adenovírus aviários em suabes cloacais de aves silvestres mantidas em cativeiro oriundas de apreensão e seu risco e impacto na saúde da população de aves diretamente expostas.

Justificativa

O reconhecimento da ocorrência desses vírus pode tornar evidente a necessidade de se estabelecer uma legislação para este e outros agentes infecciosos que acometem as aves silvestres, a fim de proteger a fauna nativa bem como as aves oriundas da avicultura colonial e industrial.

Metodologia

Com relação à metodologia de coleta em aves silvestres será feita através de suabe cloacal que consiste na inserção da ponta do suabe na cloaca rotacionando com dois a quatro movimentos circulares enquanto se aplica uma pressão suave contra as superfícies mucosas. Retira-se cuidadosamente o suabe, abre-se o tubo e coloca-se a ponta do suabe no VTM (Meio de Transporte Viral). Corta-se ou quebra-se a haste do suabe de modo que a ponta do permaneça no VTM e fecha-se o frasco. As amostras clínicas serão transportadas refrigeradas até serem armazenadas em ultrafeezer (-80ºC). Serão coletadas um total de 200 amostras de aves silvestres do Núcleo de Reabilitação da Fauna Silvestre da Universidade Federal de Pelotas provenientes de apreensão. Serão coletadas no mínimo 50 amostras por estação do ano começando no verão de 2023 e terminando no inverno de 2023.
O RNA das suspensões das amostras fecais para a detecção dos reovirus, segundo o protocolo de extração do Trizol conforme a instruções do fabricante. A amplificação será realizada usando um kit OneStep RT-PCR (Qiagen, Valência, CA). A mistura de reação consistira em 1x tampão de reação RT-PCR, 320 µM de cada dNTP, 0,6 µM de primer direto e reverso de cada vírus, 2 µl de mistura de enzimas, 1,5 mM de MgCl2, 3 µl de RNA extraído e água livre de nuclease para perfazer um volume total de 50 µl. As etapas de amplificação consistiram em transcrição reversa a 50 C por 30 min, desnaturação inicial a 94 C por 15 min, 35 ciclos de desnaturação a 94 C por 1 min, hibridização a 53 C por 2 min, extensão a 72 C por 2 min, e uma etapa de extensão final a 72 C por 10 min. Os produtos de PCR serão separados por eletroforese em gel de agarose 1,2% em tampão Tris-acetato-EDTA. Uma escada de DNA de 100 pares de bases (pb) será usada como marcador de peso molecular e bandas nas posições de 630, 802 e 1120 pb no gel de agarose confirmaram a presença de reovírus, respectivamente (JINDAL et al., 2012). Para a detecção do Circovírus e Adenovírus será realizada através da técnica de PCR.

Indicadores, Metas e Resultados

- Caracterização molecular dos vírus detectados;
- Elaborar medidas de manejo, controle e profilaxia das viroses aviárias em Centros de Recebimento e Triagem de Animais Silvestres (CETAS) e Centros de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS).
- Determinar as espécies de aves que apresentaram maior frequência de detecção.
- Determinar as condições sanitárias e de manejo em que se encontram as aves com maior e menor frequência de detecção de reovírus, cirovírus e adenovírus.

Equipe do Projeto

NomeCH SemanalData inicialData final
CARLOS ALEXIS GUARDADO MARTINEZ
GABRIEL DA SILVA ZANI
GEFERSON FISCHER1
GILBERTO D'ÁVILA VARGAS1
LEONARDO CLASEN RIBEIRO
LUIZ FERNANDO MINELLO1
MARCELO DE LIMA1
MATHEUS IURI FRUHAUF
RAQUELI TERESINHA FRANCA1
SILVIA DE OLIVEIRA HUBNER1

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